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Datafolha: 54% rejeitam como Bolsonaro combate pandemia, na pior marca até agora

Pesquisa Datafolha aponta que a rejeição à forma do presidente Jair Bolsonaro combater a pandemia do novo coronavírus atingiu a maior marca, com 54% dos brasileiros que avaliam sua gestão como ruim ou péssima. Essa taxa representa um aumento de 6 pontos porcentuais em relação à pesquisa anterior, realizada entre 20 e 21 de janeiro. O novo índice de rejeição foi auferido na semana em que o País enfrenta incertezas com o comando do Ministério da Saúde durante a pior fase da crise sanitária, com a escassez de leitos e de vacinas em todas as regiões.

De acordo com o levantamento, publicado na terça-feira pelo jornal Folha de S.Paulo, o porcentual dos brasileiros que avaliam a gestão da pandemia como ótima ou boa caiu 4 pontos e está em 22% dos brasileiros. Os que avaliam como regular oscilaram negativamente 1 p.p. e estão em 24%.

Entre os grupos que melhor avaliam positivamente o presidente estão 38% dos empresários, 29% dos habitantes da região Centro-Oeste e Norte, 27% dos que têm entre 45 a 59 anos e 27% dos evangélicos.

Entre os que pior avaliam negativamente o presidente estão 65% dos que têm ensino superior, 61% dos pretos, 60% dos funcionários públicos e 58% das mulheres.

Para 43% dos pesquisados, o presidente é o principal culpado pela atual situação. Nesta terça-feira, o País registrou novo recorde de mortes com 2.798 vítimas em 24h, o que elevou o total para 282.400 óbitos. Governadores são vistos como os principais responsáveis por 20% da população e os prefeitos, por 17%.

A pesquisa foi realizada por telefone com 2.023 pessoas entre os dias 15 e 16 de março e tem margem de erro de 2 p.p. para mais ou menos.

 

Estadão Conteúdo

Escolha de ministro indicado por Flávio gera insatisfação no centrão, base de Bolsonaro

A escolha do cardiologista Marcelo Queiroga para o comando do Ministério da Saúde não foi bem recebida por integrantes da base aliada de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados.

As sugestões feitas pelo bloco do centrão foram ignoradas por Bolsonaro, prevalecendo a indicação de um nome do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), primogênito do presidente.
Sob pressão do centrão, Bolsonaro anunciou na segunda-feira (15) a saída do general Eduardo Pazuello, enquanto partidos da base aliada apoiaram dois nomes para o lugar do militar, que é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O primeiro foi o deputado federal Luiz Antonio Teixeira (PP-RJ), conhecido pelo apelido de Dr. Luizinho. A indicação da cúpula do PP, no entanto, foi refutada pelo presidente, que queria um nome técnico para o posto e que não tivesse vinculação política.

A alternativa encontrada foi a sugestão do nome da cardiologista ?Ludhmilla Hajjar, que contou com a chancela pública do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Nos encontros que tiveram, contudo, Bolsonaro e Ludhmilla se desentenderam, o que inviabilizou uma indicação.

Com a recusa, deputados do centrão ainda tentaram indicar outro nome, mas Bolsonaro se antecipou e escolheu Queiroga, indicado pelo seu filho mais velho. Segundo assessores palacianos, o novo ministro é amigo da família da mulher do senador.

Prevendo um mal-estar com o bloco, Bolsonaro convidou, horas depois de ter escolhido Queiroga, o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), para um encontro no Palácio do Planalto.

Na conversa, segundo assessores palacianos, o presidente comunicou a decisão e explicou ao senador que optou por Queiroga pelo seu perfil técnico. Ele observou que foi uma escolha de caráter pessoal.

?Ainda na noite da segunda-feira, no entanto, dirigentes do centrão já reclamavam da escolha do presidente e ressaltavam que Bolsonaro deveria ter levado em conta o apoio do bloco no Congresso.

"Não adianta trocar o ministro se o presidente continuar sabotando a implementação das práticas de combate ao coronavírus que são adotadas pelo mundo inteiro", afirmou à reportagem o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP).

A avaliação de dirigentes do centrão é a de que, diante da necessidade de aprovação das reformas administrativa e tributária, era o momento de Bolsonaro acenar à base aliada, e não fazer uma escolha de caráter pessoal.

Eles ressaltam que a abertura de mais espaço para o grupo partidário na Esplanada dos Ministérios também ajudaria a manter na base aliada o bloco do centrão após a decisão que tornou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elegível para 2022.

Mesmo antes da vitória de Lira, em fevereiro, deputados do centrão já tinham a expectativa de assumir a Saúde com a saída de Pazuello. O nome favorito era o do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), alternativa que chegou a ser discutida na Casa Civil.

O nome de Barros perdeu força com o passar do tempo. Deputados disseram que, quando Barros foi ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB), ele não ficou conhecido por atender demandas de parlamentares.

A escolha de Queiroga gerou frustração entre aliados de Lira, para os quais Bolsonaro não reconheceu o apoio que o deputado federal tem dado à sua gestão.

Integrantes de partidos como PP e Republicanos viram na decisão de Bolsonaro um recado ao centrão: não adianta pressionar pela demissão de um ministro achando que tem garantida a indicação do sucessor.

Como os dois nomes rejeitados por Bolsonaro tinham chancela de Lira, parlamentares também disseram que a escolha acaba enfraquecendo o presidente da Câmara.
Com apoio de Bolsonaro, Lira é o principal líder do chamado centrão, bloco de partidos de centro e de direita conhecidos como adeptos do 'tomá lá, dá cá' (apoio em troca de cargos e verbas).
Na campanha de 2018, Bolsonaro, então no PSL, dizia que os dirigentes do centrão eram "a alta nata de tudo o que não presta no Brasil".

"Se eu, por exemplo, apresento o ministério para um partido com objetivo de comprar voto, qualquer um pode então me questionar que estou interferindo no exercício do Poder Legislativo", disse à época.

Também em 2018, o hoje ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, chegou a cantarolar "se gritar pega centrão, não fica um meu irmão" em um encontro do PSL.

Chegando ao poder, o presidente atravessou 2019 em conflito com esses partidos. Agora, dirigentes e líderes dizem que a aproximação com o governo em 2020 foi possível porque Bolsonaro corrigiu problemas em seu comportamento.


Fonte: Folhapress

W.Dias é escalado por Lula para fazer a ponte com Doria e governadores

Segundo matéria do Estadão, o governador Wellington Dias (PT) é o emissário do ex-presidente Lula para fazer uma ponte com o PSDB, em especial os governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul, e partidos do centro.

A estratégia seria encontrar 'um espaço para Lula na crise sanitária', num embate contra o presidente Jair Bolsonaro.

A estratégia também incluiria a união com os ex-presidentes Michel Temer e Fernando Henrique Cardoso. Com a influência dos três a nível internacional, haveria mais ajuda aos estados.

W. Dias, que é coordenador do consórcio de governadores do Nordeste, já conversou com Lula e o objetivo é manter o ex-presidente em evidência e fora dos seus problemas com a justiça.

Dias já tem feito elogios a Dória e disse que seu papel é importantíssimo para as questões da vacinação.

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Pazuello deixa ministério investigado pela PF e em pior momento da pandemia

Responsável pela gestão da saúde no Brasil durante a maior parte da pandemia da Covid-19, o general Eduardo Pazuello deixa o cargo de ministro suspeito de crimes, investigado pela Polícia Federal e com o país batendo recorde de mortes pela doença.

General da ativa do Exército, Pazuello chegou ao Ministério da Saúde em abril de 2020, na demissão de Luiz Henrique Mandetta (DEM) da pasta, que discordava publicamente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a necessidade de medidas de distanciamento social para conter o avanço da pandemia.

Ao escolher o médico Nelson Teich para ficar no lugar do democrata, Bolsonaro colocou Pazuello, que não tinha experiência em gestão de saúde, como secretário-executivo do ministério, sob a justificativa de "coordenar a transição" entre os dois ministros.

Na prática, porém, Pazuello se tornou uma espécie de representante do presidente dentro da pasta para evitar que Bolsonaro fosse desautorizado novamente por um subordinado. À época, o general foi incensado como um "especialista em logística", representante da "expertise" dos militares em lidar com situações de crise.

Menos de um mês depois, quando Teich pediu demissão, em 15 de maio, o general assumiu o posto titular – a princípio provisoriamente, e em setembro, efetivado.

O terceiro ministro da Saúde de Bolsonaro passou a acumular polêmicas logo no início da sua gestão.

Sob seu comando, o ministério deixou de divulgar informações sobre o total de casos e mortes pela Covid no país, o que levou veículos de imprensa a criarem um consórcio para divulgar os dados por conta própria.

Desde o início de sua gestão, Pazuello defendeu a cloroquina e da hidroxicloroquina como medicamentos eficientes para o tratamento da Covid-19, mesmo sem evidências científicas que corroborem, inclusive com risco à saúde dos pacientes.

Logo que assumiu, o Ministério da Saúde divulgou um documento que amplia a possibilidade do uso dos remédios, usados contra a malária lúpus, para casos leves de pacientes com Covid-19.
Sob a gestão do general, o Brasil recebeu 3 milhões de comprimidos dos Estados Unidos e usou recursos do SUS para distribuí-los pelo país.

Após questionamentos do Tribunal de Contas da União, Pazuello afirmou, em janeiro deste ano, que nunca indicou medicamentos para tratamento da doença. "Eu nunca indiquei medicamentos para ninguém, nunca autorizei o Ministério da Saúde a fazer protocolos indicando medicamentos."

Apesar da declaração do ministro, a Saúde tem em seu site um guia com orientação para "manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19".

O próprio Pazuello em janeiro lançou em Manaus um aplicativo, voltado a profissionais de saúde, que estimula a prescrição dos medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus.

O TrateCov sugeria a prescrição de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina, azitromicina e doxiciclina, a partir de uma pontuação definida pelos sintomas do paciente após o diagnóstico de Covid –a recomendação era feita mesmo a pacientes com sintomas leves, como dor de cabeça, e crianças.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo em janeiro deste ano mostrou, também, que o ministério pressionou a Prefeitura de Manaus a distribuir o medicamento, afirmando ser "inadmissível" a não adoção do chamado "tratamento precoce", coquetel de medicamentos que a ciência considera ineficazes para tratar a doença.

A crise em Manaus acabou por catalisar o desgaste do ministro. Com a explosão de novos casos e mortes pela doença no começo deste ano na capital amazonense, a cidade ficou desabastecida de oxigênio hospitalar e doentes começaram a morrer asfixiados.

Reportagem publicada na Folha de S.Paulo mostrou que há pelo menos 11 indícios de que a cúpula do ministério tinha conhecimento prévio sobre a escassez do gás e se omitiu.

Pela crise em Manaus, Pazuello é investigado pela Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal. Na petição em que pediu a instauração do inquérito, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que que Pazuello tinha "dever legal e possibilidade de agir para mitigar os resultados" e que uma eventual omissão seria passível de responsabilização cível, administrativa ou criminal.

Como general fora do cargo, porém, o caso pode passar à primeira instância.

Além dessa investigação, senadores tentam abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia.

O ministro tem sido o principal alvo de críticas pela escassez de vacinas contra a Covid-19 no Brasil.

O governo brasileiro rejeitou no ano passado proposta da farmacêutica Pfizer que previa 70 milhões de doses do imunizante até dezembro deste ano. Do total, 3 milhões poderiam ter sido entregues em fevereiro. A farmacêutica fez a primeira oferta em 14 de agosto de 2020, conforme mostrou reportagem da Folha de S.Paulo, mas os contratos não foram assinados.

Antes disso, em outubro do ano passado, Pazuello chegou a anunciar que o Ministério da Saúde havia comprado as 46 milhões de doses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e importada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em meio à briga política entre Doria e Bolsonaro, o presidente desautorizou o ministro da Saúde em rede social, falou em traição e disse que o país não compraria "a vacina chinesa de João Doria". Em janeiro deste ano, porém, o governo voltou atrás e fechou acordo para comprar o imunizante, em contrato estendido para 100 milhões de doses no mês seguinte.

A vacinação no país ainda inclui outro episódio anedótico. No fim de fevereiro, o estado do Amazonas esperava receber 78 mil doses do imunizante, mas chegaram apenas 2.000. Já o Amapá, com população bem menor, viu chegarem 78 mil doses, não as 2.000 previstas. Secretários de saúde na ocasião afirmaram que a pasta confundiu os dois estados do norte do país.

Agora, quando o general deixa a Esplanada dos Ministérios, o país enfrenta o pior momento da pandemia, sem vislumbre de uma situação melhor no horizonte próximo. O Brasil é atualmente o país onde mais se morre pela doença.

Até esta segunda-feira (15), 279.602 pessoas haviam morrido de Covid em pouco mais de um ano de pandemia, e a doença está em aceleração em boa parte das cidades brasileiras.

 

Folhapress

Dentre os projetos do deputado Marden Menezes, criação do PROCON ALEPI

Deputado Marden Menezes: "Hoje é comemorado o dia do consumidor. Dentre os projetos de nossa autoria, que asseguraram direitos e um melhor atendimento para o consumidor piauiense, destacamos a criação do PROCON ALEPI, que atende milhares de piauienses por ano. Além disso, tivemos a felicidade de promover a abertura do órgão no município de Piripiri, participando da interlocução entre o Ministério Público e o município, durante a gestão do ex-prefeito Luiz Meneses."



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