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Themístocles Filho defende união de poderes para governo adotar "medidas mais duras" contra a covid-19

O presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, deputado estadual Themistocles Filho (MDB), em sessão plenária realizada nesta quinta-feira (10), fez um desabafo sobre a situação da Covid-19 no Estado e cobrou a adoção de “medidas mais duras”. 

O deputado, que já perdeu um genro e uma tia para a Covid-19, viu seu motorista, Josafá dos Santos Reis, também diagnosticado com coronavírus, morrer na noite de ontem (10) à espera de um leito de UTI.

“Precisamos resolver este problema. Meu motorista, que já estava ao meu lado há mais de vinte anos, morreu sem conseguir um leito de UTI. Não tinha. Assim como outras famílias, fizemos todo o esforço possível para conseguir um leito de UTI, mas rapidamente ele faleceu. Este é um problema do Piauí e do Brasil como um todo”, lamentou o presidente.

O presidente Themístocles Filho defendeu que para o governador Wellington Dias decretar medidas mais rígidas, como um lockdown total, é  preciso a união entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.  O endurecimento  nas restrições foram defendidas pela maioria dos deputados. Alguns abordaram a necessidade de fechamento associado às ações governamentais para assistência popular, como  a não cobrança de contas de energia ou água dos mais pobres, até auxílio financeiros.

 “O governador, qualquer governador, fica preocupado na hora de adotar medidas mais drásticas. Como por exemplo, na hora que ele fala em lockdown, muita gente fica contra o governador. Então, para que o governador tome uma medida dura, uma medida dura pela vida que considero a favor da vida, tem que  juntar Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público, Assembleia, todos! Eu espero que o governador, que os deputados, possam clarear na cabeça de cada homem e cada mulher do Piauí que isso é importante", analisou o deputado Themístocles Filho.

O deputados Themístocles também cobrou a aquisição de medicamentos e de testes para detectar Covid-19.

“Temos que agir rápido porque se não fizermos isso a situação vai complicar ainda mais. Há testes que recebemos o resultado em 15 minutos, então fica mais fácil detectar e acompanhar. É preciso fazer uma avaliação e precisamos de mais testes, medicamentos e vacinas”, acrescentou o parlamentar.  

Além dos deputados, a reunião virtual contou a participação do governador Wellington Dias, do secretário de Saúde,Florentino Neto, do presidente do Tribunal de Justiça, da procuradora Geral de Justiça, Carmelina Moura e representantes do Comitê de Operações Emergenciais (COE).

Cidadeverde.com

Bolsonaro exonera Fábio Wajngarten da Secom e nomeia militar para o cargo

O presidente Jair Bolsonaro exonerou Fábio Wajngarten do cargo de secretário especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações e nomeou para ocupar interinamente o lugar dele o almirante Flávio Augusto Viana Rocha. O militar é o chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência e agora irá acumular as duas funções. A mudança está formalizada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira, dia 11

Flávio Rocha será o terceiro chefe da Secom na gestão Bolsonaro. Conforme o Estadão noticiou em janeiro, com a troca, Bolsonaro quer tentar melhorar a comunicação do governo e pôr um fim em divergências internas, especialmente entre Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Os dois estavam completamente desalinhados. A Secom é responsável pela comunicação oficial do governo e também pelo repasse de verbas publicitárias, o que aumenta o poder político da secretaria.

Empresário do ramo de pesquisa de mídia, Wajngarten assumiu a Secom em abril de 2019, em substituição ao publicitário Floriano Barbosa de Amorim.

A mudança, conforme apuração do Estadão em fevereiro, deve colocar um fim aos desentendimentos dentro da área de comunicação do governo, especialmente entre Wajngarten e Faria.

Havia também muita queixa interna no governo em relação à comunicação na questão da pandemia do coronavírus. O Palácio do Planalto considera que tem acumulado seguidos desgastes nessa área por não conseguir mostrar o que está fazendo no setor.

Mesmo fora da secretaria, Wajngarten não deve deixar o entorno de Bolsonaro, que gosta pessoalmente do empresário. Ele é visto pelo presidente como um aliado fiel e uma pessoa inteligente, que pode seguir ajudando numa assessoria especial.

Com um perfil oposto, o almirante Flávio Rocha é chamado dentro do governo de "bom de jogo" e "habilidoso". Considerado um militar conciliador e de diálogo, Rocha ampliou sua proximidade com Fábio Faria nos últimos tempos.

Fonte: Estadão Conteúdo

Kassio pede mais tempo para analisar atuação de Moro em caso de Lula

Com o placar em 2 a 2, faltando apenas mais um voto, a Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu nesta terça-feira (9) mais uma vez o julgamento sobre a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no processo em que o ex-presidente Lula (PT) foi condenado sob acusação de receber um tríplex em Guarujá (SP) como forma de propina da empreiteira OAS.

O julgamento foi interrompido por pedido de vista (mais tempo para analisar) do ministro Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, e ainda não tem data marcada para ser retomado.

Nesta terça-feira (9), os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowsk votaram pela anulação de todos os atos assinados por Moro na ação que trata do apartamento no litoral paulista. Os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia se posicionaram a favor de Moro no final de 2018, quando a análise do caso foi iniciada e suspensa por pedido de vista de Gilmar Mendes.

Nesta terça, porém, Cármen Lúcia indicou que dará um novo voto sobre o tema, o que levou a especulações de que pode mudar de posição.

"Eu tenho voto escrito, mas vou aguardar o voto-vista do ministro Kassio. Vossa Excelência trouxe um voto profundo, com dados muito graves. Darei o meu voto", disse a ministra.

Quando a ministra participou do julgamento, em 2018, ainda não haviam sido divulgadas as mensagens hackeadas de integrantes da Lava Jato.

A defesa de Lula afirma que os diálogos reforçam a acusação de parcialidade de Moro por demonstrar uma atuação muito próxima do então magistrado com o MPF (Ministério Público Federal), responsável pela acusação.

Com a suspensão do julgamento da Segunda Turma, segue válida a decisão de segunda-feira (8) de Fachin de anular as condenações em primeira e segunda instâncias e no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra o ex-presidente sobre o tríplex, assim como a do sítio de Atibaia e duas ações a respeito do Instituto Lula.

O relator da Lava Jato afirmou que a 13ª Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar Lula, invalidou as decisões das instâncias inferiores e remeteu o caso para a Justiça Federal do Distrito Federal. Com isso, o ex-presidente recupera seus direitos políticos, podendo ser candidato nas eleições de 2022.

Fachin, no entanto, não anulou as provas e determinou que a Justiça do DF analise a denúncia apresentada pelo MPF para retomar as investigações. A decisão do ministro ainda será analisada pelo plenário do STF.

No caso da suspeição, por sua vez, Gilmar e Lewandowksi defenderam nesta terça que todas as provas devem ser anuladas, o que reduz ainda mais a chance de o caso do tríplex ter novas consequências para Lula.

Nesse cenário, o processo seguiria para a Justiça do DF da mesma forma, mas o juiz terá que mandar os autos para o MPF retirar as provas consideradas ilícitas pela a 2ª Turma, ou seja, todas as que tiveram anuência de Moro.

Nesta terça, o julgamento começou com uma derrota de Fachin, que defendeu que sua decisão de anular os processos de Lula levava à perda de objeto do habeas corpus em que a defesa pede a declaração de suspeição de Moro.

Antes de a sessão começar, Fachi pediu ao presidente do STF, Luiz Fux, que o plenário decide sobre esse assunto. Não há ainda previsão sobre a resposta de Fux.

Gilmar, Lewandowski, Kassio e Cármen divergiram da tese de Fachin e votaram pelo prosseguimento da análise do caso pela Segunra Turma.

Primeiro a votar, Gilmar fez duras críticas à Lava Jato e Moro chegou a afirmar que se trata do "maior escândalo judicial da história".

"Meu voto não apenas descreve cadeia sucessiva a compromisso da imparcialidade como explicita surgimento e funcionamento do maior escândalo judicial da nossa história", disse Gilmar.

O ministro enumerou fatos que entende justificar a declaração de suspeição.

Entre eles, foram mencionadas a "ilegal condução coercitiva de Lula" no início do processo; a "arbitrária quebra do sigilo telefônico de familiares e até de advogados" do petista; "a atuação de Moro para impedir a ordem de soltura contra Lula" por Rogério Favreto no plantão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região); e "o fato de, na última semana antes das eleições de 2018, ter levantado o sigilo, sem pedido do MPF, de parte da delação premiada de Antônio Palocci Filho.

Além disso, Gilmar também citou "o fato de Sergio Moro ter assumido o Ministério da Justiça do governo do opositor político" de Lula. O ex-juiz pediu demissão em abril do ano passado, acusando Bolsonaro de interferir no comando da Polícia Federal.

Lewandowski também tratou das mensagens hackeadas de integrantes da Lava Jato e apreendidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Spoofing. Recentemente, a Segunda Turma autorizou ao petista ter acesso aos diálogos.

"O exame pericial dos meios eletrônicos e a falta de quaisquer indícios de que tenham sido manipulados pelos supostos hackers conferem plena credibilidade à existência das conversas mantidas pelo ex-juiz Serio Moro com os procuradores para combinar estratégias processuais que acabaram por resultar na condenação do paciente", disse.

Gilmar também leu parte das conversas mantidas por procuradores da Lava Jato e fez críticas à operação que foram muito além do caso específico do petista.

O ministro atacou as prisões preventivas alongadas e afirmou que Moro atuava como integrante do Ministério Público, responsável por fazer as acusações. "Em outras palavras, ele não se conteve em pular o balcão", disse.

Gilmar também criticou a imprensa e afirmou que se estabeleceu um "conluio vergonhoso entre a mídia e os procuradores e o juiz".

Outro alvo do ministro foi a 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que tem como chefe o juiz Marcelo Bretas. Gilmar já revogou diversas decisões do magistrado responsável pela Lava Jato no Rio e, nesta terça, afirmou que "não sabe como ainda não veio à tona" um escândalo sobre o trabalho daquela vara.

"O que se fala em torno dessa vara também é de de corar frade de pedra", disse.
Ele pontuou o voto com muitas frases de efeito: "Ninguém pode se achar o ó do borogodó. Cada um vai ter seu tamanho no final da história. Um pouco mais de modéstia. Calcem as sandálias da humildade".

No habeas corpus, a defesa do ex-presidente apontou diversos fatos que comprovariam a parcialidade de Moro, como o deferimento da condução coercitiva, em março de 2016, sem prévia intimação para oitiva; autorização para interceptações telefônicas do ex-presidente, familiares e advogados antes de adotadas outras medidas investigativas; a divulgação de grampos; e a atuação durante o plantão do desembargador Federal Rogério Favreto para que Lula não fosse solto.

Depois, a defesa ainda acrescentou o argumento de que a posse de Moro como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro seria outro indício de que o ex-magistrado teria atuado de maneira parcial.

A defesa também juntou aos autos, em 2019, diálogos obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados por outros veículos de imprensa entre integrantes da Lava Jato que indicam uma relação próxima de Moro com o Ministério Público Federal, responsável pela acusação.

Logo após a divulgação das mensagens, a defesa anexou as reportagens que tratavam do assunto para reforçar seus argumentos de que o ex-juiz não agiu com equidistância na Lava Jato.

Paralelamente, em outro procedimento em análise no Supremo, sobre uma ação penal ainda em tramitação no Paraná, conseguiu ordem do ministro Ricardo Lewandowski para ter acesso ao conteúdo hackeado de celulares de autoridades na operação.

A determinação foi efetivamente cumprida em janeiro e recebeu o aval de outros ministros da corte em sessão da Segunda Turma do tribunal no início deste mês.
A defesa do ex-presidente, porém, diz que não precisa juntar mais elementos nesse pedido de habeas corpus para provar a parcialidade do ex-magistrado.

Mão Santa e governador fecham acordo para reativar hospital de campanha e evitar colapso

Adversário ferrenho dos petistas, o prefeito de Parnaíba, Mão Santa (DEM) deixou de lado as arestas políticas e sentou na mesa com o governador Wellington Dias (PT) e firmaram um acordo para reabertura do hospital de campanha.

Com 100% de leitos ocupados em Parnaíba, o prefeito firmou uma cooperação técnica com o governo do estado para reativar 10 leitos de UTIs e 50 leitos clínicos no hospital de campanha Nossa Senhora de Fátima. 

Os novos leitos é para evitar um colapso no sistema hospitalar. O hospital atenderá exclusivamente pacientes com covid-19. Ele funcionará como um anexo do Hospital Dirceu Arcoverde (HEDA). 

Pela parceria, o governo do estado ajudará com insumos, funcionários e equipamentos. 

Dos 28 leitos existentes de Parnaíba, todos estão ocupados. 

Participam do encontro o secretário Florentino Neto (Saúde), Rafael Fonteles (Fazenda), Alisson Bacelar (Comunicação) e o ex-governador Zé Filho, o superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios, da Sesapi, Herlon Guimarães. A secretária de Assistência Social de Parnaíba, Adalgisa Moraes Sousa e secretários de Mão Santa também estão na reunião. 

Com o sistema à beira de um caos, o governo do estado teve que acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) para o ministério da Saúde financiar 278 leitos no estado. A ministra Rosa Weber determinou imediatamente a reabertura dos leitos. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) já foram abertos 211 novos leitos no Piauí. O problema é que a quantidade de leitos disponíveis para o tratamento de pacientes com Covid-19 não acompanha o número de novos infectados por dia no Piauí. 
A ocupação de leitos de UTI em Teresina e na região Norte gira entre 90% e 100%. Fonte: Cidadeverde.com

Deputado Marden protocola PL para garantir que estudantes da área da saúde sejam vacinados

O deputado estadual Marden Menezes protocolou na Assembleia Legislativa do Piauí um Projeto de Lei para garantir que estudantes da área da saúde que estão em regime de internato sejam vacinados contra a  Covid-19. Para o parlamentar estes estudantes que estão atendendo nos hospitais e clínicas públicas estão correndo os mesmos riscos dos profissionais da saúde e precisam também serem prioridade na imunização. "São alunos no curso de medicina, enfermagem, fisioterapia, odontologia entre tantos outros setores da saúde que estão trabalhando na linha de frente, mas não estão sendo vacinados. Precisamos corrigir essa injustiça e colocá-los na lista de prioridade da vacinação".



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