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Piauí recebe 57 mil doses de vacinas e volta a imunizar com Coronavac

O Piauí voltou a receber doses da vacina Coronavac na tarde desta sexta-feira (18). Foram entregues 21.200 doses pelo Ministério da Saúde. A última vez que o estado recebeu a vacina do Instituto Butantan foi no dia 14 de maio. O avião com as vacinas pousou às 15h30 no Aeroporto Petrônio Portela. Além da Coronavac foram enviadas 36.270 doses do imunizante da Pfizer.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, as vacinas Coronavac serão para a primeira e segunda dose. Já as vacinas da Pfizer são para primeira dose. 

Os dois lotes de vacinas terão 50% destinados para o público de 18 a 59 anos, 30% para pessoas com comorbidades, deficiência permanente, gestantes e puérperas e 20% aos serviços essenciais escolhidos pelos Conselhos Municipais de Saúde. 

“O Piauí segue avançando na imunização de sua população. Iniciamos na semana passada o envio de doses para o público em geral de 18 a 59 anos e esta nova remessa vai nos possibilitar a celeridade da vacinação”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto. 

Antecipação da 2ª dose da AstraZeneca 

Nesta sexta, a Sesapi divulgou que a Comissão Intergestora Bipartite (CIB), composta por membros da Secretaria e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), aprovou a antecipação da 2ª dose da vacina AstraZeneca. A partir de agora, a vacina pode ser aplicada em 75 dias (2 meses e 15 dias) e não mais em 90 dias (três meses).

“O Piauí segue avançando na imunização de sua população. Iniciamos na semana passada o envio de doses para o público em geral de 18 a 59 anos e esta nova remessa vai nos possibilitar a celeridade da vacinação”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto. Segundo ele, é de fundamental importância que a população retorne aos postos de saúde para receber a segunda dose das vacinas, pois ela é que garante a imunização contra a Covid-19.

Órgãos de saúde aprovam antecipação da 2ª dose de AstraZeneca no Piauí

A Comissão Intergestora Bipartite (CIB), composta por membros da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) e do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), aprovou a antecipação da segunda dose da vacina AstraZeneca, de doze para dez semanas. 

A vacinação antecipada é uma recomendação e condicionada ao município possuir os imunizantes em estoque. De acordo com a bula da AstaZeneca a vacina pode ser aplicada no intervalo de quatro a doze semanas.

Diretora explica

“O documento técnico–científico da FioCruz sobre a  vacina descreve que o esquema vacinal consiste de duas doses , sendo que a segunda pode ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira dose e  um intervalo de dose mais longo proporciona uma eficácia com mais certeza para intervalos de 8 a 12 semanas, por isso podemos recomendar a antecipação para dez semanas”, explica a diretora de Vigilância em Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé. 

Cidades pediram

Alguns municípios solicitaram a antecipação da vacina à comissão devido ao estoque parado na rede de frio, que pode vir a comprometer a capacidade de armazenamento dos imunobiológicos que devem chegar em remessas futuras .

“Muitas cidades não possuem uma rede com capacidade de armazenamento tão grande, por isso nos pediram para antecipar as segundas doses, possibilitando assim mais espaço para guardar as doses que estão previstas para chegar. Porém lembramos que se o município não possui o estoque ele deve manter as instruções de dose semanas e esperar as remessas de segunda doses, que serão envidas pelo Ministério da Saúde”, lembra a diretora.

Vacinação contra a Covid já evitou a morte de 43 mil idosos no país

A vacinação contra a Covid-19 no Brasil já evitou a morte de 43 mil pessoas acima de 70 anos, mostra estudo inédito do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) em parceria com a Universidade de Harvard e o Ministério da Saúde.

O trabalho analisou mais de 238 mil óbitos por Covid-19 entre janeiro e maio deste ano em todo país e demonstra que, a partir da imunização dos grupos etários com mais de 70 anos, houve um declínio acentuado de mortes.

A proporção de óbitos de idosos em relação ao total de mortes pela Covid caiu de 28% para 16% entre os que têm de 70 a 79 anos e de 28% para 12% entre as pessoas a partir dos 80 anos.

No primeiro grupo, os níveis nacionais de cobertura com a primeira dose alcançaram 90% na primeira metade de maio. No grupo dos 80+, a taxa estabilizou-se em 95% a partir de março.

No mesmo período de análise, entre 3 de janeiro a 27 de maio, as proporções de mortes por outras causas permaneceram estáveis nesses grupos etários: em torno de 20% para o primeiro e de 30% para o segundo. Ao todo, foram 238.414 óbitos por Covid-19 e 447.817 mortes por outras causas.

Segundo Cesar Victora, o epidemiologista da UFPel e líder do estudo, os resultados fornecem evidências da efetividade das vacinas Coronavac e AstraZeneca em uso no Brasil, inclusive já dentro do contexto da circulação da nova variante Gama (P.1).

"Os resultados são muito sólidos. Caiu a mortalidade nesses grupos, e a gente já observa que entre 60 e 69 anos também está caindo [essa faixa não entrou no estudo]", afirma. Não há dados separados sobre a queda de mortalidade relacionada a cada vacina.

Victora diz que os números mostram que não há sentido de as pessoas ficarem receosas em relação à efetividade dessas vacinas. "Não tem que escolher, tem que tomar a que tiver", afirma.
No início do mês, em depoimento à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, questionou a efetividade da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

O estudo mostra que, a partir de final de fevereiro, o número de óbitos por Covid-19 aumentou em todas as idades devido à rápida disseminação da variante gama para todo o país –a cepa foi identificada pela primeira vez no estado do Amazonas em dezembro.

De acordo com estudo, se o número de mortes entre os mais velhos tivesse seguido a mesma tendência observada para os brasileiros mais jovens, seriam esperadas 70.015 mortes de pessoas de 80 anos ou mais contra 37.401 registradas no período.

Entre as pessoas de 70 a 79 anos, a expectativa de óbitos seria de 20.238 contra 13.838 registrados. Somando as estimativas para ambas as faixas etárias, foram evitadas as mortes de 43.082 idosos no país.

Para Victora, os resultados também afastam as suspeitas infundadas sobre as evidências de eficácia das vacinas levantadas na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que as classificou como experimentais.

"Nenhum cientista do mundo é 100% certo, é muito difícil ser 100%. Mas o nosso presidente consegue ser 100% errado, o que também não é fácil", diz ele.

A vacina Coronavac representou 65,4% e a AstraZeneca, 29,8% de todas as doses administradas ao longo do mês de janeiro, enquanto as porcentagens foram de 36,5% para Coronavac e 53,3% para AstraZeneca no período entre meados de abril e metade de maio.

Os imunizantes da Pfizer/BioNTech (Alemanha) e do Instituto Serum (Índia) responderam pelas doses restantes no período mais recente.

A região Norte do país foi a que apresentou menor redução na taxa de mortalidade entre os que têm mais de 80 anos após a vacinação: de 18% para 14%. Segundo Victora, é a região com a menor expectativa de vida e, por isso, tem menos idosos.

Além disso, a taxa de mortes entre os mais velhos já era mais baixa antes do início da vacinação até pelo perfil da disseminação de casos. "A pandemia foi muito grave lá e se espalhou por todas as faixas etárias."

Segundo o pesquisador, as análises mostram que as vacinas não estão provocando efeitos colaterais graves que poderiam levar à morte, porque, do contrário, teria subido a taxa de óbitos por outras causas.

"Se tivéssemos começado a vacinar desde janeiro, essa estimativa de mortes poupadas pela vacinação seria maior ainda", diz ele.

Desde que assumiu o cargo, Queiroga tem dito que pretende imunizar toda a população adulta ainda neste ano. A tentativa de acelerar a campanha para atingir essa meta, porém, ainda enfrenta impasses, como o atraso em fechar contratos e a dificuldade de obter insumos da China usados na produção de algumas vacinas.

Até o momento, dados do consórcio de imprensa mostram que em torno de 11% da população geral já recebeu duas doses de vacinas.

Especialistas alertam que cuidados básicos como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos devem ser mantidos mesmo após a aplicação das duas doses do imunizante, uma vez que nenhuma vacina garante 100% de proteção contra a doença.

Dados da pesquisa na cidade de Serrana, no interior de SP, indicam que uma retomada mais segura da vida normal deve ser feita quando pelo menos 60% de toda a população estiver imunizada, ou pelo menos 75% da população adulta.

 

Folhapress

COMUNICADO IMPORTANTE DA SESAM: Mais vacinação em Piripiri

Nesta sexta-feira, dia 18, os seguintes grupos receberão vacinação contra a COVID-19. Será no auditório Germayron Brito.
Grupos:
- Trabalhadores da limpeza pública/garis;
- Agentes de Trânsito;
- Serviço da Assistência Social;
- Conselho Tutelar;
- Comunidades Terapêuticas;
- Professores de escolas de reforço e de escolas de língua estrangeiras.

Covid: Piauí já tem município com mais de 50% da população vacinada com 1ª dose

O município de Campinas do Piauí, a 414 km ao Sul de Teresina, já vacinou contra a covid-19 mais de 50% de sua população com a 1ª dose. É o maior índíce proporcional entre as 224 cidades do estado. Já foram aplicadas 2.923 doses, totalizando 52,08% da população.

Campinas tem uma população, segundo o IBGE, de 5.620 habitantes. São Félix do Piauí, que até o fim de semana ocupava a 1ª colocação na aplicação da primeira dose, caiu para 2º e está agora com 44,83%, seguido de Prata do Piauí, com 41,35%.

Dados gerais

Até às 17h desta quarta-feira (16), o Piauí já havia aplicado 801.564 vacinas referentes a 1º dose. Esse número representa 24,43% de toda a população. 

Ontem, o Governo do Piauí anunciou que vai pagar R$ 1,50 por dose registrada no vacinômetro, ou seja, no sistema da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) que comprova a quantidade de vacinas aplicadas contra a Covid-19. O atraso no registro tem feito com que o estado figure com uma baixa cobertura vacinal. 

O pagamento do incentivo de R$ 1,50 por dose registrada começa a valer a partir da data da publicação da resolução e será válido para os registros efetuados no prazo de 30 dias após a publicação. 

Segundo o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems-PI), a lentidão no registro da vacinação se deve a fatores como falta de computadores, internet e, principalmente, material humano. 



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