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Plano define grupos prioritários que serão vacinados contra a covid no 1º semestre de 2021

O Governo do Piauí informou nesta terça-feira (24) que está elaborando um plano de logística para a vacinação contra a Covid-19. Diversos setores da Secretaria de Saúde do Estado (Sesapi) estão envolvidos na estratégia que, de acordo com o governo, pretende ser iniciada ainda no primeiro semestre de 2021, a depender da liberação da vacina. 

Segundo o plano, que ainda está em elaboração, os grupos prioritários na primeira fase de vacinação seriam os idosos acima de 80 anos, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde. A Sesapi e os municípios farão um trabalho de busca a este público. 

“Esse processo de imunização vai demandar uma grande estrutura da Sesapi, por isso estamos nos planejando com antecedência para que possamos realizar com êxito todo o processo da imunização Covid-19. Esse é um planejamento que requer muito cuidado e demandará um esforço ainda maior de todos os setores da secretaria”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto. 

Segundo a Sesapi, o planejamento já está sendo estudado há mais de 40 dias em parceria com o Ministério da Saúde, pelos setores que vão da Atenção Básica, Alta Complexidade em Saúde, Vigilância Sanitária e Comunicação, como explica a diretora de Vigilância e Atenção em Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé. 

“Todo o procedimento de distribuição e organização da rede ficará a cargo da Coordenação de Imunização da Sesapi, através das 11 Regionais de Saúde. Por isso estamos fazendo um levantamento de nossa capacidade instalada, para podermos fazer essa megaoperação a contento, já que teremos uma demanda diferente das demais vacinações, onde chamamos à população e desta vez será ela que virá nos acionar para que seja vacinada. Por isso a mobilização de todos os setores”, afirma.

Cristiane Moura Fé destaca que no primeiro momento não haverá vacina para toda a população.

“No primeiro momento infelizmente não teremos vacina para toda população do estado. Dessa forma as pessoas serão estratificadas em grupos prioritários, e esse trabalho a Sesapi fará em consonância com os municípios, para que tenhamos celeridade no cumprimento desta missão. A expectativa do Ministério da Saúde é que no primeiro semestre de 2021 se vacine os grupos prioritários, que corresponde a mais ou menos 50% da população, e no segundo semestre os demais”, destaca a diretora. 

Entre as estratégias que estão sendo montadas pela Sesapi está a preparação da rede de distribuição de imunobiológicos e a operacionalização das salas de vacinas nos municípios. Atualmente, não há vacinas disponíveis contra a Covid-19. No Brasil receberam autorização para experimentos de larga escala no as vacinas desenvolvidas pelos laboratórios AstraZeneca/Oxford, Sinovac, Janssen e Pfizer/Biontech/Fosun Pharma. 

“Temos uma perspectiva, por enquanto, de três tipos de vacinas a serem disponibilizadas a esses grupos. Duas delas, teremos que administrá-la em duas doses, que é algo diferenciado e precisará de uma logística especial em dois momentos. Por isso estamos iniciando esta preparação para que no momento em que as vacinas sejam liberadas, nossa rede esteja toda estruturada para suprir a demanda”, enfatiza Cristiane Moura Fé.

OMS diz que 'aposta mais segura' é renunciar às festas de Natal e ano-novo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira, 23, que a "aposta mais segura" para algumas famílias será não realizar reuniões familiares neste Natal e ano-novo para impedir a disseminação do coronavírus. Festas de Ano Novo, com aglomeração, também não são recomendadas.

Na semana passada, o Brasil chegou a mais de 6 milhões de casos de infecção por coronavírus e países da Europa vivem uma segunda onda. O anúncio foi feito no mesmo dia em que a OMS saudou os esforços da Universidade de Oxford e do laboratório AstraZeneca "para tornar a vacina acessível e fácil de armazenar".

Em uma reunião virtual em Genebra, a líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, para a covid-19 disse que "em algumas situações, a difícil decisão de não ter uma reunião familiar é a aposta mais segura". Mais cedo, a cientista-chefe da organização Soumya Swaminathan afirmou que as notícias sobre os resultados da vacina para covid-19 da Universidade de Oxford e do laboratório britânico AstraZeneca são "encorajadoras e esperamos ver os dados, como fazemos com outros resultados promissores das últimas semanas".

A AstraZeneca informou nesta segunda-feira que sua vacina para covid-19 pode ser cerca de 90% eficaz, dando à luta mundial contra a pandemia global uma nova arma, mais barata de produzir, mais fácil de distribuir e mais rápida de expandir do que suas rivais.


Fonte: Estadão Conteúdo 

Butantan anuncia que testes da CoronaVac chegaram à fase final

Chegou à fase final o estudo clínico da CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com biofarmacêutica Sinovac Life Science. De acordo com informações do governo de São Paulo e do Instituto Butantan, os resultados sairão na primeira semana de dezembro e a previsão é a de que, até janeiro de 2021, 46 milhões de doses estejam disponíveis no Brasil.

Os resultados serão enviados pelo Comitê Internacional independente na primeira semana de dezembro para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analise o relatório para verificação da vacina. Os testes no Brasil estão sendo coordenados desde julho pelo Butantan em 16 centros de pesquisa científica espalhados em sete estados brasileiros e no Distrito Federal, com 13 mil voluntários envolvidos. Na última semana, o primeiro lote com 120 mil doses chegou a São Paulo.

Na última terça-feira (17), os resultados da fase anterior de estudos clínicos da CoronaVac foram publicados pela revista científica Lancet, uma das mais importantes do mundo. A publicação mostrou que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.

Outras vacinas

Hoje (23) a farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou a vacina que o laboratório está desenvolvendo contra o novo coronavírus pode ter 90% de eficácia, sem nenhum efeito colateral grave. Desenvolvida pela Universidade de Oxford, atingiu esse percentual na prevenção da doença quando administrada em meia dose e, pelo menos um mês depois, uma dose integral, de acordo com dados do estudo clínico em estágio avançado realizado no Reino Unido e no Brasil. A farmacêutica terá 200 milhões de doses da vacina até o final deste ano, com 700 milhões de doses prontas globalmente até o fim do primeiro trimestre de 2021.

A americana Pfizer informou na última quarta-feira (18) que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina mostram que o imunizante é 95% eficaz, tem todos os dados de segurança exigidos referentes a dois meses e que solicitaria autorização para uso emergencial nos Estados Unidos em alguns dias. Segundo a Pfizer, a eficácia da vacina desenvolvida em parceria com alemã BioNTech foi consistente em dados demográficos de idade e etnia, e que não houve efeitos colaterais importantes.

A concorrente Moderna divulgou na segunda-feira (16) dados preliminares para sua vacina, mostrando eficácia semelhante.


Fonte: Com informações da Agência Brasil

Vacina de Oxford contra Covid-19 alcança até 90% de eficácia

A vacina contra a Covid-19 da Universidade de Oxford (Reino Unido) produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca atingiu eficácia de até 90%, segundo análise dos resultados preliminares de ensaio clínico de fase 3.

O anúncio foi feito pelo laboratório nesta segunda-feira (23). Um comitê externo avaliou os dados, após serem confirmados 131 casos de Covid-19 em um universo de 23.272 participantes.

Os resultados ainda são parciais e não correspondem à conclusão do ensaio clínico, mas a análise interina, feita quando há um número suficiente de casos da doença em um dos braços do estudo -de intervenção ou que recebeu placebo-, apontou uma eficácia elevada da vacina em proteger contra a Covid-19.

Os participantes foram divididos em dois grupos que receberam dosagens diferentes. No primeiro grupo, foi aplicada uma dose inicial mais baixa do imunizante (correspondendo à metade da dose total), seguida por uma segunda dose completa 30 dias depois. Nestes participantes, a eficácia atingida foi de quase 90%.

O segundo grupo recebeu as duas doses completas, com 30 dias de diferença, e a eficácia encontrada foi de apenas 62%. No agregado dos dados dos dois estudos, a eficácia média da vacina foi de 70%.

Com os dados em mãos, os avaliadores afirmaram que a vacina atingiu o seu desfecho inicial primário, que era proteger contra a doença causada pelo novo coronavírus após 14 dias ou mais da aplicação da dose reforço.

Além dos dados sobre eficácia, nenhum efeito adverso sério foi reportado, apontando para uma boa segurança e tolerância da vacina. Também não foram reportadas hospitalizações ou quadros graves da doença entre os pacientes imunizados.

"A eficácia e a segurança desta vacina confirmam que ela será altamente eficaz contra a Covid-19 e terá um impacto imediato na emergência de saúde pública", disse em comunicado Pascal Soriot, presidente da AstraZeneca.

Na última quinta-feira (19), foram publicados resultados da fase combinada 2/3 de ensaio clínico, conduzidas no Reino Unido, na revista científica The Lancet, indicando que a vacina tem uma boa capacidade de gerar resposta imune, inclusive em adultos com mais de 70 anos.

Os dados mais recentes da vacina da Oxford indicam uma eficácia menor que a de outras vacinas concorrentes. Não há informações também, ainda, se a vacina previne a infecção do Sars-CoV-2, ou só protege contra o desenvolvimento da doença.

A AstraZeneca anunciou que irá entrar com o pedido de aprovação emergencial ou condicional para as agências regulatórias em todos os países onde desenvolve seus testes clínicos imediatamente. A farmacêutica deve ainda buscar um pedido de uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visando acelerar os trâmites para disponibilizar a vacina em países de baixa renda.

A farmacêutica disse também que os resultados completos da análise interina serão submetidos para uma revista científica em breve.

No Brasil, o Ministério da Saúde firmou parceria com a farmacêutica para produzir no país, por meio de um acordo de transferência de tecnologia para a Fiocruz, até 100 milhões de doses do imunizante. As primeiras 15 milhões de doses são esperadas para chegar até o final de 2020, e o restante, até o primeiro semestre do ano que vem.

Os ensaios clínicos de terceira fase no país recebem apoio financeiro da Fundação Lemann. A totalidade dos testes realizados no Brasil recebeu também apoio da Rede D'Or, da Fundação Brava e da Fundação Telles.

A vacina, cujo armazenamento pode ser realizado em refrigeradores comuns (temperaturas entre 2? e 9?C), tem ainda a vantagem de baixo preço: cada dose deve ser vendida ao valor de 3 dólares (ou R$16,32). "Está é uma ótima notícia. É um marco de como a colaboração entre diferentes setores -governo, setor privado, academia e terceiro setor- pode fazer a diferença", disse Denis Mizne, diretor-executivo da Fundação Lemann.

OUTRAS VACINAS NA CORRIDA ?CONTRA COVID-19

No último domingo (22), o Ministério da Saúde informou que deve assinar cartas de intenção com pelo menos outros cinco laboratórios para compra de vacinas: Pfizer, Janssen (braço farmacêutico da Johnshon & Johnson), Bharat Biotech, Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês) e Moderna.

Destas, pelo menos três já divulgaram seus resultados, parciais ou totais, de fase 3.

Na quarta (18), a Pfizer, que tem sede nos Estados Unidos, anunciou que a vacina contra a Covid-19 que desenvolve em parceria com a empresa alemã BioNTech tem eficácia de 95%, de acordo com resultados concluídos da fase 3.

A empresa norte-americana de biotecnologia Moderna, que desenvolve uma vacina em parceria com o governo dos Estados Unidos, divulgou também seus resultados preliminares, com eficácia de 94,5% em sua vacina de mRNA.

Já o governo russo, através do RDIF, divulgou que a vacina Sputnik V, produzida pelo Instituto Gamaleya (Rússia), possui eficácia de 92%. O governo russo, no entanto, não apresentou dados sobre a sua análise interina, diferentemente do que fizeram a Oxford e a Moderna.

A publicação dos resultados finais da Pfizer deve ser aguardada para as próximas semanas. Até o momento, nenhuma dessas vacinas teve ainda os dados de fase 3 publicados por revistas científicas. Via de regra, a comunidade científica internacional aceita os resultados após uma publicação do tipo, pois permite que os dados sejam revisados e contestados por outros pesquisadores especialistas no assunto.

Segundo a OMS, mais de 200 vacinas estão em testes no mundo todo -48 delas já estavam em uma das fases de testes em humanos até o dia 12 de novembro, última atualização da agência disponível.

 

Fonte: Folhapress

Governadores decidem que a 1ª vacina liberada será adotada pelo governo

O governador Wellington Dias (PT) revelou durante uma live na manhã desta segunda-feira (23) que os governadores estão otimistas que a vacina da Covid-19 deverá ser disponibilizada ainda em janeiro de 2021. Wellington Dias, que representa todos os governadores do País na articulação pró-vacina, disse que a primeira vacina que for aprovada pelos órgãos de saúde deverá ser disponibilizada à população.

Ao participar de uma solenidade virtual para entrega de 180 mil chips de celulares para estudantes acompanharem aulas remotas, Wellington Dias afirmou:

“Antes de vir para cá estava com um grupo de governadores a gente comemorando a chance que há de fechar este ano com alguma vacina vencendo a terceira etapa. E para nós governadores é a primeira vacina que for reconhecida e autorizada, que tenha segurança na aplicação, que tenha eficiência, é essa que nos vamos adotar. Está bem avançada a vacina da Sinovac, da China, da Pfizer, americana, Sputnik V, que é da Rússia, vacina de Oxford, que é do Reino Unido, seja qual for a vacina, estamos trabalhando para que ela entre no Plano Nacional de Imunização”. 

Na fala do governador ele não citou a Coronavac, vacina que já chegou lotes no Brasil produzida pelo governo de São Paulo e o Instituto Butantã. Wellington Dias falou apenas da esperança de iniciar o ano com a vacinação. 

“Meu sonho e as orações que faço todo dia é para que a gente possa abrir o ano, se Deus quiser, chegar em janeiro em condições do Brasil experimentar vacinação para a gente chegar até março e tenhamos condições de um mutirão, que também não será fácil vacinar mais de 200 milhões de brasileiros pra que se possa ter uma saída segura”, disse o governador. 



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