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Bolsonaro condiciona recriar pasta da Segurança Pública à autonomia do BC

O presidente Jair Bolsonaro condicionou a recriação do Ministério da Segurança Pública à aprovação, pelo Congresso Nacional, do projeto de lei que prevê autonomia do Banco Central.

Em conversa no fim de semana passado com dois aliados, o presidente afirmou que não vale a pena reativar a estrutura se não tiver à sua disposição mais cargos de livre nomeação.

Além disso, não quer ser novamente criticado por elevar o atual número de ministérios, hoje em 23, mais do que havia prometido durante a campanha eleitoral.

A aprovação da autonomia da instituição financeira resolveria, na opinião de Bolsonaro, as duas questões.

Segundo o texto do projeto de lei complementar em tramitação na Câmara, de autoria do Executivo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, perderia o status de ministro e ganharia o cargo de natureza especial de presidente do BC. A esse projeto ainda será anexada uma proposta que deve ser votada pelo plenário do Senado.

A mudança deixaria o número total de ministros inalterado, mesmo com a nomeação de um novo auxiliar do governo.

Além disso, de acordo com assessores presidenciais, funções comissionadas poderiam ficar à disposição para remanejamento para a estrutura recriada sem a geração de novos gastos.

Isso porque caberia à diretoria colegiada do BC determinar os critérios para preencher as funções comissionadas da autoridade monetária –seriam exercidas por funcionários de carreira do próprio Banco Central. Bolsonaro poderia remanejar ao novo ministério cargos de confiança hoje alocados na instituição.
Em conversa recente, o presidente disse que cargos de livre nomeação hoje à disposição do Poder Executivo devem ser quase todos remanejados ao Ministério das Comunicações, recriado em junho.

Sem nova margem de manobra, avalia o presidente, fica difícil viabilizar a pasta de Segurança Pública, que serviria de vitrine eleitoral para ajudar em sua reeleição ao cargo. "

A expectativa do Planalto é que o texto final prevendo a autonomia do BC seja aprovado até o final do ano.

Ao recriar Segurança Pública, a ideia do presidente é reforçar bandeira eleitoral, explorada na disputa passada, de que o atual governo prioriza o combate à criminalidade.

Além de a violência ser um dos temas que mais preocupam o eleitor, a redução dos índices de criminalidade nos últimos anos deve ser explorada em uma eventual candidatura do ex-juiz federal Sergio Moro –ele também contaria com a vantagem de ser um dos nomes associados à principal operação recente de combate à corrupção no país.

O possível lançamento do ex-ministro da Justiça é considerado no Planalto o principal empecilho à reeleição de Bolsonaro, já que ambos disputam apoio em um mesmo perfil do eleitorado: classes média e alta conservadoras.

Para o comando da Segurança Pública, o presidente avalia dois nomes: o do líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF).

A nomeação do primeiro seria uma saída honrosa. O presidente já decidiu trocá-lo do posto pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que faz parte do bloco do centrão.

A atuação de Vitor Hugo na articulação política é criticada tanto no Planalto como no Poder Legislativo, mas o presidente não pretende deixar o aliado de primeira hora sem um posto no governo.

A aliados Vitor Hugo deixou claro que não pretende deixar o posto de líder na Câmara para ocupar um cargo de segunda linha, como presidente de uma autarquia. O deputado afirma que só abriria mão do cargo para chefiar um ministério.

Já Fraga, coronel da reserva da Polícia Militar, é amigo de Bolsonaro desde a década de 1980 e, ainda no período de transição, ganhou do presidente a promessa de um cargo ministerial. Ele conta com o apoio da bancada da bala para assumir a nova estrutura. 

Em um novo redesenho da Esplanada dos Ministérios, o presidente avalia incluir entre as atribuições da Segurança Pública as estruturas relacionadas às políticas contra drogas e à Defesa Civil.

A formatação prevê que o novo ministério absorva órgãos federais que hoje estão na alçada da Cidadania e do Desenvolvimento Regional.
Em conversas reservadas, Bolsonaro já disse que a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal serão mantidas na Justiça.

A pasta recriada receberia o Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas e teria entre suas competências políticas a difusão de conhecimento sobre infrações relacionados às drogas lícitas e ilícitas e ao combate ao tráfico de drogas.

Também passariam para o guarda-chuva da nova estrutura a elaboração de diretrizes com vistas à redução do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas e à realização de campanhas de prevenção.

Na prática, isso significaria uma desidratação do Ministério da Cidadania, uma vez que algumas dessas atribuições hoje estão na pasta comandada por Onyx Lorenzoni (DEM).

O novo ministério deve ficar ainda com a política nacional de proteção e defesa civil, hoje com o Desenvolvimento Regional.

A justificativa é que a nova pasta coordenaria ações dos corpos de bombeiros militares do Brasil, órgãos que atuam em ações de defesa civil.
Fabio Braga, sócio do Demarest Advogados, lembra que o status de ministro do presidente do Banco Central é recente. Foi estabelecido em 2004 como um aceno do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente do BC da época, Henrique Meirelles, que havia indicado intenção de pedir demissão por causa de denúncias de sonegação de patrimônio.

Para Braga, o status de ministro é irrelevante para o cargo. "Não é isso que faz com que o BC tenha autonomia do ponto de vista técnico, financeiro, em linha com o que a OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] recomenda que o Brasil faça, que é passar uma lei para dar flexibilidade à autoridade monetária para definir os marcos de política junto com o Executivo."

 

Fonte: Folhapress

Cargos do Progressistas serão redistribuídos para manter deputados na base

Segundo lideranças do PT, nas contas do governador Wellington Dias, pelo menos dois dos sete deputados do Progressistas têm chances reais de continuar na base aliada. 

O deputado Firmino Paulo é um dos cotados. Hoje comandando a pouco prestigiada Adapi, ele tem a promessa de conseguir cargos mais expressivos como a indicação da direção do Detran. 

Outro fator que pesaria é que Firmino não tem uma boa relação como o tio, o prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB), grande aliado do progressistas. Com isso, o parlamentar não seria tão próximo ao senador Ciro Nogueira. 

Os aliados afirmam que o governador não medirá esforços  para provocar baixas do lado de Ciro Nogueira. Ele também já conversou com os deputados Wilson Brandão, secretário de mineração, e com Hélio Isaías, secretário de Transportes. As respostas devem ser dadas na próxima semana. Fonte: Cidadeverde.com

Flávio Bolsonaro pede troca de promotores do Rio em investigação da 'rachadinha'

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que troque os promotores que investigam há um ano e meio o suposto caso da "rachadinha" em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio.

Os advogados do filho do presidente Jair Bolsonaro argumentam que o Ministério Público do Rio desrespeitou a regra do promotor natural do caso ao manter os membros do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada de Combate à Corrupção) à frente da apuração mesmo após a concessão de foro especial ao senador pelo Tribunal de Justiça do Rio.

No procedimento, a defesa pede que o caso seja conduzido por um procurador de Justiça -que atua na segunda instância do Tribunal de Justiça. O relator do caso no CNMP, Luiz Fernando Bandeira de Mello, notificou o MP-RJ na última terça-feira (4) para que se pronuncie sobre o pedido.

Flávio Bolsonaro é investigado sob suspeita dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela prática da "rachadinha". O esquema consiste na devolução do salário de assessores ao parlamentar. O senador nega as suspeitas levantadas pelos promotores.

O TJ-RJ entendeu em junho que Flávio tem direito ao foro especial destinado aos deputados estaduais, cargo que ocupava no período da investigação da "rachadinha". O MP-RJ recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) apontando violação de decisões anteriores da corte.

Na Justiça, os processos saíram da 27ª Vara Criminal, do juiz Flávio Itabaiana, para o Órgão Especial, um colegiado de 25 desembargadores.

Em investigações de pessoas com foro especial, o procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, costuma delegar os atos de sua competência ao Gaocrim (Grupo de Atuação Originária Criminal), atualmente coordenado pelo procurador Ricardo Martins.

É Martins quem assina a denúncia contra o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC-RJ) e conduz a apuração contra outros deputados também suspeitos de praticarem a rachadinha.

No caso de Flávio, Gussem optou por pedir o auxílio dos promotores do Gaecc, que conduzem o caso desde fevereiro de 2019. O Gaecc é uma estrutura criada para auxiliar promotores em investigações de maior complexidade. Na prática, assumem a condução da apuração quando solicitado pelos membros da promotoria.

O grupo assumiu o caso do senador em auxílio ao promotor Luiz Otávio Figueira Lopes, da 24ª Promotoria de Investigação Penal, que recebeu a atribuição para atuar no procedimento após o promotor Cláudio Calo, da 23ª, se declarar impedido de conduzir a investigação. Ele havia se reunido com o senador durante as eleições de 2018.

O inquérito chegou às mãos de Calo após ficar um ano com o Gaocrim, quando Flávio ainda era deputado estadual.

O pedido da defesa pode afetar atos praticados pelo Gaecc após a concessão de foro ao senador. Entre eles está a oitiva de Flávio e outros investigados, como Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio apontado como operador financeiro do esquema.

Na Justiça, o senador ainda tenta invalidar todos os atos autorizados por Itabaiana na condução do caso. Isso anularia as provas obtidas por meio das quebras de sigilo bancário e fiscal e das buscas e apreensões realizadas.

A decisão sobre a validade das provas será tomada pelo Órgão Especial do TJ-RJ, caso o STF decida que Flávio tem direito ao foro especial.

Foi por meio delas que o MP-RJ descobriu que Queiroz pagou despesas pessoais de Flávio com dinheiro vivo. Para os promotores, o recurso em espécie usado pelo ex-assessor do senador era proveniente da rachadinha.

O senador nega as suspeitas levantadas pelos investigadores. Em entrevista ao jornal O Globo, ele disse que Queiroz eventualmente pagou despesas suas, mas com dinheiro seu de fonte lícita. Dados de suas contas, porém, não mostram saques no período.

Queiroz, que é policial militar aposentado e ex-assessor do atual senador, foi preso em junho, em Atibaia (interior de São Paulo), em um imóvel do advogado Frederick Wassef, então responsável pelas defesas de Flávio e do presidente.

Queiroz e Jair Bolsonaro se conheceram no Exército e são amigos há mais de 30 anos. Foi por meio de Jair que o ex-assessor ingressou no gabinete de Flávio.

Em 10 de julho, Queiroz deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, no Rio, para cumprir prisão domiciliar. O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, concedeu o benefício a pedido da defesa.

Fonte: Folhapress

Bancada do Progressistas fará reunião e Ciro Nogueira deve fazer pronunciamento

O presidente estadual do Progressistas, deputado Júlio Arcoverde,  conduzirá a reunião da bancada progressistas para discutir o rompimento com o governador Wellington Dias (PT). Ontem o governador gravou vídeo agradecendo pela contribuição progressista e afirma que Ciro Nogueira já organiza a oposição. 

O senador Ciro Nogueira encontra-se em Brasília. E deverá gravar um vídeo se pronunciando sobre o assunto. O partido deve entregar os cargos que ocupa na gestão estadual. 



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