Boletim segunda feira dia 04 de maio
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- Categoria: Saúde
- Publicado: Segunda, 04 Maio 2020 20:52
- Escrito por Redação
Os atendimentos por psicólogos podem ser feitos a distância em momentos como o isolamento social devido à pandemia de covid-19, por meio de ferramentas online. Pacientes que já estavam em tratamento e, mesmo quem quiser iniciar um acompanhamento psicológico, podem ser atendidos remotamente. As ferramentas a serem utilizadas variam entre os profissionais da área.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) inclui a realização de psicoterapia online desde 2018, com a exigência de que o profissional faça um cadastro na plataforma e-Psi, o que possibilita a fiscalização dos trabalhos.
“O cadastro permite que o conselho saiba quem são os psicólogos que estão oferecendo essa modalidade de atendimento, além de outras coisas que considera importantes. Eles precisam informar ao conselho que tipo de precaução e segurança vão tomar para prestar o serviço, para fazer esses atendimentos, considerando que independentemente de o serviço ser presencial ou remoto, o psicólogo está submetido ao mesmo regulamento ético”, disse a presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes.
Ela acrescentou que o profissional precisa garantir a questão do sigilo, da proteção e da confidencialidade das informações referentes ao atendimento, assim como deve ocorrer na sessão presencial. “Existem esses regramentos e o psicólogo, mesmo nessa situação de pandemia, nessa situação de crise, precisa observar a resolução que regulamenta o atendimento online e todo atendimento tem que ser pautado na ética e nas normas da profissão. Isso não muda em função da situação de pandemia".
Antes da pandemia, o atendimento remoto era feito por alguns profissionais como ferramenta auxiliar. “Hoje, em função dessa realidade, se mostrou uma ferramenta importante. No caso das pessoas que já vinham fazendo atendimento presencial, a gente sempre orienta que seja avaliada a possibilidade de continuar esse atendimento [de forma online ou presencial]. Sobretudo, porque, se já era feito o trabalho psicoterápico antes, muito provavelmente já havia questões anteriores que vinham sendo analisadas”, disse Ana.
Ela ressaltou que não há proibição para atendimento presencial, mas que deve haver respeito às orientações das organizações de saúde para garantir a segurança tanto do paciente quanto do psicólogo.
Apesar do relato de algumas dificuldades, como falta de um espaço em casa em que a pessoa se sinta segura para realizar a sessão online, já que famílias podem estar isoladas no mesmo espaço, Ana afirmou que a orientação é que haja um esforço para que o atendimento continue.
“Principalmente entendendo que este é um momento que, por si só, produz naturalmente uma situação de muita ansiedade, muito estresse. Às vezes, as pessoas relatam que se sentem mais angustiadas, a gente sente muito medo, as notícias que chegam são cada vez mais angustiantes, então elas produzem uma sensação de insegurança muito grande, a gente sente a vida muito ameaçada. Então, precisam e pode ser que venham a precisar ainda muito mais desse suporte, desse acompanhamento, que é bem importante neste momento”, disse.
Ana avalia que é preciso compreender que o isolamento social refere-se à presença física, mas que as pessoas não precisam se isolar do contato virtual com as outras. “As tecnologias, de forma geral, trazem a possibilidade de estar conectado com os outros. Então, eu não posso ver alguém, não posso abraçar uma pessoa que eu gosto muito, isso é ruim, mas eu posso ligar, eu posso criar alternativas virtuais para não estar só. Que as pessoas observem suas redes de amizade, de contato, de apoio. É muito importante que a gente não fique isolado, sozinho no nosso próprio mundo”.
“Que a gente de fato não se afaste emocionalmente das pessoas e procure criar, resgatar ou restabelecer canais de comunicação, de aproximação, mesmo que a distância, com pessoas que possam estar junto neste momento”, acrescentou.
Fonte: Agencia Brasil
A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou, na noite deste sábado (2), mais duas mortes de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Os pacientes são de Teresina e Júlio Borges - que ainda não tinha casos de Covid-19. O total de testes positivos no estado chegou a 742.
Em Teresina, faleceu um homem de 46 anos com histórico de hipertensão. A vítima de Júlio Borges estava internada no hospital Tibério Nunes, em Floriano. Ele tinha 69 anos e problemas cardíacos.
Agora são 28 óbitos de pacientes de Teresina (14), Parnaíba (3), Piracuruca (2), Buriti dos Lopes, Canto do Buriti, Bom Princípio do Piauí, Júlio Borges, Itaueira, Pedro II, Picos, São Francisco do Piauí e São José do Divino (1).
Em Piripiri, um jovem internado após afogamento veio a óbito. Ele teve teste positivo para o novo coronavírus, mas a investigação do caso concluiu que a Covid-19 não foi a causa da morte.
Novos casos
Foram 77 testes positivos nas últimas 24 horas em todo o estado, 42 do sexo masculino e 35 do sexo feminino. As idades variam de 18 a 70 anos.
O Piauí agora tem 742 casos em 67 municípios. Foram registrados os primeiros casos em Amarante, Cocal dos Alves, Colônia do Piauí, Júlio Borges, Monsenhor Hipolito, São Gonçalo e São Miguel da Baixa Grande.
O primeiro caso de Colônia do Piauí foi confirmado pelo hospital Deolindo Couto, em Oeiras, onde o paciente está internado - um homem, de 43 anos, que está na enfermaria da unidade de saúde.
Em Teresina, foram 38 novos casos confirmados - 458 no total.
A SESAM esclarece que a Vigilância Epidemiológica Estadual após análise do caso do paciente que foi a óbito, concluiu e informou que, embora o mesmo estivesse positivo para a infecção por coronavírus, esta não foi a causa básica da morte.
Os demais esclarecimentos serão fornecidos quando a investigação do óbito for concluída. Diante da informação, seguimos sem óbitos cuja causa seja Covid-19.
O Brasil chegou a 85.380 pessoas infectadas por covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus. O país registrou recorde de novos casos, em 24 horas, com a adição de 7.218 infectados às estatísticas, um aumento de 9% em relação a ontem, quando foram registradas 78.662 mil pessoas nessa condição.
Segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quinta-feira (28), o total de mortes subiu para 5.901. De ontem para hoje, foram registrados 435 novos óbitos, um aumento de 8% em relação a quarta-feira (29), quando foram contabilizados 5.466 falecimentos. A letalidade ficou em 6,9%.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, do total de casos confirmados, 43.544 estão em acompanhamento (51%) e 35.935 (42%) já foram recuperados, deixando de apresentar os sintomas da doença. Ainda são investigadas 1.539 mortes.
São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (2.375). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (854), Pernambuco (565), Ceará (482) e Amazonas (425).
Além disso, foram registradas mortes no Pará (208), Maranhão (184), Bahia (104), Paraná (83), Espírito Santo (83), Minas Gerais (82), Paraíba (62), Rio Grande do Norte (56), Rio Grande do Sul (51), Santa Catarina (46), Alagoas (47), Amapá (34), Distrito Federal (30), Goiás (29), Piauí (24), Acre (16), Sergipe (12), Rondônia (16), Mato Grosso (11), Mato Grosso do Sul (9), Roraima (7) e Tocantins (3).
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira (30), o ministro da saúde, Nelson Teich, falou sobre as medidas de distanciamento. Em entrevistas na semana passada, ele havia prometido diretrizes atualizadas no fim deste mês. O titular da pasta lembrou que a decisão é de estados e municípios, informou que as orientações estão prontas, mas que ainda não foram divulgadas porque se preocupa com a forma como isso será tratado.
“Se a gente não parar pra ver o que isso representa para a sociedade e ficar polarizando pra dizer se é bom ou ruim não vai levar a nada. Até mesmo você colocar uma diretriz, vira argumento para discussão de polarização de políticas e ideias”, reclamou. Ontem em audiência com senadores o ministro adiantou alguns critérios, como a capacidade de atendimento, a incidência da doença e o estágio da curva.
Perguntado sobre a flexibilização do isolamento, declarou que a orientação é de manter o distanciamento e que a diretriz vai ser um instrumento para estados e municípios abrirem em um cenário em que o avanço estiver mais controlado, mas que agora não seria este momento. “Não dá para começar liberação quando tem curva em franca ascendência”.
“Neste momento em que temos os grandes centros urbanos em fase de ascensão não é momento adequado de se colocar isso, pois pode criar expectativa na própria população de que o MS [Ministério da Saúde] está recomendando a flexibilização. Isso tem que ser feito de forma cautelosa”, acrescentou o assessor especial do ministro, Denizar Vianna.
Teich voltou a destacar que o principal problema no abastecimento de equipamentos são os respiradores. A estimativa é obter entre 720 e 750 por mês. “Temos que ter sabedoria em como vamos distribuir. O que conversamos com os governadores e secretários é que distribuição esteja atrelada à capacidade de usar o leito. Se o que está faltando para o leito é ventilação mecânica, isso vai ser utilizado, e isso vai ser priorizado para situações mais complicadas”, observou.
Ele relatou que a equipe do ministério está buscando mapear os fornecedores desses equipamentos no país e no exterior. Mas que há uma concorrência dura em razão da demanda de outras nações. Este problema era uma reclamação recorrente do ex-titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta.
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do ministério, Mayra Pinheiro, informou que o programa de recrutamento de profissionais de saúde, batizado de “Brasil Conta Comigo”, tem um banco de dados de 902 mil trabalhadores, sendo 396 mil dispostos a atuar no enfrentamento à pandemia.
Cada profissional informou onde poderia atuar. Esse banco é disponibilizado aos estados, que podem fazer a solicitação de reforço para suas equipes. Um primeiro grupo já deve chegar no fim desta semana a Manaus para apoiar os profissionais da capital amazonense.