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Onze cidades no Piauí têm situação de emergência por causa da seca

A seca já atinge várias cidades piauienses. De acordo com a Secretaria de Estado da Defesa Civil, 11 municípios no Piauí já estão com decreto de situação de emergência e mais 31 já entraram com pedido, todos aguardando liberação de recursos do Governo Federal para operação carro-pipa. 

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), através do monitor de secas, o Piauí registrou aumento da área seca de 47,76%  para 79,29%  nos meses de julho e agosto deste ano. O estado também aparece entre os oito estados que tiveram maior agravamento da seca. A região sul é a mais atingida. 


Cidadeverde.com

Câmara aprova alterações no Código de Trânsito; texto vai à sanção.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22) parte das emendas do Senado ao Projeto de Lei 3267/19, que altera o Código de Trânsito Brasileiro. O texto de origem do Poder Executivo segue para sanção do presidente da República.
Além do aumento na validade da CNH para dez anos para condutores com menos de 50 anos de idade, a proposta torna todas as multas leves e médias puníveis apenas com advertência, caso o condutor não seja reincidente na mesma infração nos últimos 12 meses. O projeto cria o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), uma espécie de listagem de bons condutores.
Ao ser sancionada, se for mantida a integralidade do texto aprovado pelo Congresso, todas as mudanças feitas pelo projeto valerão depois de 180 dias da publicação da futura lei. Caso ainda haja veto, os parlamentares retomam a análise dos dispositivos.


O projeto aprovado exige o transporte de crianças menores de dez anos e com menos de 1,45 metro nas cadeirinhas que sejam adequadas à sua faixa etária. Originalmente, abrandava a multa por descumprimento da regra, mas os senadores resgataram a condição de “gravíssima” da infração.
O texto também determina que ela somente se aplique aos casos de rodovias de pista simples e exige que os veículos novos sejam fabricados com luzes de rodagem diurna.
A proposta proíbe a conversão de pena de reclusão por penas alternativas no caso de morte ou lesão corporal provocada por motorista bêbado ou sob efeito de drogas. Mesmo que não haja intenção, a pena de reclusão não pode ser substituída por outra mais branda, que restringe direitos.

Pontuação
O texto estabelece uma gradação de 20, 30 ou 40 pontos em 12 meses conforme haja infrações gravíssimas ou não. Atualmente, a suspensão ocorre com 20 pontos, independentemente do tipo de infração.
Dessa forma, o condutor será suspenso com 20 pontos se tiver cometido duas ou mais infrações gravíssimas; com 30 pontos se tiver uma infração gravíssima; e com 40 pontos se não tiver cometido infração gravíssima no período de 12 meses.
Os condutores que exercem atividades remuneradas terão seu documento suspenso com 40 pontos, independentemente da natureza das infrações. Essa regra atinge motoristas de ônibus ou caminhões, taxistas, motoristas de aplicativo ou mototaxistas. Se esses condutores participarem de curso preventivo de reciclagem ao atingir 30 pontos, em 12 meses, toda a pontuação será zerada.

Robert Rios recebe alta de hospital após internação para tratamento da Covid-19

Após sete dias internado no Hospital Unimed em Teresina, o ex-deputado estadual Robert Rios Magalhães (PSB) teve alta médica nesta terça-feira (22/09). Robert teve 50% do pulmão comprometido por conta do coronavírus.

Robert é pré-candidato a vice prefeito na chapa encabeçada por Dr. Pessoa. Ele agora deve continuar o tratamento em casa para depois estar apto para entrar na campanha.

Antes de ser internado, Robert estava fazendo o tratamento em casa, mas por conta das complicações no pulmão, foi recomendada a internação em leito clínico.180graus

Criança de 2 anos morre após ser baleada na cabeça

Uma criança de apenas dois anos de idade, identificada como Maria Vitória dos Santos Barros, morreu após ser atingida com tiro na cabeça por volta das 20h dessa segunda-feira (21), na Vila Babilônia, região do Torquato Neto, zona sul de Teresina. De acordo com o oficial coordenador do policiamento da RONE, Capitão Nepomuceno, a viatura fazia rondas pelo local quando foi interceptada por um casal com a criança ferida.

Ele explicou que a menina estava na área externa da residência brincando, quando houve disparos entre desafetos e a garotinha acabou sendo atingida.

“Estávamos com a equipe em patrulhamento na região, quando um casal estava conduzindo a criança que tinha sido baleada. Eles pararam a nossa viatura, embarcamos a criança na viatura e a gente tentou chegar o mais rápido possível ao HUT. Chegando lá, a menina de dois anos, foi prontamente recebida por uma equipe grande de médicos, mas logo o neurologista apontou que ela estava em morte encefálica. Ela estava na área externa da casa brincando, quando houve disparos entre desafetos e infelizmente ela foi atingida”, detalhou o capitão.

Capitão Nepomuceno informou ainda que o homem que pilotava a moto e que tentava socorrer a vítima, já tem uma extensa ficha criminal. Ele também foi baleado na perna.

“O adulto que estava pilotando a moto e que tentava prestar socorro a criança, é uma pessoa com a ficha criminal extensa. Ele estava baleado na perna e foi para o HUT. Nossa equipe está em campo [para localizar os culpados]. A delegacia de Homicídios também foi acionada para colher as informações. A narrativa dele para a nossa equipe é que ele estava perto do local e que a criança foi atingida. Que se desesperou para a ajudar a criança”, finalizou o capitão Nepomuceno. Fonte: GP1

 

Buscas no Google sobre transtorno mental têm recorde

Nunca o brasileiro buscou tanto por termos relacionados a transtornos mentais quanto durante a pandemia. Dados inéditos fornecidos pelo Google ao Estadão apontam alta de 98% nas buscas sobre o tema em 2020, ante a média verificada nos dez anos anteriores. A pergunta "como lidar com a ansiedade", por exemplo, bateu recorde de interesse da última década. Em relação a 2019, o crescimento foi de 33%.

Entre as três perguntas mais buscadas em 2020 com a expressão "como lidar", duas estão relacionadas a ansiedade e depressão. Bateu recorde também o interesse dos brasileiros pelo questionamento do que é a felicidade. Em junho, a pergunta teve o maior volume de buscas dos últimos oito anos.

Para especialistas, o comportamento na internet reafirma o que estudos no Brasil e no exterior já observam: medo, solidão e incertezas trazidas pela pandemia e o isolamento levam a uma alta de transtornos mentais.

"O medo de contrair a doença ou de transmiti-la para familiares do grupo de risco gera ansiedade. A diminuição do contato presencial e dos vínculos, impactos econômicos, sobretudo para os que já tinham menos recursos, e a exposição excessiva a notícias sobre coronavírus aumentam o sofrimento mental", diz Ives Cavalcante Passos, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Desde abril, ele coordena pesquisa sobre os impactos da pandemia na saúde mental. Mais de 8 mil pessoas estão sendo acompanhadas por questionários online. O objetivo, diz ele, é testar hipóteses, como "observar se esse período está associado ao aumento de ideação suicida e de uso de álcool e drogas".

Levantamento do Estadão com base em boletins da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), responsável por autorizar estudos com humanos, mostra que já foram aprovadas 97 pesquisas para investigar efeitos psíquicos da pandemia. Algumas buscam medir o possível aumento de doenças como depressão e ansiedade; outras querem medir o impacto psicológico em grupos específicos, como profissionais de saúde, crianças e adolescentes, idosos e gestantes. Alguns também investigam quais fatores podem reduzir o risco de um transtorno mental neste período.

Algumas pesquisas já têm respostas preliminares. Estudo da Universidade Estadual do Rio (UERJ) verificou que profissionais com mais dificuldade financeira e os que não podem trabalhar de casa têm mais prevalência. "Donos de comércio, administradores, empresários têm prevalência de depressão 50% maior do que a média da amostra. Profissionais que precisam sair para trabalhar e estão mais expostos ao risco de contaminação também têm pior saúde mental", diz Alberto Filgueiras, professor de Psicologia da UERJ, que coordena o estudo.

Idosos também têm maior risco. A Unicamp inicia neste mês pesquisa com 136 pessoas maiores de 60 anos para verificar o papel da rede de apoio na redução do risco de depressão e ansiedade. Paralelamente, alunos e docentes fazem, desde maio, um projeto de escuta, por ligações semanais, com idosos que já integravam um projeto da instituição. "O idoso já tem probabilidade maior de depressão pelos processos associados ao envelhecimento", diz Daniella Pires Nunes, professora da Faculdade de Enfermagem da Unicamp. "A devolutiva dos idosos tem sido interessante. Comentaram que sentem-se ouvidos, acolhidos, animados. Gera sentimento de valor ter alguém para ouvi-los sobre anseios e medos e até dividir coisas do cotidiano, como hobbies, receitas."

Ajuda

Para Ives Passos, é importante estar atento a sinais e sintomas persistentes. "Medo e tristeza são emoções básicas e fazem parte da vida de todos. Quando ocupam a maior parte do dia e são acompanhados de outros sinais, como alterações no apetite, sono e falta de energia, é necessário consultar um profissional." Ele diz que, apesar do tabu, o número de pessoas que buscam ajuda para si um parente ou amigo tem crescido. A alta de buscas no Google indica percepção do problema. "É importante, porém, que qualquer intervenção seja feita com auxílio de um profissional "

Segundo Marco Túlio Pires, coordenador do Google News Lab no Brasil, muitos usuários veem na plataforma oportunidade de se informar sobre questões pessoais e íntimas sem julgamentos. "Alguns ficam constrangidos em falar sobre certos assuntos até mesmo com pessoas próximas e usam o Google para buscar mais informações. Se isso já acontecia antes, com o isolamento ficou mais intenso." O Google, afirma ele, tem aprimorado algoritmos e feito parcerias com especialistas para dar informações de qualidade e confiáveis sobre saúde. "A ideia é priorizar fontes oficiais, autoridades no tema."

Desde 2016, a plataforma tem parceria com o Hospital Albert Einstein na produção de conteúdo. Ao buscar o nome de uma doença, um painel surge do lado direito da tela com informações de sintomas e tratamento.

Isolamento e crises

"Foi quando me vi trancada dentro do meu apartamento de 54 m² que comecei a identificar que estar presa e longe dos familiares me fazia muito mal." Essa breve descrição poderia ser de qualquer um que precisou trabalhar de casa e manter distanciamento por causa do novo coronavírus. É de uma mulher, de 29 anos, que teve o histórico de ansiedade e síndrome do pânico agravado pela pandemia. A terapia, antes semanal, passou a ser três vezes por semana e as doses de remédios para controlar as crises aumentaram.

A brasiliense, que preferiu preservar a identidade, faz parte do grupo de pessoas que sentiu o estresse, a ansiedade e a depressão aumentarem na quarentena, mas as consultas com a psicóloga são um ponto de equilíbrio para seguir adiante.

"Nesses cinco anos de terapia, só tive benefícios e consigo identificar os gatilhos (das crises). Tenho esclarecimento muito maior de mim mesma e falo para as pessoas que sabem que tenho doença mental que a terapia não é só para isso. É para a se conhecer e é muito positivo", diz. No passado, as crises de ansiedade também levaram a um quadro de depressão.

"Eu estava bem, nunca deixei de fazer tratamento, tinha vida normal em vista das fases que já tive. Com a pandemia, acabou piorando." O primeiro indício de que as coisas iam mal foi quando passou a trabalhar de casa, em meados de março. "Comecei a ter crises fortes." Ficar longe da mãe e da avó - que moram juntas e são do grupo de risco - contribuiu na piora. "Isso foi um dos gatilhos para ter crise de ansiedade e pânico."

Para a psicóloga Cristina Laubenheimer, vários fatores têm levado à ansiedade extrema, e a mudança nas relações humanas traz impacto. "De repente, quem antes era seu conforto passa a ser ameaça. Isso gera conflito grande." Em junho, estudo da Ipsos em 16 países mostrou que o Brasil é o que mais sofre com ansiedade na crise sanitária. Dos brasileiros, 41% lidam com o problema. As mulheres são as mais afetadas (49%).

Apreensão

Quem também recorreu à terapia e passou a tomar calmantes e antidepressivos leves foi Priscilla Martin, instrumentadora cirúrgica e laserterapeuta que continuou trabalhando na pandemia Ela, de 41 anos, seguiu em contato com diversas pessoas dentro de diferentes hospitais e manteve atendimentos em domicílio quando a situação exigia. Divorciada, a profissional depende dos pais, idosos, para cuidar do filho de 9 anos enquanto passa o dia fora.

"Desde quando começou o alarme da covid, fiquei extremamente preocupada. Saindo para trabalhar todo dia, indo aos hospitais, todo mundo com aquela cara de terror. Você não sabe o que faz, se pode falar, se pode pôr a mão na maçaneta. E quando chega em casa, também não sabe bem o que fazer. O tempo todo é nessa tensão e preocupação. Minha vida hoje está muito mais estressante do que a rotina anterior", conta Priscilla, que chegou a atuar em um parto cuja paciente tinha covid.

Por mais que ela use máscara, escudo facial, luvas, troque os itens sempre que preciso e use soros para lavar as vias aéreas, a dúvida sempre ronda o pensamento. "Vou para casa e fico: 'será que estou realmente salva? Será se não peguei?'. Até o momento, a gente conseguiu se manter em segurança", conta.

"É muito diferente passar pela doença e estar com medo de morrer ou sequela, de algo acontecer com o pai, perder o emprego, ficar confinado sozinho e começar a sentir solidão. No geral, estressores do tipo perigo levam mais para quadros de ansiedade. Situações de perda levam mais a quadro depressivo", explica o psiquiatra Diogo Lara, do Comitê Técnico da Aliança para a Saúde Populacional.

Dicas para a saúde mental

Horários: Estabeleça horário para dormir e, uma hora antes, desligue computador, celular e TV, para se desconectar de situações de estresse. Defina horários para refeições, com equilíbrio nutricional.

Intervalos: Faça pausas de relaxamento de 2 a 3 vezes por dia. Cinco minutos para um exercício de respiração ajuda a oxigenar o cérebro e baixar o estresse no corpo.

Ginástica: Faça atividade física. Há apps que indicam exercícios rápidos e de baixa intensidade. Ioga e meditação também ajudam.

Sintomas e ajuda: Atenção a sintomas persistentes que indiquem depressão e ansiedade. Medo e tristeza constantes, e associados a mudanças de sono, apetite e falta de energia, podem revelar problemas. Busque auxílio profissional.

Fonte: Estadão Conteúdo



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