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Superintendente da Caixa explica como obter o auxílio de R$ 600 e tira dúvidas

O Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, Jonathan Valença, esclareceu dúvidas sobre quem tem direito ao auxílio emergencial durante a pandemia da covid-19. Nesta quinta-feira (16) será paga a primeira parcela para beneficiários do Bolsa Família e para os trabalhadores que se inscreveram por meio do aplicativo e do site.

Durante entrevista, Jonathan Valença comentou ainda sobre a decisão judicial  de ontem (15) que derrubou a exigência de regularização do CPF (Cadastro de Pessoa Física) imposta pelo governo federal a quem tenta receber o auxílio emergencial de R$ 600.

"Não fomos notificados da decisão, mas vamos cumprir tudo o que a legislação determinar e vamos executar o programa como ele vier. Hoje quem tem pendência do CPF é uma condição do programa ainda e existe um prazo para que haja comunicação entre os sistemas da Caixa e Receita Federal. Lembrando que o CPF é operado pela Receita Federal", ressalta Valença. 

 O número de cadastros já ultrapassou 35,9 milhões.


SUPERINTENDENTE ESCLARECE PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE AUXÍLIO EMERGENCIAL

QUEM ERROU INFORMAÇÃO NO CADASTRO PODE CORRIGIR?

- Durante o cadastro, o sistema vai dar algumas opções para a pessoa sempre conferir e fazer as correções. Se já foi enviado e transmitido, será analisado pela Dataprev. Depois da análise há um retorno e, em alguns casos de negativa, será reaberta para correção no mesmo aplicativo.

MÃE SOLTEIRA COM BOLSA FAMÍLIA TEM DIREITO A QUANTO DE AUXÍLIO EMERGENCIAL?

- Mães de família que fazem todo o suprimento do lar de maneira individual recebem o dobro, mesmo estando no Bolsa Família. O detalhe é que se o valor do Bolsa Família que ela recebe for maior que R$ 1.200, vai continuar recebendo o valor mais alto.

QUEM FEZ O CADASTRO PELO APLICATIVO DEMORA QUANTO TEMPO PARA RECEBER?

- Depende do dia do cadastro. Geralmente recebe uma semana depois em créditos de poupança digital da Caixa ou na opção escolhida em qualquer banco

PORQUE DEMORA TANTO O RESULTATO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL?

- Existem três públicos-alvos: Bolsa Família, CadÚnico e quem fez o cadastro pelo aplicativo está sendo processado na ordem de entrada no aplicativo. Cidadeverede.com. Assista o vídeo e tire mais dúvidas sobre o auxílio: 

Isenção de tarifa de energia já está valendo para os clientes cadastrados como baixa renda

Com o anúncio da Medida Provisória Nº 950 do Governo Federal, a Equatorial Piauí começou a implementar a isenção do pagamento de 100% referente à tarifa de energia elétrica para os clientes cadastrados na Tarifa Baixa Renda e com consumo até 220 kWh. O desconto será aplicado para as faturas emitidas no período de 01 de abril a 30 de junho, conforme previsto na MP. Importante reforçar que os clientes baixa renda que que a conta não será zerada, já que a MP não contempla isenção aos demais impostos e contribuições e parcelamentos existentes na conta de luz. Saiba mais detalhes no link: https://www.equatorialpiaui.com.br/index.php/isencao-de-tarifa-de-energia-ja-esta-valendo-para-os-clientes-cadastrados-como-baixa-renda/.

Quatro mil empresas prometem não demitir

Mais de 4 mil empresários assinaram até o início desta semana um manifesto em que se comprometem a não cortar funcionários por ao menos dois meses, apesar dos reflexos da pandemia da covid-19 na economia. Ainda que o abaixo-assinado, publicado há mais de dez dias, não tenha valor jurídico, apenas simbólico, a expectativa dos organizadores é preservar até 2 milhões de empregos.

Criado no último dia 3, por iniciativa da Ânima Educação, o site naodemita.com conta com assinaturas de empresas de grande porte, como as varejistas Magazine Luiza e GPA (das redes Pão de Açúcar e Extra), os bancos Santander e Itaú Unibanco e fabricantes de cosméticos, como Natura e Boticário.

Quando a ideia surgiu, 40 empresas se interessaram pela iniciativa, conta o presidente do conselho da Ânima Educação, Daniel Castanho, que lançou o projeto. A empresa tem mais de 8 mil colaboradores.

Nos dias seguintes, Castanho passou a estimular empresas de todos os portes a aderirem.

"Escrevi um manifesto, mas o número de pessoas que se interessaram foi tão além das expectativas que acabou virando um movimento", conta o executivo. "A ideia era provocar outras empresas. A responsabilidade do empresário é fazer com que o impacto na economia agora seja o menor possível."

Como o valor do abaixo-assinado é simbólico, quem aderir e descumprir corre o risco de ser exposto nas redes sociais pelos próprios funcionários, diz Castanho. "Mas a intenção de todos é positiva. As empresas têm de entender que fazem parte de um ecossistema em que a saúde de todos os negócios depende da manutenção dos empregos."

No início do mês, o Santander divulgou estudo prevendo que o pior momento da crise econômica no mercado de trabalho deve acontecer no fim do segundo trimestre.

O banco é um dos que assinam o manifesto. "Em 23 de março anunciamos nosso compromisso público de não demitir funcionários durante o período crítico da pandemia. Na semana anterior, já havíamos divulgado a decisão de antecipar todo o 13.º de nossos funcionários para pagamento em 30 de abril", conta Vanessa Lobato, vice-presidente de Recursos Humanos do banco no Brasil.

O "Não Demita" ocorre na contramão da postura de empresários como Junior Durski, dono da rede de restaurantes Madero, que declarou logo no início das medidas de isolamento social que cortaria mais de 600 funcionários por causa da perda de faturamento causada pela pandemia da covid-19.

Readequação

Já é esperado que a crise causada pela pandemia tenha impacto profundo na atividade econômica do País. Um relatório divulgado pelo Banco Mundial aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve cair 5% este ano, o pior resultado em 120 anos.

A pandemia adiou projetos e fez com que as empresas brasileiras lançassem mão do caixa para evitar cortar funcionários.

Segundo Castanho, da Ânima, é preciso reforçar que as medidas de isolamento social, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são importantes, mas que a crise será superada e as empresas devem rever a estrutura de custos, ver as medidas anunciadas pelo governo que podem auxiliar e abrir mão dos resultados deste trimestre, para evitar demitir.

"Da mesma forma que é impossível ter um isolamento de 100% e vários serviços precisam continuar, nem todo mundo vai poder deixar de demitir. Mas quem pode manter empregos deve honrar tanto o compromisso que tem com as pessoas que trabalham na sua empresa quanto o que já havia sido acordado com fornecedores, para não ter demissão indireta."

O executivo também lembra que, além do compromisso social, as empresas que aderirem ao "Não Demita" devem ser recompensadas pelo consumidor quando a crise passar e que a relação com os próprios funcionários deverá ser melhor.

No caso da calçadista Bibi Calçados, as últimas semanas têm sido de faturamento quase zero. Ainda assim, a empresa reviu custos de produção, abriu mão de projetos que havia desenhado no início do ano e assinou o manifesto para não demitir seus mais de 1,2 mil funcionários durante a pandemia.

"A partir desta semana, parte dos funcionários em férias coletivas vão ter jornada reduzida e uma parte contrato de trabalho suspenso. Estamos usando esse reforço, previsto pelo governo, agora, e a prorrogação de impostos também. A intenção é evitar ao máximo demitir", diz Andrea Kohlrausch, presidente da fabricante gaúcha.

Com 900 funcionários, a Cultura Inglesa adotou o trabalho remoto e as licenças remuneradas durante a quarentena. "Adequamos nosso modelo de ensino ao cenário atual, mudando as aulas presenciais para o formato ao vivo pela internet, sem alterar horários nem professores", conta Marcos Noll Barboza, presidente da escola. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

Câmara aprova texto-base de projeto de socorro aos estados, mas Guedes quer veto de Bolsonaro

Após concessões do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os deputados aprovaram o texto-base do projeto de socorro aos estados na crise causada pelo coronavírus.

Apesar de desidratada, a versão não agrada o ministro Paulo Guedes (Economia), que, em caso de aprovação pelo Congresso, defende veto à proposta.

O pacote emergencial não prevê contrapartidas dos chefes de Executivo estadual e municipal, como queria a equipe econômica, e foi aprovado por 431 votos a 70. O plenário da Câmara ainda vai analisar nesta segunda-feira (13) os destaques -pedidos de alteração do texto.

Depois da conclusão da votação na Câmara, o projeto segue para o Senado, onde o governo já tenta articular mudanças.

Encabeçado por Maia, o projeto prevê auxílio financeiro a estados e municípios que perderam arrecadação com a pandemia.

Segundo líderes da Câmara, o efeito do texto-base aprovado nas contas públicas é de R$ 89,6 bilhões.

A versão original, apresentada na semana passada, tinha um impacto calculado em R$ 220 bilhões pelo Ministério da Economia, que classificou a proposta como bomba fiscal.

A proposta inicial de Maia encontrou resistência até mesmo de aliados. O pacote, na versão mais ampla, foi divulgado na última quinta-feira (9). O presidente da Câmara tentou aprovar o projeto no mesmo dia e não teve apoio no plenário. Ele teve, portanto, que negociar com partidos para conseguir aprovar o socorro nesta segunda.

Em outra frente, o time de Guedes tentou emplacar um projeto próprio, mas foi derrotado pela articulação da Câmara, apesar de ter conseguido reduzir o pacote de bondades que Maia queria aprovar para os governadores.

A proposta apoiada pela equipe de Guedes prevê o repasse entre R$ 30 bilhões e até 40 bilhões para compensar a queda nas receitas dos estados e municípios.

No entanto, o montante é considerado por congressistas muito aquém do que os governadores anseiam. A versão apreciada na Câmara calcula em R$ 80 bilhões a transferência de recursos do governo a estados e municípios.

O Ministério da Economia quer mudar os critérios de distribuição do dinheiro. Guedes defende que essa transferência tenha um valor fixo, em vez de ser calculada com base na perda de ICMS (imposto estadual) e ISS (municipal). A avaliação é que essa maneira seria juridicamente mais segura.

Em mensagens distribuídas a jornalistas nesta segunda-feira, o ministro criticou a compensação variável desses tributos, que, segundo ele, daria mais recursos para estados mais ricos.

"Seria uma irresponsabilidade fiscal e um incentivo perverso, um cheque em branco para governadores de estados mais ricos", disse.
Líderes da Câmara, contudo, rejeitaram essa ideia. O texto dos deputados estipula que o pagamento dependerá da perda de arrecadação em cada mês. Assim, governadores e prefeitos teriam a segurança de que a receita nominal (sem considerar a inflação) será a mesma do ano passado.

O prazo para essas compensações também é motivo de impasse entre Câmara e governo. Maia quer que esse mecanismo funcione por seis meses, durante toda a pandemia -de abril a setembro.

O Ministério da Economia defende que o plano emergência tenha prazo fixo, o que daria clareza aos cofres públicos.

Além disso, o governo avalia que, com a garantia de compensação integral de impostos, estados e municípios poderão conceder benefícios fiscais e diferimentos (adiar prazo de pagamento de impostos) de maneira pouco criteriosa.

Diante de duras críticas em relação ao pacote apresentado na semana passada, o presidente da Câmara admitiu nesta segunda que havia problemas na primeira versão do projeto emergencial e anunciou a supressão de dois trechos da proposta.

O grupo que articula o pacote desistiu da ideia de abrir margem para que governadores se endividassem neste ano, deixando uma brecha para que os recursos fossem usados em anos posteriores.

Esse trecho, que obrigava a União a garantir empréstimos mesmo de estados com baixa capacidade fiscal e tinha impacto aproximado de R$ 55 bilhões, foi retirado do projeto da Câmara.

"Nós tiramos o excesso, tiramos os empréstimos e fizemos uma proposta enxuta", afirmou Maia antes da votação.

Os líderes aceitaram também excluir o trecho que suspendia as dívidas dos estados e dos municípios com a União, cujo impacto seria de cerca de R$ 45 bilhões. Só foi mantida a suspensão de dívidas com bancos públicos, calculada entre R$ 9 bilhões e R$ 12 bilhões.

Maia abriu mão ainda de um dispositivo que beneficiava o Rio de Janeiro, estado que aderiu ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal) em 2017.

O texto excluído anistiaria o pagamento de valores devidos por estados em crise. O impacto da renúncia era estimado em cerca de R$ 15 bilhões, segundo a equipe econômica.

As concessões, no entanto, não foram suficientes para acalmar o governo. O time de Guedes defende que governadores e prefeitos sejam impedidos de conceder aumento salarial a servidores públicos em contrapartida ao acesso ao pacote de medidas.

A ideia não é consenso dentro do governo. A medida é impopular, especialmente em ano de eleição municipal.

"A gente precisa ter clareza que o presidente da República vai assinar a proposta", disse Maia, expondo a resistência de Jair Bolsonaro à ideia de travar os salários de servidores federais, estaduais e municipais.

O projeto em análise pela Câmara impede aumento de despesas não diretamente relacionadas ao enfrentamento do coronavírus neste ano, mas não trata do congelamento salarial até o fim de 2021, como defendia a equipe econômica.

O líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), sustentou que o impedimento de reajuste salarial seria um sinal do governo aos anseios de centrais sindicais e até deputados que querem o corte de jornada e de salário no funcionalismo público.

A interlocutores, Guedes afirmou que, caso o Congresso aprove um pacote de socorro ampliado para estados e municípios, vai pedir o veto do projeto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo relatos, em reunião com sua equipe, o ministro disse que conversou com Bolsonaro e ele está disposto a usar seu poder de vetar dispositivos aprovados pelo Legislativo, caso seja necessário.

Antes dessa etapa, o texto tem que passar pelo Senado, onde o governo já começa a se articular para barrar os dispositivos que desagradam Guedes. Se a estratégia não der resultado é que Bolsonaro usaria seu poder de veto para impedir um impacto fiscal maior do que o desejado pela equipe econômica.

Acusado pela equipe econômica de tentar emplacar uma pauta-bomba para socorrer estados e municípios, Maia rebateu o que chamou de grande "desrespeito" à Casa que comanda.

"Agora, nós não podemos ser acusados num dia e depois nós sermos a solução. O desrespeito à Câmara foi muito grande", afirmou. "Nós ficamos tranquilos, equilibrados, mas agora essa é uma questão que nós entendemos que a sociedade cobra da gente responsabilidade."

Em março, o governo apresentou um plano de ajuda aos governos regionais com impacto de R$ 88 bilhões, incluindo repasses diretos, liberação de crédito e suspensão de dívidas. O pacote incluía o chamado Plano Mansueto, conjunto de ações de médio e longo prazo para ajudar na recuperação do equilíbrio financeiro de estados e municípios que adotassem medidas de ajuste fiscal.

THIAGO RESENDE, BERNARDO CARAM, DANIELLE BRANT E ALEXA SALOMÃO
BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) 



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