Alguns dias após a divulgação do prejuízo bilionário que sofreu em 2024, os Correios suspenderam as férias e o trabalho remoto dos funcionários. A informação foi divulgada pelo portal de notícias Metrópoles, que recebeu uma circular informando que a empresa diz estar traçando estratégias para ampliar receitas e gerar novos negócios, bem como implementar um plano de redução de despesas.
As medidas para lidar com o prejuízo foram a prorrogação das inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV), o incentivo à transferência, voluntária e temporária, de agente de correios, como carteiro e atendente comercial, para atuar em centros de tratamento com um pagamento adicional de atividade. Também foi proposto a suspensão temporária de fruição de férias a partir do dia 01 de junho de 2025, referente ao período aquisitivo deste ano, assim as férias voltarão a ser usufruídas a partir de janeiro de 2026.
Haverá uma revisão da estrutura do Correios-Sede com redução de pelo menos 20% do orçamento de funções e convocação para o retorno ao regime de trabalho presencial, onde todos os funcionários devem retornar a partir de 23 de junho de 2025, com exceção daqueles protegidos por decisão judicial. O objetivo das medidas é otimizar, processar, aumentar eficiência, bem como reforçar a capacidade de investimento da empresa, segundo a direção. A empresa estatal encerrou 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, o que resultou em um déficit quatro vezes maior do que o registrado no ano anterior, que foi de R$ 597 milhões.
É a primeira vez desde 2016 que os Correios apresentam um prejuízo bilionário em suas operações. Segundo os Correios, entre as explicações para o resultado negativo de 2024, está o fato de que somente 15% das mais de 10,6 mil unidades de atendimento registraram superávit. Contudo, a companhia informou ainda que houve investimento de R$ 830 milhões em 2024 e desde que a nova gestão assumiu, segundo os Correios, foram investidos R$ 1,6 bilhão.