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Ex-diretora do Hospital do Promorar morre após complicações da Covid-19

A enfermeira Lucimar Campos, ex-diretora de Enfermagem do Hospital do Promorar, morreu neste sábado (08), após não resistir às complicações causadas pela Covid-19. Lucimar, de 68 anos, estava internada  em tratamento contra a doença. 

Apesar de não possuir nenhuma doença pré-existente, a profissional veio a óbito por conta da Covid-19. 

Com uma trajetória de décadas na profissão, Lucimar foi uma das primeiras enfermeiras a fazer parte da Fundação Municipal de Saúde(FMS), tendo ocupado também diversos cargos de gestão à frente da saúde da capital. Atualmente, aposentada, ela se dedicava ao ramo da gastronomia. 
A morte da enfermeira foi confirmada pelo perfil oficial da Prefeitura de Teresina nas redes sociais, que destacou o legado deixado pela profissional ao longo da trajetória em Teresina. 

"Já estava aposentada, mas não gostava de ficar parada. Estudou gastronomia, aprendeu fazer comidas deliciosas. Fazia questão de ser sempre presente na Fundação, visitando os amigos e adoçando o dia dos funcionários com suas geléias", diz um trecho da nota da Prefeitura. 

O prefeito Firmino Filho(PSDB) também utilizou as redes sociais para lamentar o falecimento da enfermeira Lucimar Campos. " O sorriso franco era uma das grandes características da enfermeira Lucimar Campos. Trabalhou durante muitos anos na Fundação Municipal de Saúde, onde também foi diretora de enfermagem do Hospital do Promorar", escreveu o prefeito. 

Média de mortes por Covid-19 no Piauí diminui, mas casos registram aumento

O Piauí confirmou 17 mortes e 1.181 novos casos de infecção pelo coronavírus nas últimas 24 horas. Os números sinalizam redução no número de óbitos por covid-19 e aumento nos testes positivos em todo o estado. 

A média de pessoas que faleceram desde o início de agosto caiu para 16. No mesmo período, a média de casos confirmados, que nos últimos dias oscilou sempre abaixo de mil, subiu para 1.016. 

O total de óbitos chegou a 1.469, e os casos confirmados agora somam 59.571.

Os números indicam que no sábado (8) o Piauí poderá completar a quarta semana seguida com redução de mortes por covid-19. Porém, também poderá registrar novo aumento e até recorde semanal de testes positivos, que podem ter impacto nas internações e óbitos na segunda quinzena de agosto.  

Novos óbitos
O número de municípios com mortes por covid-19 subiu para 137. Foi confirmada a primeira vítima de Santa Cruz dos Milagres. 

Os 17 óbitos contabilizados pela Sesapi nesta sexta-feira foram nos seguintes municípios:

- Joaquim Pires
Homem (76 anos)

- Luzilândia
Um homem (59 anos) e uma mulher (87 anos)

- Monsenhor Gil
Homem (69 anos)

- Parnaíba 
Homem (52 anos)

- Picos 
Mulher (84 anos)

- Santa Cruz dos Milagres
Mulher (66 anos)

- Teresina 
Quatro homens (31, 43, 73 e 88 anos) e três mulheres (54, 71 e 92 anos)

- União
Mulher (54 anos)

- Uruçuí
Duas mulheres (68 e 74 anos)

Os dados incluem mortes ocorridas nesta sexta-feira ou em dias anteriores, mas que somente agora tiveram o resultado do exame do coronavírus. 

Município do extremo Sul do Piauí zera casos do novo coronavírus

O município de Morro Cabeça no Tempo, a 874km ao Sul de Teresina, zerou os casos de covid-19. Após registrar 19 pessoas com a doença, a cidade está há dez dias sem a presença de novos casos. Segundo a Secretaria de Saúde local, do total de pacientes contaminados, apenas um precisou de internação.

"Hoje estamos zerados, mas o trabalho continua", disse a secretária de saúde Neide Batista.

Uma das ações que a gestora considera de grande importância para que o município atingisse o feito é o Programa "Busca Ativa", que tem o objetivo de rastrear rapidamente os números de casos propiciando informações sobre isolamento, tratamento na fase inicial, evitando o contágio de outras pessoas.

"O Busca Ativa nos ajudou muito a identificar o foco. Na última terça, inauguramos o centro covid, que conta com médico, enfermeiros e técnicos, além realizar modificações na UBS. Tudo isso é uma exigência do programa. De todos os nossos casos, só um ficou internado. Os outros foram tratados em domicílio. Hoje tem dez dias que estamos sem caso no município", explicou a gestora.

Segundo o governo do estado, o “Busca Ativa” já está presente em mais de 95% dos municípios piauienses. O programa consiste na utilização do aplicativo Monitora Covid, combinado com telefonemas para monitorar os sintomas de pacientes suspeitos e confirmados de covid-19 em suas casas, com visitas domiciliares para verificar os níveis de oxigênio e testar familiares, mesmo que assintomáticos.

“Quando testamos um familiar de alguém que deu positivo e ele também dá positivo, essa pessoa já se isola, evitando contaminar outras pessoas. Ela também já fica em observação dos sintomas e evita contaminar uma pessoa que tenha comorbidades e venha a precisar de uma UTI. É uma cadeia que a gente vai quebrando”, explica a gerente de Atenção Primária da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Dília Falcão.

Sem casos

Dos 224 municípios do estado, apenas três não têm casos de contaminação pelo coronavírus (Arraial, Canavieira e Jardim do Mulato). A Covid-19 está presente em 98,7% do território piauiense. Até esta quinta, foram registrados 57.100 casos e 1.436 óbitos pela doença.

Cidadeverde.com

Ministério da Saúde diz que vai adquirir primeira vacina que chegar ao mercado

O secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correa de Medeiros, disse nesta quarta-feira, 5, que o governo federal pretende comprar "a primeira vacina que chegar ao mercado", independentemente do país que a produzir.

Em audiência na Câmara dos Deputados, Medeiros afirmou que fará, nos próximos dias, uma visita ao Instituto Butantan, que participa do desenvolvimento da vacina Coronavac com a empresa chinesa Sinovac Biotech. Também disse que o ministério já realizou reuniões sobre vacina em teste na Rússia, mas não deu detalhes da conversa.

A aposta do governo federal, por enquanto, é no modelo desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca e a universidade de Oxford. O governo espera receber 100 milhões de doses desta vacina, cuja tecnologia de produção deve ser repassada ao Instituto Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz.

Em transmissão nas redes sociais no último dia 30, o presidente Jair Bolsonaro disse que seu governo está "no consórcio de Oxford" e não "daquele outro País". Mesmo sem citar a China, o presidente fez um aceno à parte de sua militância, que faz críticas ao principal parceiro comercial do Brasil por ser um regime comunista.

"Laboratório chinês criando vacina contra vírus chinês e com a pesquisa bancada por um governador que é grande parceiro da China? Eu que não quero essa vacina, e vocês?", escreveu o presidente do PTB, Roberto Jefferson, no Twitter.

Além de ser desenvolvida por empresa da China, a militância de Bolsonaro ataca a vacina testada no Butantan por ser uma aposta do governador João Doria (PSDB) no combate à pandemia.

Medeiros, secretário do ministério, ponderou que, apesar de estar de olho em todas as drogas para imunização, o governo só comprará aquelas que apresentarem eficácia. "Talvez a que está em fase três (de pesquisa) mais avançada é a da AstraZeneca", disse.

Prioridade

Segundo Medeiros, profissionais de saúde e pessoas de grupos de risco, como idosos e quem apresenta outras doenças, devem ser priorizados na vacinação contra a covid-19.

Ele afirma que o SUS deve usar os mesmos critérios adotados para imunização contra a H1N1. "A gente vem avaliando que seria o grupo de faixa etária mais avançada, e neste grupo, aqueles que apresentam comorbidades", disse. Em seguida, ele citou cardiopatias e obesidade como fatores de risco. "Para além destes, temos os profissionais de saúde", completou.

Medeiros afirmou que não deve haver restrição de vacinação para quem já teve a doença.

A ideia é que uma primeira parcela com 15 milhões de vacinas seja entregue ao Brasil em dezembro, dentro da parceria com a empresa britânica. A segunda, de igual volume, em janeiro.

Por causa desta entrega, Medeiros afirmou esperar que ao menos 15 milhões de brasileiros sejam imunizados até o fim do ano.

Na reunião da Câmara, o diretor do Instituto Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, no entanto, disse que cada parcela deve levar cerca de 1 mês para passar por processos como de controle de qualidade e ser entregue aos postos de vacinação. Assim, a primeira entrega à população seria em janeiro. E a segunda, em fevereiro, disse.

Além destas 30 milhões de doses, o País deve receber outras 70 milhões, ainda sem cronograma de entrega. A ideia, segundo o governo, é de que seja feita ainda no primeiro trimestre.

O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, afirmou que o País deve incorporar todo o processo de fabricação da vacina em menos de 1 ano. Antes, a Bio-Manguinhos deve realizar apenas etapas de processamento final das 100 milhões de doses recebidas.

Além de preparar a produção, Bio-Manguinhos terá de pedir o registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O dossiê para a solicitação é apresentado após estudos de segurança, eficácia e qualidade da droga serem concluídos. O registro permite a distribuição da droga no País. O governo também estuda repassar a produção excedente para a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que distribuiria as doses em países vizinhos.

Fonte: Estadão Conteúdo 

Mais de 60% dos mortos por Covid em Teresina tinham problemas cardíacos, diz FMS

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) divulgou nesta quarta-feira (05), após levantamento dos casos, que mais de 60% dos óbitos por Covid-19 em Teresina eram de pessoas com problemas cardiovasculares, incluindo hipertensão. Os dados também apontam que 34% dos óbitos na capital piauiense possuíam diabetes. 

A FMS "alerta que pessoas com doenças crônicas devem ter atenção redobrada com a sua saúde para evitar que sejam contaminadas pelo novo coronavírus. Em alguns casos, as vítimas eram acometidas das duas doenças ou de múltiplas comorbidades".

O último boletim epidemiológico da Covid-19 em Teresina registra que 745 mortes em decorrência da doença.

"Os dados mostram outras patologias comuns em pacientes que morreram por Covid-19, a exemplo de insuficiência dos rins (8%), doenças neurológicas (8%), obesidade (6%), doenças imunossupressoras (4%), cânceres (3%), doenças pulmonares (3%), asma (1%), entre outras doenças (7%). Foi registrado ainda que 5% eram tabagistas. Em relação à faixa etária, 76% eram pessoas idosas".

O médico cardiologista Daniel Gonçalves, as pessoas que têm doenças crônicas podem estar com o organismo debilitado e, ao contraírem uma infecção como a Covid-19, podem ter o seu quadro de saúde agravado. 

“As pessoas com hipertensão e diabetes ou que possuem doenças cardiovasculares, por exemplo, já possuem alteração no seu sistema imunológico e um estado inflamatório crônico e, com a infecção pelo Coronavírus, pode ocorrer um estresse adicional aos órgãos. Isso pode contribuir para que o paciente apresente a forma grave da Covid-19 e também ocasionar a descompensação dessas doenças prévias”, explica.

Daniel Gonçalves orienta que as pessoas precisam "fazer exercício físico em casa, alimentar-se bem, hidratar-se, além de seguir as recomendações de higiene e de distanciamento social".

"Todos devem estar atentos aos cuidados porque há várias nuances dessa doença que ainda não conseguimos compreender: tem pacientes que não tem nenhuma doença ou são jovens e evoluem para óbito". 

(com informações da FMS)



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