- Detalhes
-
Categoria: Política
-
Publicado: Quarta, 16 Dezembro 2020 14:38
-
Escrito por Redação
O ministro as Saúde, Eduardo Pazullo, garantiu na solenidade de lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, que todos os brasileiros serão imunizados gratuitamente.
Segundo ele, está em negociação 300 milhões de doses de vacinas. O ministro garantiu que todos os estados serão tratados igualitariamente.
“Todos os estados serão tratados de forma igualitária, proporcional. Não haverá nenhuma diferença”.
Quem se vacinar, receberá duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção. O governo prevê a assinatura de um termo de consentimento.
De acordo com o plano divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (16/12), a imunização será feita em quatro grupos prioritários, que somam 50 milhões de pessoas. Serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas.
A prioridade será para trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.
Pazuello fez uma defesa sobre a Anvisa.
“Não podemos por em dúvida a credibilidade de nossa Agência Reguladora, cuidado com as pessoas que falam de nossa Anvisa. A Anvisa é a nossa referência e é referência mundial. Ela é independente, uma agência de estado. Tudo que ela está fazendo é com critérios técnicos e de segurança para todos os brasileiros”.
Governo inclui Coronavac em plano de imunização
Em meio à politização da vacinação contra a Covid-19 e com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) capitaneando discurso antivacina, o Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (16) a inclusão da Coronavac, do Butantan, em uma lista chamada de "adesão do Brasil às vacinas".
A lista cita a vacina de Oxford, a da Pfizer, Bharat Biotech, Moderna e Janssen, além do consórcio da Covax Facility, da OMS.
O anúncio se deu no Palácio do Planalto durante cerimônia para apresentação de uma nova versão do plano nacional de imunização.
Apesar da inclusão, o governo não informou se há um acordo fechado com o Butantan. Na apresentação, o secretário de vigilância, Arnaldo Medeiros, citou que a lista envolve acordos e memorandos de intenção para possível compra futura.
"Dependendo da eficácia e segurança, o país, sim, vai comprar vacinas", disse Medeiros.
O ministério também disse lançar nessa quarta a primeira fase de uma campanha de comunicação para vacinação. O objetivo é esclarecer sobre a segurança e eficácia das vacinas.
Em uma segunda fase, Medeiros disse que a campanha vai dizer que "a vacinação contra Covid-19 é o Brasil em ação pela sua proteção", mensagem que vai na direção oposta ao discurso de Bolsonaro, que afirmou nesta semana que não iria se vacinar e que quer incluir a obrigatoriedade num termo de responsabilidade para quem optar por tomar o imunizante.
"Iremos convocar os grupos a serem vacinados a ir aos postos de vacinação", afirmou o secretário.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 está sendo lançado nesta quarta-feira em solenidade no Palácio do Planalto em Brasília, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. O governador do Piauí, Wellington Dias, também está presente no evento.
O documento é assinado pelo ministro da saúde, Eduardo Pazuello, afirma que que distribuirá a vacina contra a Covid-19 aos estados em até cinco dias após o produto ser autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A pasta também prevê que a vacinação de toda a população possa demorar 16 meses.
O governo federal deverá apenas repassar os imunizantes aos estados, que terão o papel de distribui-los aos municípios. As informações foram prestadas após o governo enviar um plano de vacinação ao STF e o relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, cobrar datas para início e término da imunização da população.
"O Ministério da Saúde estima que no período de doze meses concluirá a vacinação da população em geral, o que dependerá, concomitantemente, do quantitativo de imunobiológico disponibilizado para uso, completando-se o plano de vacinação em um total de aproximadamente dezesseis meses", afirmou Pazuello.
A resposta do Ministério da Saúde, porém, não cita data para o início da campanha. A avaliação da pasta é que não é possível estabelecer um prazo antes do aval da Anvisa e que fixar uma estimativa a partir da decisão da agência reguladora foi a alternativa possível para dar uma resposta ao Supremo.