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Contra 'Lei Seca' no Piauí, artistas e trabalhadores fazem protesto no Centro de Teresina

Artistas, empresários e trabalhadores do ramo do entretenimento realizaram nesta quarta-feira (21/10) um protesto no Centro de Teresina contra decreto que deve impedir a venda de bebidas alcóolicas em Teresina neste final de semana.

A cantora Japa é uma das organizadoras do ato e uma das primeiras a se manifestar sobre o decreto que vai prejudicar o setor.

Segundo ela, já foram vários meses em que artistas, trabalhadores e empresários foram prejudicados por causa da pandemia.

O decreto visa controlar o aumento de casos de Covid-19 no Piauí, que teve como principal motivador as campanhas eleitorais no estado.

Durante o ato, ruas no Centro de Teresina foram fechadas, incluindo a Avenida Frei Serafim.

O decreto do Governo do estado deve ser publicado ainda nesta quarta. 180graus.com

Piauí terá final de semana com "Lei Seca" para reduzir transmissão da Covid-19

O governador Wellington Dias (PT) confirmou que o estado do Piauí terá "Lei Seca" nos dias 23, 24 e 25 de outubro como medida de prevenção ao novo coronavírus. Wellington Dias explica que a medida mais restritiva foi adotada porque a curva de transmissibilidade do novo coronavírus, que estava em queda, voltou a crescer no estado. 

"Estamos adotando novas medidas de restrição que foram aprovadas pelo COE (Centro Operacional de Emergência) na última sexta-feira (16). Vamos ter a 'Lei Seca' na sexta, no sábado e domingo. Lá atrás, uma pessoa com coronavírus estava transmitindo para outras três, era uma 'coisa perigosa'. Com as medidas, a gente conseguiu conter e isso foi descendo, caiu, e a gente chegou a uma pessoa transmitindo para menos da metade, ou seja, era duas pessoas transmitindo para uma. Isso voltou a crescer".

O governador acrescenta que vai tratar decisões com o TRE (Tribunal Regional de Eleitoral) com o amparo nos laudos técnicos do COE Saúde para reforçar a medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus no período eleitoral, "como fazer a campanha como manda a democracia evitando os riscos de crescimento de óbitos e de internações, como já acontece na região de São Raimundo Nonato". 

"Eu sei que não é só a questão das eleições. Tem muita gente sem usar a máscara, muita gente sem obedecer o distanciamento, sem a preocupação da higiene e das mãos. Pessoas que saem e voltam com o coronavírus para casa. A população jovem está morrendo. Nós não queremos perder os seres humanos. Em nome disso, estou adotando medidas combinadas com a área técnica, com a justiça eleitoral,  combinado com os partidos e os candidatos. É preciso evitar as grandes aglomerações, precisamos vê como garantir que os candidatos se apresentem aos eleitores, mas de forma segura cumprindo as regras". 
 
Como as pessoas voltaram a adoecer, a busca por vagas nas unidades de tratamento intensivo e de leitos clínicos também aumentaram, comenta o chefe do executivo estadual. "Também cresceu os óbitos. Nós tínhamos alcançados menos de seis óbitos na média. Saímos de mais ou menos 30 (óbitos) na média diária para seis diárias. É alto, mas é bem mais baixo. Agora, voltamos a ter o crescimento na fase de 10  óbitos por dia".

"É isso que a gente quer conter. Eu tenho alertado. Primeiro: evitar uma propagação perigosa. Já fizemos todo o sacrifício de empresas, de pessoas, do setor público e do setor privado. Não podemos perder o que fizemos. Temos que conter enquanto não sai as vacinas. Garantir uma transição de forma segura. Vamos ter que ter a participação de todos". 

Para o governador, o desrespeito as medidas de prevenção e higiene podem novamente afetar o dia da votação nas eleições municipais. "Pode chegar o dia 15 de novembro, com o indicador muito alto de adoecimento, de problema de internação, problema de óbitos, então muita gente vai deixar de votar. Isso não é bom para a democracia".

"Se a gente fizer a contenção agora. O efeito que a gente fizer nesse final de semana e no próximo terá efeito daqui a 14 a 21 dias, ou seja, nós vamos chegar na eleição em uma situação melhor". 

Vacinação

Wellington Dias ressalta que pretende cumprir agenda em Brasília na terça-feira (20) para reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com a presença dos  governadores das cinco regiões do Brasil, incluindo representantes dos municípios. 

"Queremos sair (dessa reunião) com uma pactuação entre Governo Federal, Estados, Municípios, setor privado, sobre a vacinação (para o novo coronavírus).

O governador cita como possibilidade a ser discutida um cronograma de vacinação por agendamento para evitar aglomerações. 

Hoje, no Dia do Piauí, o governador avalia que o último século foi extraordinário para o estado na questão de desenvolvimento econômico e social.  Para Wellington Dias, os avanços só foram possível com a independência do estado, com destaque para as áreas de Educação e Saúde. 

Parnaíba

Wellington Dias participou da inauguração do Centro Especializado de Reabilitação (CER IV) de Parnaíba, que ocorreu nesta segunda-feira (19). 

O Governo do Piauí destaca que o "centro oferecerá serviços na modalidade de reabilitação visual, auditiva, física e intelectual e neste primeiro momento irá tratar pessoas com sequelas da Covid-19". 

O investimento ultrapassou R$ 8 milhões, com recursos do Estado e de emendas da deputada federal Rejane Dias (PT).  O governador cumpriu agenda na região. 

 

Carlienne Carpaso
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Metade dos consumidores diz não precisar mais de bancos para pagar contas, aponta estudo

Quase metade (48%) dos consumidores afirma que não precisa de um banco para pagar seus boletos. Os dados são de um levantamento feito pela consultoria Consumoteca, com 2.000 pessoas de todo o país e de diferentes classes sociais.

Ainda segundo o estudo, considerando as diferentes faixas etárias, a percepção de independência de um banco para o pagamento de contas está mais presente entre os consumidores de 40 a 54 anos (conhecidos como geração X), com 50% das afirmações. Entre os millenials (de 25 a 39 anos) e os consumidores da geração Z (entre 18 e 24 anos), essa percepção cai para 47%.
A pesquisa foi feita às vésperas do lançamento do Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central que possibilitará mandar dinheiro para outra pessoa ou empresa de maneira instantânea e independente de qual for a instituição de recebimento.

As transações poderão ser feitas 24 horas por dia, sete dias por semana, e acontecerão de maneira gratuita para pessoas físicas e microempreendedores individuais.

Segundo o antropólogo e sócio da Consumoteca, Michel Alcoforado, os dados da pesquisa apontam que o consumidor brasileiro não está necessariamente preocupado com o fato de estar ou não usando um banco para fazer transações ou pagamentos.

"O cliente quer transacionar o dinheiro, fazer pagamentos e resolver os seus problemas, independente de estar ou não usando um banco para isso. E esse é um movimento que tende a se intensificar ainda mais com a chegada do Pix, uma vez que o novo sistema vai desmaterializar a fronteira do que é ou não uma instituição financeira", afirmou à reportagem.

"O Pix é o primeiro passo para consolidar outros participantes do mercado, as grandes varejistas por exemplo, como marketplaces de produtos financeiros e até mesmo para impulsionar um movimento muito forte de carteiras digitais."

Os consumidores, no entanto, ainda sentem receio quando o assunto é transferência de dinheiro. Segundo o levantamento, apenas 38% dos entrevistados afirmam que não precisam de um banco para fazer esse tipo de transação.

"O grande desafio ainda é nas transferências, principalmente porque são necessárias diversas informações, como CPF, banco, agência, nome e conta corrente. Isso sem contar o custo em torno de R$ 10 para quem não paga o pacote de serviços que a instituição oferece", afirmou Alcoforado.

Outro estudo da Consumoteca, feito a pedido do Carrefour Brasil, aponta que entre aqueles que se declaram desbancarizados -ou seja, que não possuem conta corrente ou poupança em nenhuma instituição financeira-, 26% afirmam que as cobranças de taxas e de juros são os principais motivos que os mantêm fora do sistema financeiro.
O medo de se endividar aparece em segundo lugar, com 18% das respostas, seguido por problemas com serviços bancários no passado, ausência de renda para movimentação e a preferência pela utilização do dinheiro em espécie, todos com 16%.
O presidente do Banco Carrefour, Carlos Mauad, também afirma que o Pix tende a encurtar o caminho dos desbancarizados rumo ao sistema financeiro.
"Um dos principais benefícios do novo modelo é a diminuição de intermediários dentro de uma mesma transação e, consequentemente, a redução de custos para realizá-la, o que atende diretamente às necessidades desse consumidor", afirmou.
Ainda segundo a pesquisa feita a pedido da varejista, quase metade (48%) dos entrevistados também afirmou que topariam ter conta em alguma instituição financeira caso tivessem a possibilidade de obter crédito pré-aprovado ou caso não precisassem pagar nenhuma taxa.

Para Mauad, do Carrefour, a chegada do Pix e do open banking -previsto para estar completamente implementado ao final de 2021- são oportunidades para todo o varejo, seja no crédito ou no consumo.

"Exatamente pelo aumento da oferta e pela redução de custos e taxas, a tendência é que o crédito também se torne mais acessível com a chegada no novo modelo de pagamentos. Os dados mostram que há uma fatia dos brasileiros disposta a retornar ao sistema financeiro e cabe ao mercado compreender e criar soluções que verdadeiramente ajudem esse público", afirmou.

"O Pix gera uma transformação maior da sociedade porque tudo vira transação cotidiana. Não é mais apenas a bancarização das pessoas, mas é a bancarização de tudo. Da vendinha da esquina, da loja de roupa e até do meu vizinho. Isso com certeza facilita a aproximação ao sistema financeiro dos 45 milhões de desbancarizados do país", disse Alcoforado, da Consumoteca.

 

Fonte: Isabela Bolzani/ Folhapress



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