É necessário reteste para alta de paciente que teve a Covid-19? Sesapi responde
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- Categoria: Saúde
- Publicado: Sexta, 21 Agosto 2020 03:30
- Escrito por Redação
Sobre a necessidade de reteste para alta de pacientes diagnosticados com Covid-19, o superintendente de Atenção Integral à Saúde da Sesapi, Herlon Guimarães, afirmou que atualmente a indicação para a liberação do paciente está diretamente relacionada à sintomatologia.
Ele explica que há estudos apontando que, mesmo pessoas assintomáticas, que testaram positivo para o novo coronavírus, podem passar pelo menos 90 dias com traços do vírus no organismo.
— Agora, é bom lembrar que do décimo, vigésimo dia, dependendo da gravidade da sintomatologia da pessoa, ela já não replica mais, ela já não transmite mais a doença. Então, o fato de fazer exame para poder dar alta, ele hoje não é indicado ainda — afirma Herlon.
Assim, a realização de reteste poderia dar a falsa informação de que essa pessoa ainda está transmitindo.
— Os estudos dizem que a alta é dada exatamente pela sintomatologia do paciente. Diminuição de febre, diminuição da dor de cabeça, quadro respiratório voltando à sua normalidade, então isso diz que o paciente pode sim ter alta, e não pelo exame realizado — ressalta.
O superintendente também destaca que, por se tratar de uma doença nova, exaustivamente estudada pela comunidade científica, as dúvidas são naturais.
— A gente ainda está, toda a comunidade científica fazendo pesquisas, para que a gente possa realmente ter essas respostas. Estudos indicam que a gente avalie os sintomas do paciente. Então, a alta do paciente se dá exatamente pela sintomatologia, e não por exames — conclui.
Covid-19 no Piauí
O último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde informava que o Piauí já acumula 69.839 casos confirmados da doença e 1.660 óbitos em decorrência da infecção. Dos 224 municípios piauienses, apenas Arraial e Canavieira registram casos de Covid-19.
Nesta quarta-feira (19) o estado do Piauí registrou o menor número de óbitos por coronavirus dos últimos 63 dias. Foram contabilizadas sete mortes. A última vez que o número de mortes em 24 horas foi tão baixo aconteceu no dia 16 de junho, quando foram registrados cinco óbitos.