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Regina põe em dúvida a disposição de brasileiros em atuarem no Mais Médicos



A senadora Regina Sousa (PT-PI) lamentou que o trabalho dos profissionais cubanos no programa Mais Médicos seja classificado por muitos como escravo. Em discurso no Plenário, nessa terça-feira (27/11), ela disse que a verdadeira escravidão existente no Brasil de hoje é ignorada, em especial no agronegócio, na indústria têxtil e na construção civil.

"A perseguição contra o trabalho dos cubanos revela a paranoia existente hoje no país com o comunismo e o desconhecimento do que é feito por aqueles profissionais na África, por exemplo, onde conseguiram debelar o vírus Ebola", disse a senadora.

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Regina lembrou que o Mais Médicos, num primeiro momento, abriu vagas para profissionais brasileiros. As vagas não preenchidas nessa etapa foram ocupadas por médico de outros países, inclusive os cubanos, reconhecidos mundialmente pelo seu trabalho na medicina preventiva.

A senadora duvidou ainda que muitos dos que agora se inscreveram para participar do programa irão, de fato, ocupar as vagas abertas com a saída dos médicos cubanos.

"Eu quero ver. Já preencheram todas as vagas. Mentira! Inscreveram 30 mil, inscreveram. Mas na hora, não vão ficar. Eu quero ver ir lá para a Amazônia e passar não sei quanto tempo dentro de um barco pra chegar numa comunidade. Não vão. Os brasileiros consultam lá, vão para o posto de saúde e ficam detrás do birô, esperando as pessoas. Os estrangeiros vão na casa das pessoas ver a água que bebe, ver a comida que come, ver as condições sanitárias", questionou.

Violência contra as mulheres

A senadora Regina Sousa lamentou ainda a violência contra as mulheres e citou o caso recente envolvendo a atriz Cristiane Machado, vítima de atos praticados pelo seu marido, Sérgio Thompson-Flores.

Na opinião da senadora, para dar um basta à violência contra as mulheres, é preciso que todos se unam, inclusive os homens.

"Porque eu acho que não adianta só campanha, só elogios para as mulheres, só flores para as mulheres. É preciso que homens tenham atitude contra outros homens violentos. Não é possível que a gente continue vendo isso", protestou.

Fonte: Agência Senado



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