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Piauí na lista dos 5 estados que pode não ter nenhuma renovação na Câmara Federal



Levantamento feito pelo G1 mostra que 1.202 dos 1.654 deputados federais, estaduais e distritais que exerceram mandato na última legislatura estão disputando novamente a eleição – uma taxa de 72,7%.

Em cinco estados, há até a possibilidade de não haver nenhuma renovação a partir do próximo ano. Isso porque, nas disputas para deputado federal em Alagoas, Piauí e Rio Grande do Sul e nas de deputado estadual em Mato Grosso e no Piauí, o número de políticos que concorrem ao mesmo cargo é maior ou igual ao número de cadeira.

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A análise inclui todos os eleitos em 2014 e todos os suplentes que exerceram o mandato em algum momento da legislatura. Fazem parte do levantamento os deputados federais de todos os estados, além dos deputados estaduais de 22 estados e do Distrito Federal. O G1 só não conseguiu obter as informações completas sobre os deputados estaduais do Amapá, Pará, Paraíba e Rio de Janeiro – por isso, eles foram retirados da conta.

“Essa medida pode ser interessante pois os suplentes que ocuparam o cargo, em tese, são beneficiados pelas mesmas questões que beneficiam os eleitos, como visibilidade e acesso a recursos”, diz Daniela Rezende, professora de ciências sociais da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

A taxa é mais alta que a registrada para as eleições de 2010 (71,0%) e 2014 (68,2%). Em 2006, ela foi um pouco maior: 74,6%.

Para Álvaro Barreto, professor do Instituto de Filosofia, Sociologia e Política da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), “há uma curva de ampliação das recandidaturas em 2018”, apesar de não se verificar uma mudança drástica no comportamento. “Considerando os dados e a bibliografia, a ideia de que ser deputado é algo não muito valorizado pela classe política deve ser amenizado. Ser deputado federal não é somente uma passagem em busca de um cargo Executivo”, afirma.

Daniela Rezende ressalta que as novas regras eleitorais, como a redução no tempo de campanhas e as regras de financiamento, têm um papel importante neste contexto eleitoral. “Não é só uma questão de conjuntura, pois as regras também criam incentivos”, diz a professora.



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