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Presos com coronavírus tentam atacar policiais penais com foice

Na madrugada de domingo (5) presos  da Unidade de Apoio Prisional (UAP), localizada em Altos, tentaram realizar uma fuga em massa. Durante a ação, um dos detentos se armou com um foice e tentou agredir os policiais penais. 

Dois presos diagnosticados com Covid-19 deram início ao princípio de fuga.  Na ação, os internos tentaram libertar 24 detentos, mas os policiais penais abortaram a tentativa de fuga. 

Um dos presos que tentou fugir conseguiu ter acesso ao local onde são guardadas as ferramentas de manutenção da unidade e, quando armado com uma foice, foi alvejado por um policial penal.

Para não ser agredido, o  penal efetuou disparos de bala de borracha no interno Lucas de Sousa dos Santos, que foi encaminhado, em seguida, ao Hospital de Urgência de Teresina.

O diretor de Inteligência  da Secretaria de Estado da Justiça, delegado Charles Pessoa, disse que duas celas foram danificadas na ação. Ele explica que a intenção dos presos era fugir. 

"Os policiais perceberam a movimentação e, de imediato, impediram a fuga e o policial teve que efetuar disparos até para proteger sua própria integridade e integridade física dos ouros servidores. Equipe técnica vai ser reunir para analisar se vai continuar com os presos com Covid na unidade prisional  e evitar que problemas como esse aconteçam ", informou o diretor.  

 

Cidadeverde.com 

PM suspeito de tentar matar companheira está de Licença Médica

O sargento da Polícia Militar do Piauí, João Paulo de Lima Menezes, suspeito de agredir e tentar matar a companheira, uma empresária de 37 anos, está de licença médica para tratamento de saúde. 

Em nota, a Polícia Militar informou que o sargento está afastado das atividades laborais após ser submetido a um procedimento cirúrgico no joelho, mas não esclareceu quando o afastamento foi concedido. A corporação afirma, ainda, a Corregedoria Geral da Instituição instaurou de Procedimento Administrativo para apurar os fatos.

A vítima registrou a ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher- Norte.  Em depoimento, a a empresária relata que o sargento, durante as agressões, disse que ela "era dura de morrer", mas que mesmo assim iria matá-la e jogar o "corpo no rio para que os peixe a comessem". 

No depoimento à polícia, a empresária disse que por volta das 20h da última quinta-feira (02), o sargento começou a xingá-la e ameaçá-la de morte em sua residência, que daquele dia "ela não passaria". Em seguida, ele começou a agredi-la fisicamente com puxões de cabelo, arrastando-a pelo chão da casa. A família e  a empresária afirmam que o sargento a sufocou e, em um dado momento, a soltou para buscar a sua arma de fogo.

A família relata que ele tinha ingerido bebida alcoólica antes das agressões iniciarem. 

O casal estava com união estável há um ano e moravam na mesma casa, na zona Norte de Teresina. Após o crime, o suspeito chegou a ligar para a vítima pedindo desculpas, mas ela recusou o contato. 

O comandante geral da Polícia Militar do Piauí, o coronel Lindomar Castilho afirmou que o sargento não foi localizado durante o flagrante e que até o momento não se apresentou. 

O Cidadeverde.com tentou contato na manhã deste domingo (5) com o sargento João Paulo, mas o telefone cai em caixa postal.

Veja nota da PM

A Polícia Militar do Estado do Piauí informa que em relação ao caso envolvendo um policial militar em uma ocorrência de violência doméstica, esclarece o seguinte:

1) Que o PM encontra-se afastado das atividades laborais devido ter sido submetido a um procedimento cirúrgico no joelho, estando de Licença Médica para tratamento de saúde (LTS). 

2) Vale ressaltar que a representação criminal já foi feita pela vítima na delegacia especializada da mulher e na Corregedoria Geral da Instituição que está atuando na apuração dos fatos através de Procedimento Administrativo cabível.

3) Destarte, por se tratar de um crime de natureza  comum, a polícia judiciária está adotando todas as medidas dentro de sua esfera de atribuições. 
 
Teresina, 04 de julho de  2020. 

Detento foge após soldar portão principal de penitenciária

As soldas estão visíveis nas roldanas e no portão menor, por meio delas, o principal acesso da Casa de Custódia, em Teresina, foi lacrado, deixando presos policiais penais, militares e diretores da Penitenciária José Ribamar Leite.

O autor da façanha, o detento Francilio Lima Teles, tinha recebido a missão de fazer um reparo no portão com uma máquina de solda e aproveitou a oportunidade para fugir do local.

Francilio Lima Teles era considerado um excelente  profissional, do tipo que faz tudo, inclusive ajudou na reforma dos pavilhões da penitenciária. O preso que trabalha tem, normalmente, mais liberdade do que os outros que não fazem nenhuma atividade dentro da unidade.  No entanto, Francilio já tinha histórico de fuga.

Deixado do lado de fora da penitenciária, sem algemas e sem supervisão, com o portão isolado,  Francilio foi embora e levou algumas ferramentas para trabalhar. 

Francilio foi preso por violência doméstica; ele já fugiu dos presídios de Esperantina, Parnaíba, da Major Cesar de Oliveira  e  agora, na ação mais ousada, escapou da Casa de Custódia, que é considerada um dos presídios mais seguros do estado.

O fato ocorreu na terça-feira (30), mas só ganhou repercussão até o caso chegar na imprensa na quinta (02).

Fontes revelaram à equipe do Jornal do Piauí que houve mais fugas nos últimos três meses, mas que não se tornaram públicas. Cidadeverde.com
 

NOTA

A Secretaria de Estado da Justiça informa que o preso Francilio Lima Teles fugiu no último dia 30 de junho, por volta das 16h, da Penitenciária Prof. José Ribamar Leite. O preso estava fazendo um serviço de soldagem em um portão lateral da unidade e aproveitou o descuido do servidor para empreender fuga. A Sejus abriu procedimento para investigar a causa da fuga.

Quatro policiais militares morreram vítimas da Covid somente esta semana

A Polícia Militar do Piauí registrou a morte de quatro policiais militares somente esta semana por Covid-19. Dois ainda estavam na ativa e dois da reserva remunerada. 

Somente esta quinta-feira(02), foram informadas as mortes do 2º tenente RR Joaquim Ferreira Neto, 70 anos, que estava internado no Hospital São Marcos, após uma parada cardíaca decorrente do SARS-COV-2. Do soldado RR Faustino Ferreira Mota, também de 70 anos, ocorrido na última terça-feira (30), no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, vítima de SARS-COV-2. Ambos da reserva.

Outra morte sentida pela corporação foi a do Cabo Jorge Somorai Júnior, de 46 anos, que era lotado no 5°BPM (Zona Leste de Teresina) e morreu na noite de quarta-feira (01), devido a uma infecção generalizada em decorrência da Covid-19.

Ainda no domingo(28), o cabo Arnaldo Alves de Sousa, 47 anos, também faleceu vítima da Covid-19 no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina. Ele era lotado no 9º BPM (zona Norte da capital). 

Com essas baixas, a PM já contabiliza dez mortes provocadas pela Covid-19 em dois meses. Pelo menos 500 policiais estão afastados por causa da doença, mais de 300 deles estão confirmados e outros apresentam sintomas ou entraram em quarentena por trabalhar com alguém que positivou. 

Para substituir este efetivo, a corporação cancelou todas as férias previstas para que os serviços não fiquem prejudicados durante a pandemia.

 

Caroline Oliveira
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Empresa comprou teste rápido por R$ 55,00 e vendia até R$ 210, diz delegado

O delegado da Polícia Federal do Piauí, Allan Reis de Almeida, que preside o inquérito da operação "Reagente" informou ao portal Cidadeverde.com que a empresa, suspeita de irregularidades, comprava teste rápido a R$ 55,00 e vendia para as prefeituras no valor de R$ 150 até R$ 210,00. Com isso, em determinados contratos, o aumento de preço chegava a 280%. 

Nesta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou operação para cumprir 17 mandados de busca e apreensão para investigar indícios de superfaturamento e de fraude em licitações para aquisição de testes rápidos para covid-19 em municípios piauienses. 

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) informou que em junho, o Pleno do Tribunal já havia homologado duas decisões monocráticas determinando, entre outras medidas, a suspensão de pagamento para a empresa Ronaldo A. da Silva (Prodlab Produtos  Laboratoriais). O Tribunal detectou indícios de fraude nas licitações de 29 municípios que contrataram a mesma empresa para aquisição de testes rápidos para covid-19, além de indícios de sobrepreço.

"A empresa Prodlab comprava no mercado o teste no valor de R$ 55,00 e revendia a particulares em preços que variam de R$ 120 a R$ 150. Tendo um lucro bem alto. Já para órgãos públicos, a empresa vendia a preços de R$ 170 a R$ 210. Mesmo comprando uma quantidade grande, o que se esperava era um desconto no preço, mas para os órgãos públicos era mais caro", informou o delegado que é titular da Delegacia de Repressão à Corrupção e Desvio de Recursos Públicos da PF.

Allan Reis informou ainda que algumas prefeituras compravam os testes rápidos até em preços aceitáveis, mas apresentavam planilhas fictícias. 

A compra para as 29 prefeituras soma em torno de R$ 1,8 milhão. Segundo a PF, cerca de 40% do valor foi superfaturado. 

"A empresa compra os testes de São Paulo, Minas Gerais ao preço de R$ 55,00 e as próprias prefeituras poderiam buscar direto no fornecer", disse o delegado. 

Auditoria do TCE constatou indícios das irregularidades na prefeitura de Picos. Lá, foi o município que mais comprou teste com gasto de R$ 640 mil. Os secretários municipais de Picos, Bom Jesus e Uruçui foram intimados a prestarem depoimentos na manhã de hoje. 

Alerta aos prefeitos

O delegado disse que chama atenção é que os prefeitos fazem compras sem verificar o valor de mercado, alheios a legislação.

"É preciso verificar a cotação de preços, mesmo com a dispensa de licitação em período de pandemia, precisa analisar se é fraudulenta ou não. Parece escolhas determinadas, alheios a legislação, ajudando a vilipendiar o erário público", afirmou o delegado. 

Suspensão dos pagamentos

O auditor de controle externo do TCE, Luís Batista, informou que foi feita a análise desses processos e isso levou a indícios de irregularidades. O TCE determinou a suspensão dos pagamentos à empresa. 

“Ao analisarmos os processos de contratações dessa empresa, com esses 29 municípios, verificamos que havia muitas circunstâncias similares e que davam a entender que havia indícios de sobrepreço e indícios de que não estava havendo competição, que as propostas de preço contidas nesses processos, teriam sido todas preparadas por uma mesma empresa. Com base nesses indícios, foram elaborados relatórios da auditoria no âmbito do Tribunal de Contas do Estado do Piauí”, Disse.

Segundo o auditor, o objetivo da operação de hoje é reunir informações e documentos que permitam fazer a fiscalização tanto do Departamento Nacional do Sistema Único de Saúde (DenaSUS) e da Polícia Federal para saber o que de fato ocorreu. 

Além das investigações da PF, os processos administrativos continuam tramitando no Tribunal de Contas do Estado aguardando o julgamento.

O auditor do TCE, José Inaldo de Oliveira, que participou da operação Reagente nesta quinta(02), dando suporte à PF, destacou que todos fatos devem ser esclarecidos e criticou o superfaturamento dos preços praticados. 

"Nós vivemos em tempos de pandemia e é inadmissível que a corrupção, que desvia recursos públicos, que deveriam ser destinados a esse enfrentamento do coronavírus, passe a ser desviado, ou mal empregado. É inadmissível aceitarmos que produtos adquiridos entre R$ 55 e R$ 66, sejam vendidos até R$ 215. Não há regra nenhuma de mercado que covalide tão fato, o que se pretende aqui é esclarecer tudo isso e de certa forma, socorrer o poder judiciário, a polícia para que se esclareça as irregularidades que até agora são bem flagrantes", destacou.

O Cidadeverde.com entrou em contato com a empresa Prodlab Produtos Laboratoriais durante a manhã de hoje e não obteve resposta. O portal está aberto para esclarecimentos. 

 

Cidadeverde.com



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