Desde quando ocorreu o crime, pela dimensão que se tomou na cidade de Pedro II, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) entrou na investigação e apontou que o irmão da vítima João Paulo e sua mãe, Maria Nerci, foram os responsáveis pelo homicídio contra Isadora.

No dia 10 de março deste ano, o juiz Diego Ricardo Melo de Almeida concedeu prisão domiciliar a Maria Nerci dos Santos Mourão. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Estado do Piauí e acatado pelo magistrado que considerou a idade de Maria Nerci e o fato dela ser a única responsável pelos cuidados do seu outro filho que é incapaz.

Com a sua mudança de prisão, a ré segue proibida de manter qualquer contato com as testemunhas apontadas na denúncia, inclusive por meio telefônico, de sair de sua residência no período noturno, a partir das 18 horas até às 6 horas do dia seguinte. As saídas extras ao horário estabelecido só foram possíveis para situação de tratamento médico, ambulatorial ou hospitalar, realizados na cidade para si ou seu filho, sendo todas as situações comunicadas ao Conselho Tutelar.

Izadora Santos Mourão, 41 anos, foi assassinada com pelo menos sete facadas dentro de casa, no município de Pedro II, no dia 13 de fevereiro deste ano. A princípio, circulou a informação de que ela teria sido morta por uma mulher, que sequer foi identificada.

O irmão de Izadora, João Paulo Mourão, foi preso na tarde da segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021, acusado de assassinar a advogada a facadas. A Polícia Civil prendeu o jornalista em flagrante em sua residência na cidade de Pedro II.

A investigação do DHPP apontou que a mãe de Izadora, Maria Nerci, criou um falso álibi para acobertar o filho, o jornalista João Paulo Mourão. “A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse Barêtta à época dos fatos.