Bolsonaro: lamentável PF entrar em casa às 7h da manhã e fazer busca e apreensão
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- Categoria: Polícia
- Publicado: Sexta, 29 Maio 2020 08:33
- Escrito por Redação
O presidente Jair Bolsonaro comentou nesta quinta-feira, 28, a operação feita pela Polícia Federal (PF) com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo ele, o cumprimento das diligências foi algo "lamentável" por atingir "gente de bem". Ao todo, 29 pessoas foram alvo da operação. As falas do presidente aconteceram em transmissão ao vivo na página do Facebook de Bolsonaro.
"Houve uma operação da PF ontem, 29 pessoas, a maioria delas sofreram busca e apreensão, hoje pela manhã eu falei sobre isso. O que é bom quando você se expressa é porque você se coloca no lugar da pessoa que sofre esse ato. Imagina se eu fosse um capitão da reserva com atividades bastante assíduas nas redes sociais. De repente, seis da manhã chega a PF para fazer busca e apreensão. São gente de bem, pessoas que me apoiam, apoiam a política que a gente tem, são conservadores, respeitam a família, são armamentistas, defendem o livre mercado, são pessoas normais", disse Bolsonaro.
Na sequência o presidente mostrou para a câmera algumas notas de sites e postagens de influenciadores aos quais classificou como "fake news".
'Terrível essa desgraça que fizeram do fecha tudo'
Sobre as medidas de quarentena para conter o avanço do novo coronavírus, Bolsonaro disse que foi "terrível a desgraça que fizeram de fecha-tudo". O presidente voltou a reforçar que é preciso cuidar "das vidas e do emprego" e disse que a economia "não vai voltar de uma hora pra outra".
Bolsonaro afirmou também que esteve em contato com representantes do setor lojista e que tem visto que "alguns Estados estão abrindo shoppings mas com restrição". "Os caras falam o seguinte: Se eu abro a loja aqui no shopping, vou começar a pagar aluguel, os impostos, e condomínio integral, e da forma como tem sido proposta, não tem como a gente faturar o suficiente para pagar", relatou Bolsonaro.
Por Gregory Prudenciano, Pedro Caramuru e Daniel Galvão
Estadão Conteúdo