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Polícia e manifestantes entram em confronto, mas vereadores aprovam reajuste dos professores



Em sessão realizada fora do plenário, a Câmara de Teresina aprovou o reajuste de salário dos professores. Com a ocupação do plenário pelos manifestantes, a sessão foi realizada no plenarinho. Um forte esquema de segurança foi montado na Casa, e os policiais garantiram a segurança necessária para realizar a sessão. 

Eles aprovaram o projeto que parcela em duas vezes o reajuste do piso de 12,84%. O presidente da Casa, vereador Jeová Alencar, afirma que a votação respeitou o regimento interno da casa. 

“A maioria da Casa é soberana para tomar as decisões e a maioria dos vereadores decidiu pela aprovação. Agora caberá aos professores procurarem a justiça, se eles entenderem que a proposta é inconstitucional. A Câmara fez a sua parte”, diz Jeová. 

A líder do prefeito, vereadora Graça Amorim (Progressistas) comemorou a aprovação. “Tentaram manipular a situação, mostrando apenas um trecho do parecer técnico da Casa, isso para dizer que o projeto era inconstitucional. A verdade foi mostrada e os vereadores entenderam que nesse momento de crise é o único reajuste possível”. 

O projeto foi aprovado com um único voto contra do vereador Joaquim do Arroz (sem partido) e abstenção do major Paulo Roberto (sem partido). Os vereadores Dudu (PT) e Deolindo (PT) não participaram da votação, ficaram do lado de fora com os manifestantes. 

“Foi um crime o que a Câmara fez de aprovar um projeto que causa tanto mal para uma categoria como os professores. A Câmara deu o seu aval para que a greve continue. Nós não comparecemos à votação porque a Casa se curva ao prefeito Firmino que tanto maltrata os professores”, disse Dudu. 

Confronto

Antes do início da votação, houve confronto entre a polícia e os manifestantes. Os professores se posicionaram em frente ao portão da garagem da Câmara para impedir que os vereadores pudessem entrar. Houve confronto e a a polícia usou spray de pimenta para afastar os manifestantes. 

Algumas professoras afirmam que foram agredidas. “Eu tenho 15 anos de magistério e nunca imaginei que seria espancada pela polícia. Eles jogaram spray de pimenta e alguns vereadores tentaram passar com carro em cima de nós. É uma Câmara vendida”, diz a professora municipal Letícia Rodrigues. 

Os manifestantes continuam acampados em frente à Câmara e eles afirmam que a greve continua. Os professores irão realizar uma assembleia para decidir os próximos passos do movimento de greve. Cidadeverde.com



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