O detento da Cadeia Pública de Altos, identificado como Robert Ozeas da Silva Pereira, que estava internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), morreu neste domingo (24/05). Ele estava com quadro infeccioso. A assessoria da Secretaria de Justiça confirmou as informações e disse que aguarda laudo sobre a causa da morte.
Esse é o quarto detento da unidade prisional localizada no município de Altos que vem a óbito após apresentar sintomas de infecção. A morte anterior aconteceu na sexta-feira (22). O detento Jeferson Linhares estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do HUT.
MPPI acompanha investigação sobre casos de intoxicação
O Ministério Público do Estado do Piauí está acompanhando e apurando a situação da Cadeia Pública de Altos, onde detentos apresentaram sintomas severos de intoxicação.
A 2ª Promotoria de Justiça da comarca havia instaurado inquérito civil público para coletar informações. O promotor de Justiça Paulo Rubens Parente Rebouças participou de videoconferência com representantes das Secretarias de Estado da Justiça (SEJUS) e da Saúde (SESAPI).
De acordo as análises técnicas preliminares, a hipótese mais provável é de que se trate de contaminação por leptospirose. Os participantes da videoconferência informaram que foram detectados problemas na qualidade da água fornecida na cadeia, com identificação da presença de coliformes fecais e da bactéria E. coli, que pode causar infecções graves em diversos órgãos humanos. Os presos infectados apresentaram sintomas semelhantes, como paralisia de membros inferiores, edema, alteração na pressão e vômitos.
Por isso, ainda nessa reunião, o Secretário de Justiça se comprometeu a disponibilizar outra fonte de água, além de providenciar a sanitização do ambiente e a limpeza da encanação. Está suspenso o recebimento de novos detentos na unidade.
O inquérito foi transferido da comarca de Altos para o Núcleo das Promotorias de Justiça de Execução Penal de Teresina, que dará seguimento às diligências. 180graus.com
Na reunião ministerial de 22 de abril, tornada pública nesta sexta-feira (22), a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) fez duras críticas à ação de governadores e prefeitos favoráveis à manutenção do distanciamento social e, sem dar detalhes nem informar os demais como faria isso, disse que a sua pasta já estava pedindo a prisão de alguns governadores.
Segundo a ministra, idosos estariam sendo algemados e jogados dentro de camburões, mulheres estariam sendo jogadas no chão e padres estariam sendo multados em R$ 90 mil por estarem dentro das igrejas com fiéis.
"A maior violação de direitos humanos da história do Brasil nos últimos trinta anos está acontecendo neste momento, mas nós estamos tomando providências", diz Damares.
"A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos. E nós tamo subindo o tom e discursos tão chegando. Nosso ministério vai começar a pegar pesado com governadores e prefeitos", acrescenta.
A partir desse momento, a ministra passa a se referir ao governador do Piauí, Wellington Dias (PT). "O governador Wellington, agora, ontem, determinou que a polícia poderá entrar nas casas. Vocês não imaginam o que ele vai fazer! Poderá entrar na casa."
"Assinou", responde Damares. "A polícia poderá entrar na casa sem mandato. Então, assim, as maiores violações estão acontecendo nesses dias. Então, nós estamos fazendo um enfrentamento, mais de cinco procedimentos o nosso ministério já tomou iniciativa e nós tamos pedindo inclusive a prisão de alguns governadores", afirmou, acrescentando, sem detalhes, que "governadores e prefeitos responderão processos."
Damares também reclamou que recebeu um governo sem dados, sem saber o número exatos dos ciganos e dos ucranianos que vivem no Brasil.
E criticou o STF por, segundo ela, ter trazido a questão do aborto de volta.
"Neste momento de pandemia a gente tá vendo aí a palhaçada do STF trazer o aborto de novo para a pauta", diz. "Será que vão querer liberar que todos que tiveram coronavírus poderão abortar no Brasil? Vão liberar geral?", afirmou.
Então, se dirige ao então ministro da Saúde, Nelson Teich, que acabou saindo do governo por discordar da diretriz de Bolsonaro.
"O seu ministério, tá lotado de feminista que tem uma pauta única que é a liberação de aborto. Quero te lembrar ministro, que tá chegando agora, este governo é um governo pró-vida, um governo pró-família. Então, por favor. E aí quando a gente fala de valores, ministro, eu quero dizer que nós estávamos sim no caminho certo. "
Essa é a atual situação do Hospital de Campanha, que está sendo montado no Ginásio Verdão, anunciado, em abril, pelo Governo do Piauí. Pela gravidade do momento, é até difícil acreditar. Mas, infelizmente, é uma realidade, constante, nas ações do Governo. Inaceitável.
Pais, filhos e famílias: na China, o confinamento das pessoas provocou um aumento no número de divórcios. Muitos casais se separaram enquanto estavam na quarentena. Neste episódio a psicóloga Bruna Vaz, do Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem, CPPL, comenta sobre o aumento no número de divórcios durante a pandemia do coronavírus.