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Vaqueiro vira volante, marca gol na Série D e projeta desejo: "Dar uma casa para minha mãe"



Quando criança, a paixão do garoto de cinco anos da cidade de Piripiri, no Piauí, não era a bola, mas sim cavalos. Antes de se tornar um dos destaques do 4 de Julho, clube da Série D do Campeonato Brasileiro, o volante Edinaldo competia em vaquejadas pelo interior. Ao marcar o seu primeiro gol na competição, o meio-campo relembrou da época de vaqueiro, como o futebol começou a fazer parte da rotina e o sonho de querer transformar a vida da sua família. 

- Minha primeira montaria foi aos cinco anos, comecei devagar, perto do estádio (Arena Ytacoatiara, casa do 4 de Julho). Fui à primeira vaquejada, comecei a competir - recordou.

No futebol, Edinaldo começou ao fazer parte de uma escolinha comandada por Alencar, ex-zagueiro do 4 de Julho, em Piripiri. Foi chamado para fazer parte da base do Colorado e não saiu mais do clube.

- No começo, fiquei entre os dois (vaquejada e futebol). Em 2016, larguei a vaquejada. Era muito arriscado, a vaquejada era no mato, a gente tinha que pegar o boi em segundos, em menor tempo, tinha que pegar o boi. Com 16 anos, decidi parar, medo de quebrar um braço e uma perna, medo de prejudicar – contou o volante.

Edinaldo 4 de Julho — Foto: Aldo Carvalho

Ao saber da história do volante-vaqueiro, a gente entende de onde ele tirou forças.

Edinaldo voltou a marcar gol no 4 de Julho na vitória sobre o Moto Club, por 2 a 0, pela rodada 6 da fase de grupos da competição. Neste domingo, contra o Paragominas, o jogador vai fazer parte do time titular colorado.

Em 2021, ele também quer comemorar o acesso do Colorado à Série C do Brasileiro.

Edinaldo, volante do 4 de Julho — Foto: Gustavo Cavalcante/Rede Clube

- Nunca imaginei estar aqui no 4 de Julho. Quando criança, quando andava de cavalo, antes de começar a jogar a bola, nunca pensei em vestir a camisa do 4 de Julho, um clube tão querido por todos. Maior sonho é dar o melhor para minha família, ser conhecido pelo meu trabalho e dar uma casa para minha mãe – projetou.

Fonte: globoesporte.globo.com/pi



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