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Após 5 horas, pai libera filha que era mantida em cárcere privado em Teresina



O pai que matinha a filha refém em uma casa no bairro Planalto Bela Vista, zona sul de Teresina, se entregou por volta das 13h e liberou a criança. Após conversar com negociadores do Polícia Militar e membros da comissão de Direitos Humanos da OAB-PI, o homem resolveu deixar a casa em uma viatura. 

De acordo com o tenente coronel Paulo Mota, coordenador de gerenciamento de crise da PM, o homem, identificado Pedro Henrique,  será encaminhado para o Instituto Médico Legal para realizar um exame de corpo de delito. Na sequência, ele deve ser levado para uma Unidade Básica de Saúde, para receber tratamento médico. 

A criança de nove anos que foi mantida em cárcere privado está bem e não sofreu nenhum tipo de agressão durante o período que passou trancada na residência com o pai. O Conselho Tutelar foi acionado e vai acompanhar de perto a situação da menor. 

Ainda de acordo com o coordenador de gerenciamento de crise da PM, durante a negociação o homem exigiu que um dos familiares não frequentasse mais a residência.  "A exigência que ele fez foi no sentido de que um irmão que ele tem não frequentasse mais a residência", contou  o militar. 

A capitã Roserlane Maciel, do Gerenciamento de Crise da PM, conversou com a criança, que estava assustada. 

"Ela dormiu até 11h e quando acordou ficou assustada. Mas ele não a maltratou e nem a ameaçou. A menina é muito apegada a ele", disse a capitã.

A militar confirma a versão se que o pai estaria em um surto que teria sido provocado devido a um irmão. 

"Ele diz que o irmão bebe e é uma má influência pra criança. Ele estava tranquilo e apenas pediu um psicólogo e os Direitos Humanos. Ele foi levado ao IML , mas não deve ir pra Central de Flagrantes", disse a capitã.

Foto: Helder Sousa/Cidadeverde.com 

Advogados, familiares e policiais militares entraram na residência onde um pai mantém a filha em cárcere privado, no bairro Planalto Bela Vista, zona sul de Teresina. Eles vão conversar com o rapaz na tentativa de negociar a liberação da menina. 

Um dos advogados que entrou no local é Wesley Carvalho, da Comissão de Direitos Humanos da OAB Piauí. Ele afirmou que o objetivo da presença da comissão é garantir um desfecho pacífico para a situação.

"A gente veio para tentar conversar e garantir para ele um procedimento correto e, principalmente, a saída da refém, no caso a filha dele", disse o advogado ao Cidadeverde.com. 

O homem também teria exigido a presença de assistentes sociais e do Conselho Tutelar. 

A capitã Roserlane informou que os negociadores do Bope estão conversando com o pai, identificado como Pedro Henrique e afirmou que ele não fez mal à criança. 

"A situação está sob controle, ele não fez e não vai fazer nenhum mal à criança. A mãe dele conversou com ele e ele pediu a presença de um assistente social e psicóloga e dos direitos humanos. A criança está tranquila, está calma. Eu conversei com ela, ela está brincando no celular, assistindo vídeo, tranquila", declarou a capitã Roserlane. 



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