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Empresários de bares e restaurantes vão à justiça após impasse de decretos



Representantes do setor de bares e restaurantes confirmaram nesta quinta-feira (9) que vão acionar a justiça para reabrirem os estabelecimentos.

Os empresários cobram do governo do Estado e da Prefeitura de Teresina informações mais claras sobre a retomada das atividades. Operando há mais de 100 dias apenas por meio de delivery, desde o início da pandemia da Covid-19, a categoria aponta dificuldades e diz que a indefinição potencializa prejuízos.

Um dos pontos questionados pelos empresários é a contradição entre os decretos emitidos pelo Governo  Estado e pela Prefeitura de Teresina.

 O decreto estadual aponta que serviços de alimentação e bebidas estão autorizados a retomar o funcionamento a partir do próximo dia 13 de junho. Bares, de acordo com o texto, voltam a funcionar apenas no mês de setembro, na última etapa de retomada das atividades. 

Veja calendário completo de retorno das atividades aqui
 
Já o decreto emitido pela Prefeitura de Teresina, que regulamenta a retomada das atividades econômicas na capital, estabelece que o funcionamento de bares e restaurantes continua suspenso, sem data estabelecida para o retorno. 

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Piauí (Abrasel-PI), Eduardo Rufino, a categoria não foi convidada a participar das discussões a respeito da reabertura. Segundo ele, a falta de respostas claras sobre a volta do funcionamento potencializa ainda mais os prejuízos no setor. 

"Estamos contratando um escritório de advocacia e vamos entrar com uma ação judicial, para poder tornar clara as medidas e para pressionar, para a gente tentar reabrir à força.  Não são regras claras. Já estamos há quase quatro meses nessa indefinição", afirma. 

Os representantes do setor de bares e restaurantes também cobram um protocolo, com regras claras sobre quais adaptações serão necessárias nos estabelecimentos para o início da retomada das atividades. Apesar disso, o presidente da Abrasel Piauí ressalta que as ações de higienização e sanitização de ambientes já fazem parte das rotinas. 

"O setor de restaurantes não vai ser o 'bicho papão'. Já somos acostumados com a segurança alimentar, com a limpeza, uso de máscaras, luvas. Temos treinamentos internos com os colaboradores para garantir essa segurança alimentar", destaca Eduardo Rufino.

Prejuízos 

Funcionamento apenas por meio de delivery há pouco mais de 100 dias, bares e restaurantes enfrentam prejuízos em Teresina. A estimativa da Abrasel-PI é que, pelo menos, 25% dos estabelecimentos já fecharam as portas por conta da crise ocasionada pela pandemia da Covid-19.  Caso a indefinição continue, a expectativa do setor é que 50% dos estabelecimentos encerrem as atividades e declarem falência. 

"O delivery não representa nem 30% de faturamento para o restaurante que possui salão", destaca o presidente da Abrasel, Eduardo Rufino.  

 

Cidadeverde.com



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