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UFPI tem 7º ano seguido de corte de verba e controla gastos para seguir funcionando



Assim como em outras universidade federais, a Universidade Federal do Piauí também vem sofrendo sucessivos cortes de orçamento. 2021, por exemplo, é o sétimo ano consecutivo que a UFPI tem redução nas verbas de custeio enviadas pelo Ministério da Educação.

A situação da UFPI não é fácil, mas até agora está sob controle a perspectiva de fechar o ano. Para se ter uma ideia dos seguidos cortes, entre 2015 a 2021, a Universidade Federal do Piauí “perdeu” cerca de R$ 40 milhões. 

Dados obtidos pelo Cidadeverde.com mostram que em 2015 o orçamento para custeio da UFPI era R$128,5 milhões. Em 2016, R$127,5 milhões. Nos anos de 2017 e 2018 a verba ficou na casa de R$119 milhões. 

Em 2019, o orçamento para custeio caiu para R$110 milhões e em 2020 para R$104 milhões.

Agora em 2021 o orçamento de custeio reduziu para R$88 milhões. Luís Carlos Sales, Pró-Reitor de Planejamento da UFPI destaca que as reduções impõem que a universidade faça  um “controle severo” dos gastos. Entre estes ajustes está, por exemplo, a redução de contratos de terceirizados. 

“É um impacto significativo porque reduz a capacidade da UFPI de se planejar e de implementar ações importantes. São perdas sequenciadas que obrigam a ajustes sérios em redução de viagens, diárias, maior controle de gastos como água e energia e ajustes em contratos como os de terceirizados”, disse o Pró-Reitor de Planajamento.

A UFPI afirma que apesar dos cortes  tem se adequado para manter o Ensino, Pesquisa e Extensão. Na prática, o pagamento de bolsas de pesquisas e assistência estudantil estão mantidos pelo menos até o fim deste ano.

“Desde dezembro, quando soubemos da proposta de Orçamento, temos feitos ajustes. O Orçamento que foi aprovado em abril ficou ainda pior do que o previsto. Isso nos obriga um controle muito severo dos gastos. Um exemplo: estamos desativando uma área de almoxarifado que era alugada fora da UFPI. Além do aluguel, tinha o pagamento por vigilância armada. Esse tipo de gasto estamos enxugando para manter o que é essencial da Universidade, no ensino, pesquisa e extensão”, acrescenta  Luís Carlos Sales, Pró-Reitor de Planejamento da UFPI.

Sobre se os cortes irão afetar o retorno das aulas presenciais, a UFPI afirma que “não há essa perspectiva”.  “O enxugamento que fizemos deve nos permitir encerrar o exercício de 2021. Mas não temos como fazer ainda uma projeção do próximo ano”, finaliza o Pró-Reitor.



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