A Câmara aprovou a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que faz parte do pacote de corte de gastos enviado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A votação foi retomada nesta quinta-feira (19) e ainda está em andamento - por ser uma PEC, é necessária aprovação em dois turnos, mas o texto já passou na primeira das etapas.
Entre os pontos da proposta está a limitação de supersalários do serviço público que atualmente têm um teto de R$ 44 mil. O que tem pesado para o governo são as chamadas verbas indenizatórias, que elevam os pagamentos e podem fazer com que os valores superem o que está previsto na Constituição.
Pela PEC, esses pagamentos além do teto ficam bloqueados, com exceções que precisariam ser definidas por meio de projetos complementares.
O projeto também traz mudanças para o abono salarial e desidrata parte dos recursos para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Na primeira votação o placar ficou em 344 votos favoráveis a 154 contrários, além de duas abstenções. Ainda é necessária mais uma votação e análise de destaques - possíveis alterações ao texto. Ao ser aprovada, a PEC seguirá para o Senado.
Além da proposta, resta para a Câmara mais um projeto ligado ao pacote de gastos do governo - que trata de mudanças no cálculo do salário mínimo em programas sociais e ajusta o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O presidente Arthur Lira (PP-AL) afirmou que o projeto também será votado nesta quinta-feira (19). SBTNews