Um garoto de oito anos de idade que dá aulas, quando o assunto é inspirar e ser exemplo. Davi Martins, começou a se arriscar no skate aos 5 anos de idade e agora, três anos depois. já participou de sua primeira competição, onde foi campeão na categoria sub-9 no último mês de setembro. 
Foto: Renato Andrade/cidadeverde.com
“É. Eu competi pela primeira vez e foi legal. Estou fazendo várias manobras novas e treinando mais algumas com o tio Piva para melhorar ainda mais”, conta com orgulho Davi Martins.
Davi Martins nasceu com agenesia óssea, uma deficiência em que a pessoa nasce sem os ossos em um ou mais membros. O esporte entrou na vida dele por acaso, mas nitidamente, nos dias de hoje o skate lhe deu muito mais do que uma atividade para chamar de sua.
Deu-lhe uma maior independência, poder superação e prazer de inspirar todos a seu redor.
“Ele achou o skate no quintal, que era do irmão dele que já está mais velho e por outras obrigações não anda mais tanto. Quando percebemos ele estava de início se arrastando em cima, mas depois ele mesmo pediu para a gente levar ele para pistas, descobriu onde tinham algumas aqui na cidade e hoje está assim. Evoluindo. Um motivo de orgulho para nós”, lembra o pai, Rodrigo Andrade, funcionário público.
Dono de um carisma único. Davi Martins se tornou um fio condutor de bons exemplos e motivação no Parque Potycabana a cada treino. O técnico e mentor do pequeno atleta narra a construção do ciclo de confiança e desafio ao receber Davi para os treinos.
“Foi e está sendo um desafio para mim, pois já tinha recebido atletas atípicos surdos, autistas, mas não com o Davi e foi necessário a construção de uma confiança no dia a dia com ele, pois como vimos tem algumas manobras mais difíceis”, explicou Piva.
E quem pode acompanhar a relação dos dois hoje, consegue perceber facilmente que confiança é de sobra. “Eu confio no senhor, você sabe que confio”, afirma Davi.
O pequeno skatista se arrisca, mostra evolução em suas manobras e tem o desejo pessoal de chegar a uma paralímpiada, assim que se tornar um atleta profissional.
“Tem um rapaz que estava nas paralímpiadas que é igual a mim eu acho, quero fazer como ele. Eu antes tinha medo, às vezes não queria fazer algumas coisas, mas hoje não. O skate mudou toda minha vida”, disse Davi Martins. Cidadeverde.com