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Halloween: Saiba o que as religiões falam sobre o Dia das Bruxas

O Halloween, celebrado anualmente em 31 de outubro, é uma data que coloca em questão diversas interpretações e práticas, especialmente no âmbito religioso

O Halloween, comemorado em 31 de outubro, é uma data que suscita diversas interpretações e debates, especialmente no âmbito religioso. Embora seja popularmente conhecido por sua associação com fantasias, doces e decorações temáticas, a data também levanta discussões no campo da espiritualidade e da fé. Católicos, evangélicos, espíritas e religiões de matriz africana têm visões e abordagens variadas sobre o Halloween, refletindo aspectos específicos de suas doutrinas e práticas. Para alguns, a celebração do Halloween é uma oportunidade de diversão e expressão cultural; para outros, representa um ponto de atenção espiritual.

Embora o Halloween e o Dia das Bruxas sejam considerados a mesma celebração, o termo “Dia das Bruxas” é uma adaptação da expressão "Halloween", mais popular no Brasil e em países de língua portuguesa. O nome "Dia das Bruxas" faz referência à crença popular de que, nessa data, bruxas, espíritos e criaturas sobrenaturais ganham destaque.

O Halloween se popularizou nos Estados Unidos com a imigração europeia, sobretudo de irlandeses, no século XIX. Ao longo do tempo, a data foi associada à diversão e à fantasia, tornando parte da cultura pop. Atualmente, muitas pessoas usam fantasias de personagens variados, desde figuras assustadoras até personalidades da cultura popular. Para aqueles que ficam em casa, é uma ótima chance para assistir a filmes temáticos.

Católicos e o Halloween

Para a Igreja Católica, o Halloween possui uma relação complexa com o Halloween. Historicamente, a data foi incorporada ao calendário litúrgico como a véspera do Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro, e o Dia de Finados, em 2 de novembro, momentos destinados à oração pelos mortos e à reflexão sobre a vida após a morte. Alguns líderes católicos alertam sobre as práticas ligadas ao Halloween, especialmente no que se refere a temas de terror e ocultismo, mas recomendam que a data seja abordada com discernimento.

Evangélicos e Halloween

Já no meio evangélico, a visão sobre o Halloween tende a ser mais crítica. Líderes evangélicos frequentemente associam a data a práticas que não são consideradas compatíveis com a doutrina cristã, especialmente devido à presença de símbolos que remetem ao ocultismo e ao sobrenatural. Muitos pastores orientam seus fiéis a não participarem da festa e a focarem em eventos alternativos que celebrem valores cristãos, por essa razão, muitas igrejas evangélicas desaconselham a participação em festas de Halloween.

Espiritismo e Halloween

Para os espíritas, a visão sobre o Halloween é neutra e focada no conhecimento espiritual. A doutrina espírita defende que, enquanto os espíritos são considerados parte natural do plano espiritual, o contato com eles deve ocorrer de forma responsável e respeitosa. Para os espíritas, as representações de fantasmas e bruxas, típicas do Halloween, são vistas como simplificações que não refletem a complexidade da vida após a morte e das interações entre os planos. A orientação é manter o respeito e a ética nas interações com o plano espiritual.

Religiões de matriz africana

As religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda, possuem uma visão singular sobre a questão. Nessas tradições, o Halloween não é uma data tradicional, pois seu calendário é fortemente marcado por cultos e rituais próprios, voltados para a conexão com os ancestrais e com as divindades específicas de cada culto. A presença de elementos como espíritos e entidades, comuns nas celebrações de Halloween, tem um significado diferente no Candomblé e na Umbanda.

Nesses cultos, há um respeito profundo pela espiritualidade dos ancestrais e pelo culto aos orixás, onde o contato com o mundo espiritual é feito em momentos e ritos específicos. Por isso, a celebração do Halloween, é conhecida no Ocidente, popularmente associada a elementos comerciais e secularizados, não faz parte do calendário ritualístico dessas religiões. O DIA