O empresário Deivison José Santos Lima foi preso nesta terça-feira (15) em Teresina em cumprimento a um mandado de prisão temporária. Ele é um dos cinco dos réus na ação penal relacionada ao acidente que ocorreu em março de 2018 na BR-343, entre Altos e Campo Maior. O caso terminou com duas mortes e foi apontado como um "racha", que é uma espécie de competição ilegal entre dois veículos. O caso chamou a atenção pelo nível de destruição de um dos carros.
De acordo com o diretor de Operações de Trânsito da Polícia Civil, Fernando Aragão, os dois carros faziam "disputa" de racha e um deles se envolveu no acidente, terminando com as duas mortes. Os passageiros do outro veículo foram indiciados pelo crime.
"É um grupo de jovens de um poder aquisitivo elevado com veículos de alto padrão, saíram em direção a Campo Maior e eles respondem pelo artigo 308 do CTB porque eles estavam fazendo direção perigosa, praticando rachas e foram indiciados por isso. Durante o trajeto houve um acidente onde morreram dois. Dois deles se chocaram e os dois morreram. Os que sobreviveram responderam por essa prática, que é justamente o artigo 308 do CTB, só que com agravante porque gerou morte de dois", explicou.
Ainda conforme o delegado, os outros indiciados compareceram às solicitações da Justiça, exceto o que foi preso hoje.
"A juíza lá de Campo Maior começou a citar todos eles para ouvi-los no processo. E ele, esse aqui, nunca compareceu. Ela mandou o oficial de justiça ir atrás, ele não comparecia, até que abriu um edital para ele comparecer, ele não apareceu, então ela resolveu pedir a prisão dele e ele foi preso hoje. E a gente tá aqui no IML para fazer o exame de corpo delito e levar ele até a residência dele", disse.
O delegado disse que, durante o cumprimento do mandado de prisão, ele chegou a fugir em alta velocidade, mas foi alcançado e a polícia procedeu a prisão.
"Quando nós fomos dar cumprimento ao mandado dele ele voltou a sair em alta velocidade, deu muito trabalho para alcançá-lo", disse. Cidadeverde.com