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Comandante orienta que PM não use a farda para atuação política nas eleições e divulga cartilha

O comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Scheiwann Lopes, orienta que os policiais militares não misturem atuação profissional com questão política. A corporação divulgou uma cartilha com orientações para os PMs que irão trabalhar nas eleições e assim evitar abordagens erradas.

Ontem, um major da Polícia Militar foi afastado, preventivamente, de suas funções após a circulação de vídeos onde ele aparece, de arma em punho, envolvido em uma confusão na cidade de Paulistana (a 400 km de Teresina). Há suspeita de envolvimento político. A Polícia Civil está investigando.

Scheiwann Lopes recomenda que o policial deve exercer seu direito ao voto apenas na cabine de votação ou no horário de folga. 

“A orientação que a gente dá é que todos podem ter as suas preferências políticas, mas deixar para exercer na cabine de votação, porque não dá para misturar a atuação policial com a questão política, porque no mínimo coloca em xeque a imparcialidade do policial. Para ter essa imparcialidade é preciso que você se preserve. Então exerça seu direito na urna votando ou em reuniões na sua folga, fora da cidade onde trabalha. É importante que você pode até atuar politicamente em apoiamento a alguma agremiação política, candidato, mas que você faça em sua folga, mas em outra cidade que você não trabalhe. É complicado você demostrar visivelmente, ostensivamente, uma preferência política e trabalhar em relação a um candidato A ou B e no outro dia você está fardado ou trabalhando. É sempre questionado a imparcialidade do policial. É bom evitar procedimento e atitude dessa natureza”, disse o comandante.     

Nas eleições de domingo, dia 6 de outubro, mais de 6.500 policiais vão trabalhar nas escoltas das urnas e segurança nos 224 municípios.

A PM divulgou uma cartilha que é uma espécie de guia para o policial no dia da eleição. O material tem informações o que pode e não pode na véspera e no dia da eleição, as intervenções emergenciais, propaganda eleitoral, uso da força, lei seca, crimes eleitorais, direitos dos policiais e os crimes cometidos no dia da eleição. 

Veja cartilha aqui

Sobre o afastamento do Policial em Paulistana, o comandante disse que a Polícia Civil está investigando. 

“Teve uma ocorrência que envolveu um policial militar, a Secretaria Estadual de Segurança Pública, já emitiu uma nota, à princípio uma denúncia de envolvimento de cunho político, de agressões por caráter político, foi o que chegou de informação. Estamos ainda apurando, mas temos imagem nas redes sociais, vídeos e também um boletim de ocorrência da Polícia Civil de Paulistana. 
Ele disse que o policial foi afastado para ficar isento a investigação. 

“É um crime de competência de natureza civil até a princípio ele não cometeu crime militar, mas mandamos abrir o procedimento para apurar a conduta de alguma transgressão disciplinar. Ele deve ser conduzido para a Polícia Civil para prestar esclarecimento. É um inquérito que compete a Polícia Civil, mas a PM está colaborando expedimos a ordem de missão para intensificar a localização e apresentar ele as autoridades civis para o andamento do processo”, disse o comandante.  Cidadeverde.com