Um relatório publicado pela Agência Nacional de Águas mostra que entre os meses de junho e julho o Piauí registrou um aumento na área atingida pela seca. De acordo com órgão, o território atingido pela falta de chuvas chegou a 66% de todo o estado. O estudo feito através do monitor de secas, mostra ainda que a crise climática histórica atinge principalmente o norte e o nordeste do país.
O relatório foi publicado na mesma semana em que o governo federal decretou situação de emergência em 106 municípios do Piauí em decorrência da seca. O governador Rafael Fonteles, ainda durante a semana, demonstrou preocupação com a seca histórica que atinge o país. Segundo o Ministério da Integração, o Piauí é um dos estados brasileiros mais atingidos pela falta de chuvas, com 115 municípios em situação de emergência vigente. Do total, 107 são por seca e oito por estiagem.
O monitor de secas apontou que entre junho e julho, a área com seca teve um aumento no Piauí, onde subiu de 51% para 66% do estado, é a maior área com seca no estado desde os 73% registrados em janeiro de 2024. quando houve seca moderada em 19% do território piauiense. A seca se intensificou no Piauí entre junho e julho com o avanço da seca moderada de 14% para 16% do estado. É a condição mais severa desde março deste ano, quando houve seca moderada em 19% do território piauiense
Na comparação entre maio e junho, em termos de severidade da seca, o fenômeno de manteve estável em cinco dos nove estados nordestinos: Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Piauí. Os outros quatro estados da região seguiram livres de seca entre maio e junho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. O cenário do fenômeno no Nordeste em junho foi o mais brando entre as cinco regiões monitoradas com seca moderada em 8% da região e seca fraca em 25% de seu território.
Em termos de áreas com seca, o Nordeste teve um aumento da área total com o fenômeno de 30% para 33% entre maio e junho. Essa elevação foi resultado do avanço da seca na Bahia, Maranhão e Pernambuco no último mês. No sentido oposto, a seca avançou no Ceará e no Piauí. Em Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe o fenômeno seguiu sem ser registrado em junho. A seguir estão os destaques por estado da região Nordeste no último mês.
Entre junho e julho, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno somente em Roraima, conforme a última atualização do Monitor de Secas. No sentido oposto, em outras 15 unidades da Federação a seca se intensificou nesse período: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
Em outros quatro estados a seca voltou a ser verificada em julho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. No aspecto de severidade, a seca ficou estável em cinco unidades da Federação: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Maranhão e Pernambuco. Somente dois estados seguiram livres de seca em julho: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Na comparação entre junho e julho, 15 estados registraram o aumento da área com seca: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Tocantins. Já em outros quatro estados a seca voltou a ser registrada: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Por outro lado, Roraima teve um recuo da seca. Em cinco unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Por sua vez, dois estados se mantiveram livres de seca em julho: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Nove unidades da Federação registraram seca em 100% do território em julho deste ano: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 5% a 98%.