A Voepass, dona da aeronave ATR 72-500 que caiu em Vinhedo, confirmou na manhã deste sábado (10) mais uma vítima do acidente ocorrido na sexta-feira (9). Com isso, o número de mortos sobe para 62.
A vítima é o passageiro Constantino Thé Maia, cujo nome, segundo a companhia, não constava na lista de embarcados por uma questão técnica de validações de check-in, validação do embarque e contagem de passageiros.
"Em respeito à identidade do passageiro e de sua família, a Voepass decidiu confirmar a informação de que Constantino estava a bordo do voo 2283 somente quando não houvesse dúvidas", diz empresa na nota.
Um avião caiu, no início da tarde desta sexta-feira (9), na região do bairro Capela, em Vinhedo, município do interior de São Paulo. Segundo a empresa, a aeronave, que fazia o voo 2Z2283, levava 58 passageiros e 4 tripulantes. Até o momento, não há informações sobre as causas do acidente, mas um especialista em aviação ressalta que, antes de cair, a aeronave pode ter feito um flat-spin ou 'parafuso chato'.
"Esse movimento provoca uma situação de voo perigosa, que dificilmente é recuperada se não tiver altitude. Alguns fatores podem ser meteorologia, questões operacionais, perda de motor, dentre outras coisas. Mas até o momento nada se sabe", disse o especialista em aviação Lito Souza.
Nesse movimento, segundo o especialista, aeronave gira em seu próprio eixo em um rastro quase vertical. Essa descida do avião "em caracol" , de acordo com Lito, acontece porque o avião não tem mais velocidade para seguir em frente, o que tira a sustentação nas asas. "É necessário ter uma aceleração horizontal [para frente] para ter sustentação", explica.
Ele ressaltou que a empresa VoePass (antiga Passaredo) não tem histórico de acidentes em seu currículo e que a ocorrência é bem incomum na aviação. As causas ainda estão sendo apuradas.
É o primeiro acidente aéreo da aviação comercial em 17 anos. O último havia sido com o Airbus A-320 da TAM em São Paulo, no aeroporto de Congonhas, em julho de 2007.