As urnas eletrônicas passarão por um processo de auditoria no dia da eleição. A comissão que vai realizar esse trabalho, no Piauí, foi instituída hoje (06) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE). A comissão é formada por treze membros e, neste pleito, será presidida pela juíza de Direito Elvira Pitombeira, que atua na Vara de Família no Piauí. Além dela, outros doze servidores do TRE e do Ministério Público do Piauí (MP/PI) integram a comissão.
A auditoria funciona em duas frentes. A primeira vai sortear 20 urnas em todo o Piauí. Essas urnas serão trazidas para Teresina e ficarão sob a guarda da Polícia Federal.
"Vamos fazer uma simulação. Inseriremos votos em cédulas de papel, em urna de lona, e o mesmo voto será inserido na urna eletrônica. Todo o processo será filmado. Ao final da votação simulada, vamos realizar a contagem dos votos nas duas urnas e comparar o resultado", explicou Anderson Lima, secretário de Tecnologia da Informação do TRE/PI.
A outra frente de auditoria vai convidar eleitores a participar do processo. Duas seções eleitorais serão escolhidas pela comissão para serem auditadas. Ao lado do seu local de funcionamento, será montada uma nova seção com a finalidade de auditar os votos dados pelo eleitor. "Após votarem na sua seção convencional, os eleitores serão convidados a votar novamente e ajudar o TRE no processo de auditoria. Ao final da votação, o relatório de urna mostrará a confiabilidade do sistema", explicou o secretário.
A participação do eleitor é facultativa no processo de auditoria. Segundo o presidente do TRE/PI, Sebastião Ribeiro Martins, o processo de auditoria é feito para garantir a segurança da urna e de todo o processo de votação e não viola o sigilo do voto do eleitor.
"Não temos a intenção de verificar o voto do eleitor, essa informação somente o eleitor tem, e nem mesmo o TRE, durante o processo de auditoria, tem a capacidade de prever o voto do cidadão", garantiu o presidente do TRE/PI, Sebastião Ribeiro Martins.