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Alerta na dengue: apesar de alta de casos no Piauí, vacinação segue em baixa nos municípios

Casos de mãe e filho que estão em investigação acenderam alerta

Apesar da alta de casos de dengue em todo o Piauí, a vacinação segue tendo uma procura baixa em Teresina e nos outros municípios do interior onde já tiveram início as campanhas de imunização contra a doença.

Os municípios dos territórios Entre-Rios e Chapada das Mangabeiras já iniciaram suas campanhas de imunização. De acordo com a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Piauí (Cosems), Leopoldina Cipriano, que é secretária de Saúde de Miguel Alves, todos os municípios já iniciaram suas campanhas de vacinação, mas a procura está sendo baixa.

"A orientação era vacinar 10 anos, depois 11, depois 12, mas nós estamos abrindo porque a busca continua pequena. Então, em Miguel Alves já abriu de 10 a 12, pouca busca. Temos que mobilizar, ontem mesmo nós fizemos reunião com o Cosems, sesapi, para orientar para também, além de estar vacinando, ir colocando no sistema porque tinha gente que tava vacinando e não tava colocando no sistema", citou.

Em Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) cita que o número de aplicações de doses está acontecendo no ritmo esperado, e que está no aguardo para que novas doses sejam disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.

"A vacina que veio para o Piauí foi uma quantidade diminuta. A gente espera ainda do Ministério [da Saúde] em um momento adequado assim que forem adquiridas novas doses da vacina que a gente mande mais para o Piauí e consequentemente pela Teresina. O segundo ponto é que foi aberta um novo chamamento pra agendamento da vacina daquelas pessoas que eventualmente não puderam ou não tiveram condições de levar seus filhos. Então a gente não pode armazenar. Porque abre um novo chamamento com mil doses, dessa vez, mas a procura foi muito intensa. Todas as doses que vieram para Teresina ou já foram aplicadas ou estão agendados. Então nós utilizamos todas as doses", disse o médico Valfrido Salmito, diretor de vigilância em saúde da FMS.

O especialista alerta para os cuidados com quem apresenta sintomas da doença. "O que a gente tem que fazer normalmente quando a gente adoece de dengue? É aquilo que a gente chama de Hidratação, ou seja, tomar muita água, muito líquido, se hidratar bem e você não consegue fazer essa hidratação rigorosa por via oral, a gente tem que ir pro hospital pra tomar essa hidratação pela veia, né? De forma venosa. Então, os sinais de alerta, identificar uma situação extremamente importante, por exemplo, dor abdominal, pele fria, sinais de gravidade da doença. Mas o ideal é também que as pessoas estejam acompanhadas durante todo esse período", disse.

 O infectologista também cita que prevenir a doença é essencial, o que deve ser feito com açõe de combate a criatórios eu so de repelente. 

"Uso de repelente pra quem não adoeceu, pra quem quer se manter livre da doença, algumas medidas são fundamentais. Por exemplo, a gente eliminar todos os criadores do mosquito de dentro das nossas casas e isso é uma obrigação nossa fazer enquanto cidadão. A gente mantém esse criadouro longe das nossas residências, evitar água parada e muitas vezes é dentro de locais que a gente nem imagina, por isso é importante fazer uma varredura na casa, assim como você se cuidar, procurar um médico e o uso também de repelente pra quem ainda não adoeceu", citou.

Casos de mãe e filho que estão em investigação acenderam alerta

Ainda estão em investigação os exames da médica pediatra Laysa Geovana Soares Vilarinho Lira, de 47 anos, que morreu sob suspeita de dengue. Ela veio a óbito 12 dias depois que seu filho Rafael Lira Matias, de 5 anos, morreu por causa da doença. O filho mais velho de Laysa, que tem 14 anos, também está com sintomas da doença e foi levado para São Paulo.

Confirmadas laboratorialmente, são 10 mortes por dengue no Piauí, sendo quatro em Bom Jesus, uma em Teresina, uma em João Costa, uma em Manoel Emídio, uma em Baixa Grande do Ribeiro e outra em Esperantina. Cidadeverde.com