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Dengue: no Piauí, número de casos em 2024 é quase o dobro do registrado em 2023

A incidência de notificações também teve um crescimento de 90,7% se comparado ao mesmo período do ano passado.

O número de casos de dengue no Piauí em 2024 é quase o dobro do registrado em 2023. É o que aponta o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) ainda no final do mês de abril. Conforme os dados, os casos prováveis saltaram de 4.099, em 2023, para 7.815 este ano. A incidência de notificações também teve um crescimento de 90,7% se comparado ao mesmo período do ano passado.

 

Além disso, o levantamento indica que o número de municípios com notificação da doença aumentou em 31%, chegando a 172 em 2024. Atualmente, 32 municípios enfrentam alta incidência de casos, sendo a região sul do estado a mais afetada. Bom Jesus lidera o número de casos prováveis, com 374 notificações.

Os óbitos por dengue também cresceram em relação ao ano anterior, com seis mortes registradas em 2024, sendo quatro delas em Bom Jesus.

Diante desse cenário, o Piauí foi incluído na lista de estados que poderão receber as novas vacinas contra a dengue. O estado já recebeu 21 mil doses, sendo mais de seis mil doses direcionadas para a região de Bom Jesus, onde a incidência de casos é mais alta.

Piauí recebeu as primeiras doses da vacina contra a dengue no fim do mês de abril
"Foi uma decisão importante para a região. Já vamos começar a distribuição na próxima semana. Assim que a vacinação começar, a população precisa procurar as UBS. Vale ressaltar que os cuidados continuam, pois a vacina não imuniza imediatamente e é necessária uma segunda dose. É preciso redobrar os cuidados", disse o secretário de saúde do Estado, Antonio Luiz.

Como vai funcionar a vacinação contra a dengue?
Conforme o Ministério da Saúde, existem critérios a serem seguidos para receber a vacina. Se a criança ou adolescente teve dengue, a vacina só pode ser aplicada após 6 meses. Se a contaminação ocorreu entre as doses, a segunda dose deve ser mantida na data prevista, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose.

Segundo o órgão, a vacinação contra a dengue não é recomendada para pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aquelas em terapias imunossupressoras, com HIV sintomático ou com evidência de função imunológica comprometida, bem como para pessoas com hipersensibilidade às substâncias listadas na bula, além de mulheres grávidas ou lactantes.