As mulheres que estão sendo mortas, na maioria dos casos, são negras na faixa etária de 20 a 40 anos. É o que mostra a nova pesquisa “Boletim social – avanços, desafios e perspectiva da realidade das mulheres piauienses”, divulgada pela Cepro.
O estudo mostra ainda que os crimes acontecem em ambientes residenciais, com algumas vítimas estranguladas. Só no ano passado, 28 mulheres foram mortas pela condição de serem do sexo feminino.
Uma das vítimas foi Carleusa Maria de Souza Pereira, 39 anos, foi morta a golpes de foice na zona rural do município de Monsenhor Hipólito (a 369 km de Teresina). O principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima, Antônio Pinheiro dos Santos, que cometeu suicídio momentos após o crime. Hoje, um pedreiro foi preso por espancar, sufocar, estuprar e atear fogo em casa de uma comerciária.
De acordo com o levantamento da Cepro, 83,33% das vítimas de feminicídio no Piauí são mulheres negras. Outro ponto observado é que 66,7% do crime foram cometidos no ambiente residencial, 25% em via pública e 8,3% na zona rural.
No que se refere ao vínculo entre feminicida e vítima, verificou-se que 41,7% do crime foram praticados pelos maridos e 25% pelos ex-maridos. Os namorados estão na terceira posição, com 12,5%, seguidos pelos ex-namorados que computaram 8,3% e 4,2% tinha como vínculo o genro.
Pelo levantamento, maior percentual das vítimas está entre 20 e 40 anos, com 65,4%, seguido pelos grupos de mulheres maiores de 40 e menores de 50 anos.
Em caso de violência, busque canais de ajuda:
190 - Polícia Militar
180 - Central de Atendimento à Mulher
0800-000-1673 - Whatsapp "Ei mermã não se cale"
Aplicativo Salve Maria - disponível para Android e IOS
(86) 99414-8857 - Patrulha Maria da Penha
As denúncias de agressão podem ser feitas, presencialmente, numa delegacia, ou via on-line, no site da Delegacia Virtual.Cidadeverde.com