Em assembleia geral, os professores da Uespi (Universidade Estadual do Piauí) decidiram encerrar a greve nesta terça-feira (5) após conseguirem acordo de reajuste salarial de 16,92% dividido em três anos.
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Em nota a assessoria da Uespi informou que com o fim da greve, a Pró-reitoria de Ensino de Graduação (PREG) irá trabalhar em cima do calendário de reposição, que já ficou acordado ainda na reunião entre o Governo, Universidade, Adcesp e o desembargador Agrimar. Esse trabalho será feito conjuntamente com a Comissão de Calendário formada por discentes, docentes e membros da Adcesp.
Após reunião no Tribunal de Justiça, ficou acordado o reajuste, a devolução em 10 dias dos salários cortados e a retirada da PL (Projeto de Lei) que altera a carga horária dos professores que havia sido proposta pelo Governo sem discussão prévia com a categoria.
Professora Rosangela Assunção, do comando de greve, disse que uma das vitórias é a ampliação das bolsas para alunos cotistas em graduação e pós graduação e o aumento das bolsas de alimentação para os estudantes.
A Uespi tem cerca de 12 mil estudantes e 914 professores.
Outra garantia do moviemtno grevista foi que o governo vai pagar os 45 dias de férias que é um direito do professor.
A professora Lucineide Barros destacou que a luta não é crime, é direito. Ela informou que a greve foi vitoriosa pela unidade entre alunos e professores e conseguiram incluir pautas estudantis.
O Sindicato dos Docentes da Uespi garantiu que será aprovado um calendário de reposição das aulas e que hoje a tarde haverá reunião com o Secretário Estadual de Administração, Samuel Nascimento.
“O auxílio alimentação foi colocado na mesa de negociação, o governo foi intransigente, mas vamos continuar negociando” afirma Lucineide Barros.