Integrantes da comunidade Tabajaras, no município de Piripiri, estiveram na manhã desta sexta-feira (23), no Palácio de Karnak, reivindicando a construção da primeira escola para ensinar a língua tupi e a cultura indígena.
O grupo de indigena esteve presente no lançamento da OPA (Orçamento Participativo do Piauí) e pede a inclusão da obra.
“Estamos solicitando uma escola indígena, típico dos antepassados. Uma escola modelo para resgatar a nossa cultura, para não acabar como vem acabando”, disse o pajé Francisco Gomes Sobrinho, da comunidade Tabajaras.
Segundo ele, a escola ficaria na residência do cacique Zé Guilherme da Silva, no bairro Flor dos Campos, uma das mais antigas áreas indígenas.
Segundo o pajé Francisco, a escola ensinaria a língua tupi, que é mais clássica e resiste desde os séculos XVI e XVII.
“Não estudei, não sei nem assinar meu nome, e está chegando as coisas e quero resgatar, já que estamos de idade. Eu e o cacique, quer deixar para os novos para que a nossa cultura não se acabe. Queremos essa cultura levantada, eu creio que tudo há de voltar e o governo vai dar o direito de resgatar nossa medicina e a língua. Tem professor para ensinar, tem apoio da Funai e de órgãos do governo federal”, disse o pajé.
Segundo o IBGE, a cidade de Piripiri concentra a maior comunidade do estado com 1.370 indigenas.
A prefeita de Piripiri, Jove Oliveira, disse que a prefeitura quer firmar parceria com a Secretaria Estadual de Educação para a criação da escola indígena.
A Seduc já anunciou que a Unidade Escolar João Emílio Falcão, no bairro Planalto Bela Vista, passava por reforma para funcionar a primeira escola indígena em Teresina. Cidadeverde.com