O governo do Piauí instituiu, por meio de decreto, uma mesa temática que irá discutir demandas dos trabalhadores da Agespisa, empresa pública que, atualmente, tem a concessão dos serviços de água e esgoto no Piauí, e que está em meio a discussões para uma parceria público privada (PPP). Segundo informações, a empresa tem operado no vermelho, e o governo tem estudado modelos de licitação para a privatização.
A Assembleia Legislativa do Piauí aprovou, ainda em novembro de 2023, um projeto encaminhado pelo governo que autoriza os municípios a prestarem de forma independente os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. O objetivo, no entanto, é que estado e municípios se unam para uma licitação conjunta, em virtude da inviabilidade de o sistema ser operado individualmente.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Piauí (SINTEPI) espera que a mesa de negociação seja um espaço para apresentar propostas outras que não seja a de privatização da empresa. O presidente da entidade, Francisco Marques, disse que o governador Rafael Fonteles fez um "desafio" para que o sindicato apresentasse uma proposição que aponte uma solução para os problemas da Agespisa.
"Nós tivemos audiência com ele no dia 9 de novembro do ano passado e ele desafiou o sindicato a apresentar uma proposta que viabilizasse a o serviço público a partir da Agespisa. Determinou que foi que fosse criado a comissão com a Secretaria de Relações Social e também com a participação eventualmente da Secretaria de Administração, e nós estamos só aguardando, já indicamos nossos nomes para a gente fazer um trabalho para mostrar para o governador as consequências de uma privatização do setor do saneamento em um estado principalmente como o Piauí e também a possibilidade, a viabilidade do serviço continuar público", disse ao Cidadeverde.com