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Polícia Civil do DF indicia Jair Renan Bolsonaro por suspeita de fraudar documentos para obter empréstimo bancário

Polícia do DF indicia Jair Renan por suspeita de fraude em empréstimo

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sob suspeita de crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

Maciel Carvalho, ex-empresário de Jair Renan, também foi indiciado.

Jair Renan e seu ex-empresário foram investigados por suspeitas de falsificação em faturamentos da empresa do filho 04 de Bolsonaro, a RB Eventos e Mídia, para conseguir um empréstimo bancário.

Os números falsos apontavam para um faturamento de R$ 4,6 milhões no período de um ano, entre 2021 e 2022. Os detalhes foram obtidos pelo G1, e o indiciamento foi confirmado pela Polícia Civil do DF.
Agora cabe ao Ministério Público do Distrito Federal avaliar as provas e decidir se apresenta denúncia contra os investigados.

Segundo a investigação, Jair Renan teria aproveitado parte dos valores obtidos no empréstimo para pagar faturas de cartões de crédito da empresa.

O filho do ex-presidente foi alvo de buscas em agosto passado. Policiais apreenderam celulares, HDs e documentos em endereços ligados a Jair Renan em Brasília e Balneário Camboriú (SC).
Na operação, Maciel Carvalho ainda havia sido preso. Ele deixou o Complexo da Papuda nesta quinta-feira (15) apesar do indiciamento.

Segundo a Polícia Civil, o esquema para conseguir os empréstimos ainda envolvia a transferência de recursos por meio de contas laranjas, em nome de pessoas fictícias. As movimentações financeiras foram consideradas pelos investigadores como uma forma de lavagem de dinheiro, para esconder a origem dos recursos.

Além do indiciamento, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal intimou Jair Renan a pagar uma dívida de mais de R$ 360 mil para o banco Santander. O valor se refere à parte do empréstimo que não foi quitado pela empresa.

A reportagem entrou em contato com o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, que não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Fonte: Cézar Feitoza (Folhapress)