Os músicos piauienses foram até a sede da Secretaria de Segurança para uma reunião com o secretário Chico Lucas nesta terça-feira (28). Na pauta da categoria estava o pedido de devolução dos equipamentos de músicos aprendidos durante a Operação Silêncio e Paz. A operação foi lançada no dia 17 de novembro, pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí para diminuir a criminalidade e a poluição sonora na capital. A secretaria informou que irá devolver os equipamentos apreendidos.
"Viemos aqui hoje pedir a devolução dos equipamentos, pois o músico tem o seu equipamento apreendido e não pode trabalhar no dia seguinte. Se a polícia leva o equipamento hoje, o profissional fica sem ter como cumprir os contratos de trabalho que tem para os dias seguintes. E, ainda, pedir que a polícia não apreenda mais os equipamentos", disse Cássio Bruno, presidente da Associação dos Músicos do Piauí.
A reunião aconteceu a portas fechadas e durou cerca três horas. O secretário Chico Lucas disse que vai priorizar, em um primeiro momento, ações educativas com a finalidade de orientar os empresários para que possam adequar seus estabelecimentos de acordo com o previsto por lei.
“Vamos realizar uma ação preventiva, antes da ação repressiva. Nesse primeiro momento, nosso objetivo é orientar os empresários e garantir a paz e o sossego da população. Outra medida importante é a isenção da taxa cobrada para a realização de pequenos eventos”, explicou Chico Lucas.
Os músicos, também, haviam reclamado da abordagem policial. E na reunião ficou acertado que a revista será realizada longe do palco, para não constranger os profissionais.
"Nós entendemos que a Polícia não tem a obrigação de ser simpática na Operação, mas a revista a que os músicos são submetidos é constrangedora", explicou.
Com relação à fiscalização da perturbação do silêncio, os músicos explicaram que boa houve consenso e a Polícia seguirá utilizando o paramento de 80 decibéis, determinado por lei.
"É que tá na lei, e o secretário disse que não pode mudar isso, e que a Polícia recebe, em média, 300 denuncias por noite com relação à perturbação do sossego. Então vamos até a Câmara de Vereadores para que essa lei possa ser modificada. Não é possível trabalhar com esse paramento", explicou o presidente da AMUSPI.
A categoria deve voltar a se reunir com o secretário de Segurança, em data futura, para avaliar as mudanças acertadas hoje. Cidadeverde.com