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Acelerar áudios no Whatsapp pode afetar a saúde mental; entenda

Acelerar áudios no Whatsapp pode afetar a saúde mental; entenda

 Com o avanço da tecnologia, as pessoas têm sido cada vez mais bombardeadas por informações e estímulos frenéticos. Os recentes recursos do Whatsapp, por exemplo, permitem que usuários acelerem áudio envidados no aplicativo em duas diferentes modalidades. Se por um lado o procedimento minimiza o tempo gasto para ouvir as mensagens, por outro pode afetar diretamente a saúde mental e cognitiva. 

A técnica em radiologia, Lorena Passos, que foi diagnosticada com Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), conta que frequentemente escuta áudios acelerados. Segundo ela, um dos principais motivos é a pressa e o tempo ‘perdido’ para ouvir longas mensagens. 

Ouço por conta da pressa porque às vezes o áudio é muito longo. Para mim, 30 segundos servem, mas existem pessoas que mandam áudio de um minuto, dois minutos, cinco minutos, que muitas das vezes é melhor ligar.

Técnica em radiologia

Já o empresário Tarciso Carvalho só consegue ouvir mensagens de áudio no tempo normal. Para além da compreensão do que está sendo dito, ele ressalta ainda que gosta de escrever e, assim, consegue achar as informações mais rapidamente na busca do aplicativo. 

“Eu preciso ouvir no tempo normal para compreender e armazenar as informações. Já os meus amigos têm o hábito de ouvir acelerado e mandam muitos áudios ao longo do dia. Eu quase não mando áudio, é coisa mais difícil – de 10 casos, só mando um curtinho. Eu gosto muito de escrever porque assim depois eu posso achar mais rapidamente aquela informação”, conta.

O uso prolongado de redes sociais e seus recursos, como a aceleração da velocidade de mensagens, pode causar diferentes problemas à saúde. A aceleração pode impactar, principalmente, na capacidade de retenção de informações.

Quando o conteúdo é consumido de forma acelerada, o cérebro tem menos tempo para processar e assimilar as informações. Além disso, o uso excessivo das redes pode levar a sensação de angústia ao identificar que a bateria do celular está acabando ou sem acesso à internet e a retomada do bem-estar ser condicionada somente quando está conectado.

Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde mostram que 31,6% dos jovens, entre 18 e 24 anos, já receberam diagnostico de ansiedade. “É como se você desenvolvesse, com a passagem do tempo, uma incapacidade de se aprofundar nos temas. Tem que associar, mas você perdeu a habilidade de associar”, explica o psicólogo Cristiano Nabuco.

 

Com informações de Agência Brasil