Dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nesta sexta-feira (28), mostram que o preço médio do litro do etanol nos postos de combustíveis do país subiu pela terceira semana consecutiva.
Segundo a pesquisa, referente à semana de 23 a 29 de abril, o preço médio do etanol foi de R$ 4,10 o litro. Isso representa um aumento de 3% em relação à semana anterior, quando o valor médio era de R$ 3,98. Além disso, o preço máximo encontrado nos postos foi de R$ 6,50.
Enquanto isso, o preço médio da gasolina permaneceu estável, repetindo o valor das últimas duas semanas, a R$ 5,51. No entanto, a ANP identificou um preço máximo de R$ 7,33 na semana. Por sua vez, o preço do diesel teve a 12ª queda consecutiva, passando de R$ 5,73 para R$ 5,71.
Os resultados da ANP indicam que, quase dois meses após a retomada de impostos federais sobre gasolina e etanol, o preço dos combustíveis atingiu a estabilização. A medida entrou em vigor no dia 1º de março e, naquela mesma semana, a gasolina sofreu uma alta de 3,34%. Em seguida, iniciou uma trajetória de queda que durou três semanas, até que os preços voltassem a subir e alcançar a estabilização.
Inicialmente, a reoneração provocou atrito entre as alas política e econômica do governo lulista. Os ministros Fernando Haddad (PT), da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, explicaram no dia 28 de fevereiro a volta dos impostos federais. De acordo com Haddad, os aumentos foram de R$ 0,47 para a gasolina e R$ 0,02 para o etanol.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que a reoneração parcial dos impostos vale por quatro meses, até junho. Ela só será mantida no segundo semestre caso o Congresso decida converter a medida provisória em lei. Na ocasião, Haddad disse que os impactos nas bombas seriam menores, já que a Petrobras havia anunciado a redução nos preços de gasolina e diesel para as distribuidoras. "Estamos com um objetivo claro, que é recompor o orçamento público", afirmou o ministro.
Haddad também afirmou que, com a redução da gasolina em R$ 0,13 o litro pela Petrobras, o impacto final a ser sentido pelo consumidor seria de R$ 0,34 para a gasolina. A medida tem como objetivo recompor o orçamento público, mas causou um impasse entre as alas política e econômica do governo, e ainda gera discussões entre especialistas e consumidores.