A Polícia Militar do Piauí vai implantar um projeto antirracista na corporação. A proposta foi levada pela Superintendência de Promoção da Igualdade Racial e Povos Originários (Suirpo) e a ideia é que, primeiramente, seja implantada como capacitação dentro curso de formação de soldados que está em andamento e futuramente seja inserida dentro da grade curricular.
"Noções sobre direitos humanos e diversidade já existem dentro da nossa formação, mas queremos intensificar como uma capacitação, um curso mais aprofundado, para que possamos entender as origens raciais, entender a evolução, a problemática, o respeito e a valorização. Isso envolve a questão histórica, a nossa formação étnica", disse o coronel Scheiwann Lopes, comandante-geral da Polícia Militar do Piauí.
Foto: divulgação PM-PI
" A ideia é nos aprofundarmos em relação a questão racial e também em relação à pessoas vulneráveis, crianças, mulheres, população LGBTQIA+, população com necessidades especiais, algo específico relacionado a cada tema separadamente para que possamos entender, cada vez mais, a pluralidade, a diversidade para prestamos um serviço ainda melhor", completa o comandante.
Assunção Aguiar, superintendente da Suirpo, pontua que a maioria da população do país é negra e a ideia é que a corporação tenha um olhar diferenciado para quem sempre foi marginalizado dentro da comunidade.
"Para entrar na polícia, o cidadão faz um curso é preparado para ir às ruas e é importante que ele seja capacitado também para perceber a população negra. Com isso vamos enfrentar também o que temos a nível de Brasil, um número altíssimo de mortes de jovens negros, muitos crimes que ocorrem durante abordagens. O projeto visa também trazer a história da população negra, trabalhar uma abordagem mais humanizada e o mais importante é fazer com que a população negra seja respeitada", destaca Aguiar.
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