A condição de pobreza no Piauí atingiu 44,7% da população, um crescimento de 6,3% em relação ao ano de 2020, quando registrou 38,4%, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base na Síntese dos Indicadores Sociais 2022. O órgão aponta que a redução de valores e o aumento dos critérios para a concessão do Auxílio Emergencial impactaram esse aumento.
De acordo com o levantamento, em 2021 eram 1,4 milhão de pessoas em condição de pobreza no Piauí, enquanto no ano de 2020 eram 1,2 milhão, um crescimento de cerca de 200 mil pessoas.
É considerada uma pessoa em condição de pobreza aquela que vive com um rendimento domiciliar per capita de menos de R$ 486, conforme os parâmetros do Banco Mundial.
Em 2020, o Piauí detinha o 10º maior indicador de pobreza no país, e em 2021 passou para a 13ª posição, isso porque ocorreu também esse aumento em outros estados.
A unidade da federação com o maior indicador de pobreza no país, em 2021, foi o Maranhão, com 57,5%, seguido de Alagoas, com 51,7%. Por sua vez, os estados com menores indicadores foram o Rio Grande do Sul, com 13,5%, e Santa Catarina, com 10,5%.
Segundo o IBGE a redução de valores e o aumento dos critérios para a concessão do Auxílio Emergencial são fatores que contribuíram para esse aumento da condição de pobreza.
“A redução dos valores e abrangência, bem como o aumento dos critérios para concessão do Auxílio Emergencial, em 2021, provavelmente tiveram impactos sobre o aumento da extrema pobreza e da pobreza neste último ano, já que, como foi mostrado na edição da Síntese dos Indicadores Sociais de 2020, os programas emergenciais de transferência de renda tiveram importante papel na redução da pobreza e desigualdade naquele ano. Adiciona-se a esta dinâmica a ausência de uma recuperação efetiva do mercado de trabalho em 2021, que teve efeitos significativos sobre o rendimento dos domicílios, em especial dos mais pobres”, informou o IBGE.
Bárbara Rodrigues (Com informações do IBGE)
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