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Quadrilha trazia droga da Bolívia; três empresários e “laranjas” são presos

As investigações da Operação Mandarim apontam que o líder da organização criminosa negociava com traficantes da Bolívia a droga que era comercializada no Piauí. Durante a operação, três empresários foram presos suspeitos de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Seis pessoas consideradas “laranjas” na organização também foram presas. A operação de hoje cumpriu 22 mandados de busca e prisão. 

Segundo o delegado Tiago Silva, da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE), a droga que era trazida da Bolívia era primordialmente a pasta base de cocaína. 
“O Paulinho Chinês tinha a cultura de investir todos os seus ganhos com a construção de imóveis. O próprio Paulino Chinês negociava a droga”, ressaltou o delegado. 

O dinheiro oriundo do tráfico de drogas era utilizado na construção de imóveis, aplicação em contas de investimentos e em veículos de luxo. 

“Os empresários entravam nessa parte de lavagem e ocultação de patrimônio. Principalmente na construção de imóveis. A partir dessas informações, foi feito o sequestro e bloqueio das contas, aplicações financeiras, justamente para apurar de maneira profunda e ver a participação de outros investigados”, acrescentou o delegado Tiago Silva.  

O delegado- geral da Polícia Civil do Piauí, Lucy Keiko, afirmou que Paulo Chinês é bastante conhecido no meio policial por ser um traficante que adquiriu um alto patrimônio.

“Durante a investigação buscamos atacar o patrimônio dele e essas pessoas ligadas a ele. Tivemos cumprimento de nove mandados”, destacou o delegado Lucy Keiko. 

Dentre as medidas aplicadas na operação estão o sequestro de dois imóveis, um em um condomínio de luxo em Teresina e outro em um sítio no Maranhão. Além disso, 13 veículos de luxo foram sequestrados. 

“Somente os veículos ligados ao suspeito de liderar o grupo estão avaliados em mais de 1 milhão de reais”, acrescentou Lucy Keiko.

Entre os laranjas a Polícia prendeu duas mulheres. Uma delas seria gerente de uma das lojas de um dos empresários envolvidos no esquema. Segundo o delegado Tiago Silva, ela teria movimentado a quantia de R$ 10 milhões entre os anos de 2019 e 2021.  

Atualizada às 10h40

Policiais da Depre (Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes) prenderam nove pessoas, entre eles empresários, suspeitos de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A operação cumpre desde a manhã de hoje 22 mandados de busca e prisão em Teresina e Timon (MA). 

Entre os empresários presos está Paulo Henrique de Costa Ramos Lustosa, conhecido como Paulinho Chinês, apontado como o líder da organização criminosa. A informação foi confirmada pelo delegado Everton Férrer, coordenador da Depre. 

Paulinho Chinês é proprietário da IPK Empreendimentos Imobiliários, localizada no bairro Jóquei, em Teresina. 

 

Matéria original

A Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE) deflagrou na manhã desta quarta-feira (23) uma operação contra o tráfico de drogas. Ao todo, a Polícia Civil cumpre 22 mandados sendo 13 de busca e apreensão e 9 mandados de prisão preventiva nas cidades de Teresina (PI) e Timon (MA).

Segundo a Polícia Civil, a investigação da Operação Mandarim foi iniciada no ano de 2018, com intuito de desarticular um grupo criminoso voltado para o tráfico de drogas liderado por um homem identificado como Paulinho Chinês.

De acordo com a DEPRE, diversas diligências foram realizadas e em 2020 foi apreendido drogas, armas na casa de C.D.C.S, cunhado de Paulinho Chinês.  C.D.C.S se encontra com mandado de prisão em aberto.

Já em março de 2022, também houve a apreensão de 145 kg de drogas, avaliada em cerca de R$ 10 milhões, em um ônibus que vinha do estado do Mato Grosso e o motorista do veículo foi preso. A Polícia Civil acrescentou que as investigações apontaram ligação do caso com a organização criminosa liderada por Paulinho Chinês.

Ainda neste ano, no dia 9 de novembro, Paulinho Chinês e outro suspeito foram presos em flagrante com cerca de 30kg de drogas na zona Sudeste de Teresina. Quatro veículos também foram apreendidos e a droga foi avaliada em R$ 2,5 milhões.

Além das apreensões, a investigação também apurou crime de lavagem de dinheiro, razão pela qual dez veículos estão sendo sequestrados, dois imóveis e R$ 30 milhões já foram bloqueados das contas bancárias de todos os investigados e laranjas. 

Três empresas também são alvo de buscas nesta ação, investigadas por fazerem parte do esquema de lavagem de dinheiro do grupo criminoso.

A DEPRE acrescentou ainda que a operação de hoje impacta e causa uma “asfixia financeira” no tráfico de drogas, impedindo o crescimento patrimonial dos criminosos e a expansão e fortalecimento de outras atividades ilícitas.

 Ciddeverde.com