O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez nesta terça-feira (1) pronunciamento no qual quebrou silêncio após o segundo turno, condenou bloqueios nas estradas por aliados e falou em indignação com o que chamou de "injustiças" na eleição, na qual qual foi derrotado pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O mandatário quebrou o silêncio depois de diversos protestos de seus apoiadores fecharem rodovias pelo país entre segunda e terça-feira. O STF (Supremo Tribunal Federal) teve que tomar uma decisão para determinar a liberação das estradas.
Bolsonaro não contesta a derrota e diz que cumprirá a Constituição.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Sempre continuarei cumprindo todos os mandamentos na nossa Constituição”, afirmou Bolsonaro em pronunciamento de cerca de três minutos.
Bolsonaro diz que manifestações não podem repetir os métodos da esquerda
“Os nossos métodos não podem ser os da esquerda”, afirmou Bolsonaro, citando a invasão de propriedade e depredações. “Somos pela ordem e pelo progresso”, disse. Diferentes manifestantes vêm bloqueando diferentes vias ao redor do País desde domingo, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
A manifestação do presidente ocorre após o mandatário se ver isolado. Aliados internos, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e presidentes dos maiores países do mundo, como os líderes da Rússia, Vladimir Putin, dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, parabenizarem Lula pela vitória nas urnas.
Na segunda-feira, o chefe do Executivo havia recebido seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o vice em sua chapa, o general Walter Braga Netto, e alguns ministros, como Fábio Faria (Comunicações) e Célio Faria (Secretaria de Governo) para reuniões.
Na manhã desta terça, o comandante da FAB (Força Aérea Brasileira), Carlos Baptista Junior, Braga Netto e outros ministros também estiveram no Alvorada com o presidente antes de o vídeo ser divulgado. Também foi à residência oficial o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Fonte: Folhapress/Estadão Conteúdo