Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) permanecem em manifestação no trecho da BR-316 que dá acesso à ponte da Tabuleta, entre Teresina e Timon(MA). O grupo bloqueou a via nos dois sentidos, utilizando galhos de árvores e pneus. Eles protestam contra o resultado do 2º turno da eleição presidencial, que terminou com a vitória de Lula (PT).
Para tentar viabilizar a liberação da via, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviou reforços ao local e tenta negociar com o grupo de manifestantes.
Segundo o inspetor Leandro Caldas, da PRF, a partir das 11h a manifestação funcionará da seguinte forma: durante uma hora uma das vias será liberada e durante 20 minutos a via volta a ser interditada completamente.
O inspetor ressaltou ainda que a Polícia tenta negociar de forma pacífica antes de usar a força. Segundo Caldas, há um protocolo sendo seguido e respeitado.
“Por enquanto a manifestação acontece de forma pacífica. Eles aceitaram o acordo de liberar a via durante um tempo e depois voltar a manifestação. Eles manifestação contrários ao resultado da eleição”, destacou o inspetor.
Os manifestantes utilzam bandeiras do Brasil para cobrir o corpo e camisas amarelas para manifestar.
Nenhum deles quis falar com a imprensa. Segundo apurou o Cidadeverde.com há uma orientação da organização para não conceder entrevista.
O grupo diz que vai permanecer no local por tempo indeterminado, aguardando um posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no último domingo.
Por volta das 7h30 da manhã, a via foi parcialmente liberada, mas voltou a ser fechada horas depois.
Outra manifestação foi registrada em Bom Jesus. No entanto, segundo Caldas, a PRF conseguiu negociar antes que a via fosse interditada.
O Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí(Sindicapi) emitiu uma nota se posicionando contra as manifestações e o bloqueio do trânsito em pontos considerados essenciais.
Veja a íntegra da nota:
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), entidade de representação das empresas de transporte no Brasil, e o Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí (SINDICAPI), entidade responsável pelo setor dos transportes no Piauí, acompanham as paralisações em algumas rodovias do País e se posiciona contrariamente a esse tipo de intervenção.
Respeitamos o direito de manifestação de todo cidadão, entretanto, defende que ele seja exercido sem prejudicar o direito de ir e vir das pessoas.
Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis.
Nesse sentido, a CNT e o SINDICAPI tem convicção de que as autoridades garantirão a circulação de pessoas e de bens por todo o País com segurança, entendendo que qualquer tipo de bloqueio não contribui para as atividades do setor transportador e, consequentemente, para o desenvolvimento do Brasil.
Confederação Nacional do Transporte e SINDICAPI
Humberto Lopes
Pres. SINDICAPI