Os planos para o funeral da rainha Elizabeth 2ª estavam desenhados há anos, e provavelmente a própria monarca ajudou no cronograma, conhecido como "Operação London Brigde", em referência ao cartão-postal de Londres.
Uma série de eventos vão se estender por nove dias a partir desta quinta-feira (8), quando a morte da rainha foi anunciada, conhecido como Dia D. O funeral de fato só deve ocorrer no final desse período, na Abadia de Westminster, em Londres.
De acordo com o plano oficial, o secretário da rainha prepararia a notícia da morte de Elizabeth enquanto ela ainda estivesse sob cuidados médicos. Quando fosse confirmado o fato, ele avisaria a primeira-ministra, Liz Truss, com a frase-código "London Bridge is down", ou "a London Bridge caiu".
O Parlamento da Escócia, onde ela passou seus momentos finais, deve suspender as sessões. Centenas de milhares de pessoas são esperadas no Castelo de Balmoral, localizado em Aberdeen, e em Edimburgo. O público será incentivado a se reunir nos arredores do parlamento escocês, do Palácio de Holyroodhouse e da Catedral de St Giles.
Enquanto isso, o corpo da soberana deve ser transportado de trem do Castelo de Balmoral para Edimburgo e vai repousar no Palácio de Holyroodhouse, sua residência oficial na Escócia, antes de ser levado para a catedral de São Giles para uma recepção pública. Lá, líderes e o público terão a oportunidade de prestar homenagem e assinar um livro de condolências.
De acordo com o plano, o caixão será então colocado a bordo de um trem real na estação de Waverley, de onde viajará lentamente pela costa leste até Londres. Na capital, será levado para uma sala no Palácio de Buckingham.
A esta altura, as bandeiras nos prédios públicos do Reino Unido já devem estar baixadas a meio mastro. Um aviso será colocado nos portões do Palácio de Buckingham e reproduzido nas redes sociais do governo, que também devem exibir uma bandeira preta. A primeira-ministra fará uma declaração, seguida de uma salva de tiros e de um minuto de silêncio.
O funeral mesmo só deve ocorrer no dia 17 de setembro, na Abadia de Westminster, em Londres. Na ocasião, segundo o jornal The Guardian, tudo estará fechado na Inglaterra, até mesmo as bolsas de valores, e um dia nacional de luto será decretado. O Big Ben vai tocar e o país fará um momento de silêncio.
Logo depois, o caixão será transportado em carro funerário para o Castelo de Windsor, onde deve ser sepultado no "cofre real" da Capela Memorial do Rei George 6º.
Todo este cerimonial será precedido de um ensaio, a ocorrer daqui a seis dias, quando o corpo da rainha já estiver em Westminster. A partir da chegada do cadáver à abadia, o público terá quatro dias para visitar seu caixão e se despedir. O governo espera centenas de milhares de pessoas, dentre as quais muitos turistas, que podem lotar Londres.
REI CHARLES
No segundo seguinte à morte da rainha, o príncipe Charles se tornou rei –embora sua coroação ainda vá levar meses, talvez até um ano. Ele tem permissão para escolher seu próprio nome e deve se chamar rei Charles 3º.
A oficialização de sua realeza deve acontecer nesta sexta-feira (9), depois que seus irmãos beijarem suas mãos, de acordo com o planejamento. Em seguida, espera-se que ele se reúna com a primeira-ministra e outros funcionários do alto escalão do governo, sendo informado sobre coisas que apenas sua mãe conhecia anteriormente.
Enquanto o longo velório da soberana se desenrola, Charles visitará a Escócia, a Irlanda do Norte e o País de Gales. Seu primeiro pronunciamento como monarca está previsto para ocorrer no Palácio de St James, em Londres.
Fonte: Folhapress.
A rainha Elizabeth 2ª, de 96 anos, está sob observação médica no Castelo de Balmoral, na Escócia, acompanhada do príncipe Charles.
A situação é considerada incomum e há vários indicativos da gravidade. Os príncipes William e Harry, foram chamados a ir ao encontro da monarca. De acordo com a BBC, um avião com sete integrantes da família real britânica pousou em Aberdeen, na Escócia.
"Na sequência de uma avaliação mais aprofundada esta manhã, os médicos da rainha estão preocupados com a saúde de Sua Majestade e recomendaram que ela permaneça sob supervisão médica. A Rainha permanece confortável e em Balmoral", disse um porta-voz do palácio de Buckingham.
Uma fonte do palácio minimizou as especulações de que a monarca sofreu uma queda. A tradicional troca da guarda da rainha foi suspensa e não acontecerá hoje.
Na quarta-feira, a rainha foi forçada a cancelar uma reunião virtual planejada com ministros depois de ser aconselhada a descansar por seus médicos.
No dia anterior, ela havia sido fotografada nomeando Liz Truss como a nova primeira-ministra do país em sua casa escocesa, o Castelo de Balmoral. Truss disse que todo o país está profundamente preocupado com a notícia. "Meus pensamentos -e os pensamentos das pessoas em todo o Reino Unido- estão com Sua Majestade a Rainha e sua família neste momento", declarou ela.
Repercussão
David Cameron, o ex-primeiro-ministro, também disse estar "profundamente preocupado" com a declaração do Palácio. "Envio meus sinceros pensamentos e orações a Sua Majestade a Rainha e à Família Real neste momento preocupante", tuitou.
Nicola Sturgeon, primeira-ministra da Escócia, também expressou sua preocupação. "Todos nós estamos profundamente preocupados com os relatos sobre a saúde de Sua Majestade. Meus pensamentos e desejos estão com a rainha e toda a família real neste momento".
Justin Welby, arcebispo de Canterbury, disse que as "orações da nação" estão com a rainha.
"Minhas orações e as orações das pessoas em toda a (Igreja da Inglaterra) e na nação, estão com Sua Majestade a Rainha hoje. Que a presença de Deus fortaleça e conforte Sua Majestade, sua família e aqueles que cuidam dela em Balmoral", escreveu o arcebispo.
Fonte: Folhapress