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“Foi um balde de água fria”, diz presidente do Coren-PI sobre suspensão de piso salarial

Enfermeiros falam em greve após suspensão de piso salarial

Os presidentes de Conselhos Regionais de Medicina do país terão uma reunião, às 16h, na tarde da segunda-feira (05) para discutir a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu por 60 dias a lei que criou o piso salarial da enfermagem. 

O ministro deu este prazo para que entes públicos e privados da área da saúde esclareçam o impacto financeiro, além dos riscos de demissões e redução do número de leitos e eventual redução na qualidade dos serviços, possivelmente causados devido aos efeitos do novo piso da categoria.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI), Antônio Neto, afirmou que os profissionais foram surpreendidos com a decisão do ministro e classificou a suspensão da lei como um “balde de água fria” na categoria.

Segundo ele, o sentimento que se instalou entre os profissionais no início da tarde deste domingo (04), após a divulgação da decisão é a de indignação. 

“Fomos pegos de surpresa, porque o piso da enfermagem é algo pelo que lutamos há muito tempo, lutamos há décadas pela sanção da lei. Então, foi um balde de água fria para os profissionais da enfermagem que lutaram na pandemia e ainda lutam muito com a vacinação”, pontuou. 

Antônio Neto ainda destacou que a categoria buscará até o último recurso pelo estabelecimento do piso nacional. O Conselho Nacional de Enfermagem está elaborando um posicionamento sobre a decisão de Barroso, que será divulgado nas próximas horas. 

O piso salarial nacional para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiros havia sido sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no início do mês de agosto. 

Na época, foi fixada a remuneração mínima de R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem devem receber 70% desse valor, e auxiliares de enfermagem e parteiros, 50%.

 

Cidadeverde.com.

Enfermeiros falam em greve após suspensão de piso salarial

Em um vídeo divulgado no Instagram neste domingo, 4, a coordenadora do Fórum Nacional da Enfermagem, Líbia Bellusci, falou sobre a possibilidade de paralisação e greve da categoria após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspender o piso salarial nacional da categoria. "Se for necessária paralisação, terá. Se for necessário greve, terá", afirmou. "Não será o STF que vai desqualificar e desconhecer a necessidade de um piso salarial digno".

Bellusci disse que as entidades que compõem o fórum e representam a categoria iriam se reunir neste domingo para debater o assunto. Destacou também que já existem conversas junto a parlamentares para pressionar o STF a mudar de posição.

Barroso já solicitou ao presidente da Corte, Luiz Fux, a inclusão do tema na pauta do plenário para análise de todos os ministros. A expectativa até o momento é que o assunto seja julgado no plenário virtual.

A lei estabeleceu R$ 4.750 como o piso salarial para enfermeiros, 70% disso para técnicos de enfermagem e 50%, para auxiliares de enfermagem e parteiras. Não há uma previsão clara sobre qual seria o impacto orçamentário para a implementação da medida, mas um estudo feito durante a tramitação na Câmara dos Deputados chegou a estimar em R$ 16 bilhões seus efeitos.