O Governo Federal cortou do orçamento do Instituto Federal do Piauí (IFPI) R$ 5 milhões. O corte vem após o anúncio em maio do bloqueio de R$ 10 milhões para a instituição no Piauí. O reitor do IFPI, Paulo Borges da Cunha, repudia o corte e diz que o futuro dos alunos fica comprometido com o corte.
“"Este é um total descaso e desrespeito com a comunidade acadêmica do IFPI. Coloca-se em risco com estas medidas, o futuro de milhões de jovens atendidos pelo IFPI e o sucateamento da nossa Instituição prejudicando assim o funcionamento das nossas unidades [...]. É urgente que a sociedade e os parlamentares da bancada federal reajam a esta medida", criticou o reitor.
Paulo Borges destaca que o corte no orçamento, anunciado na sexta-feira (24/06) pelo Governo Federal através da Portaria 5.649, de 23 de junho de 2022, é diferente do bloqueio realizado no mês de maio. Isso porque agora ocorre o corte e o recurso não voltará mais para a manutenção da instituição.
O valor que não retorno ao IFPI, segundo comunicado da instituição, impactará diretamente em contratos de água, energia, limpeza, vigilância, cozinha e comprometerá os serviços prestados pelo IFPI à sua comunidade acadêmica como concessão de auxílios, atividades de visitas técnicas, aquisição insumos de laboratórios, organização e participação em eventos acadêmicos, fomento à extensão e pesquisa dentre outras ações.
IFPI tem recursos até setembro
A decisão do Ministério da Educação (MEC) de realizar um corte de 14,5% de seu orçamento, vai fazer com que o Instituto Federal do Piauí (IFPI) perca cerca de R$ 10 milhões neste ano. Segundo o reitor Paulo Borges da Cunha, a instituição só possui recursos para funcionar até setembro deste ano.
Atualmente, o IFPI atende 32 mil alunos, em 20 campi, disponibilizando 175 cursos técnicos, com 57 cursos de nível superior, 43 de especializações e 4 mestrados.
O reitor informou que foi pego de surpresa com a decisão do bloqueio do orçamento que afetou os institutos e universidades federais do país. O Ministério da Educação bloqueou na sexta-feira (27) 14,5%, o equivalente a R$ 3,23 bilhões, alegando que o objetivo é cumprir o teto de gastos públicos.
O reitor afirmou que espera uma ajuda da bancada federal para poder intermediar a situação e conseguir recursos para o instituto.
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Nataniel Lima
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